Jota e Eme são dois jovens seqüestradores que levam uma vida tranqüila e acreditam que o seqüestro seja a solução para todos os seus problemas. Entre um seqüestro e outro, agem como pessoas normais, acostumados a carregar pastas cheias de dólares.

É um belo dia de sol quando Eme entra numa loja de departamento para comprar um disfarce para seu próximo seqüestro. Ao retornar para casa, conta a Jota que conheceu esta vendedora: "Acho que o crachá dizia Jane... e que irmã!!! Acho que o nome dela é Débora."

Percebendo o interesse do companheiro pela irmã, Jota decide fazer uma surpresa para o aniversário de Eme, que se aproxima. Sem o conhecimento do amigo, Jota convida a vendedora para um jantar a dois; Jane inocentemente aceita o convite e acaba sendo seqüestrada.

Passadas as primeiras negociações, J não pede por um resgate, mas sim por uma troca de refém; ele quer Débora. A família se recusa a fazer a troca, deixando J sem opção senão matar Jane. E assim foi; Jane é brutalmente assassinada, e J envia um pedaço de orelha e fotos do cadáver mutilado para aterrorizar a família. Logo em seguida ele seqüestra Débora.

Enfim chega o aniversário. J conta a M o que havia feito e M, demonstrando felicidade, aprova as atitudes do colega. Mas J não entregaria Débora de bandeja, ambos teriam que simular uma luta feroz de modo que Débora pensasse estar conhecendo seu salvador. Diante da refém, os dois dão início a uma batalha sangrenta. J esquece do plano e exagera nos golpes, vencendo M, que cai morto com o pescoço quebrado. Ao ver o amigo morto, J percebe que a culpada é Débora e a espanca até a morte.

Do megafone um homem grita: "Aqui é a polícia, ou alguém. Acho que você está cercado! Tipo, ãh..., entregue-se!" O blefe parecia ser a última carta na manga de J, mas ele decide arremessar os dois corpos pela janela, chocando todo o batalhão anti-seqüestro. "Se vocês não caírem fora, tem mais. Sou louco mesmo!!!", grita desesperadamente. Não restando outra escolha, J corta os pulsos, engole as gillettes e se defenestra. "Aos menos minha morte não foi trágica como a de M.", pensa momentos antes de padecer. E assim foi.

Ulisses Muniz de Queiroz (26/05/2000)

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