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12º CONGRESSO DO
ALGARVE
Tavira 28 a 31 de Outubro 2004-08-29
O MITO E A HISTÓRIA
EM TORNO DA ORIGEM DA
PROCISSÃO DAS TOCHAS
EM SÃO BRÁS DE ALPORTEL
Autores : Francisca Cruz e Maria Gabriela de
Mendonça
RESUMO:
A linda vila de São Brás de Alportel, foi em tempos que já lá vão, uma
grande e bonita aldeia alcandorada em terrenos
pedregosos
e rodeada de montes, hortas e moinhos pois, aqui, a água era abundante bem
como os frutos e os produtos rurais.
No recôndito da Serra se preservaram tradições, se reafirmaram valores
tradicionais que hoje ainda, permanecem.
É o caso da Procissão do Domingo de Páscoa, mais conhecida por Procissão das
Tochas.
Em volta das Tochas e do ineditismo desta procissão, se têm tecido mil
conjecturas.
Na linha da sua divulgação, análise e desmistificação se fez o presente
trabalho, que, ora apresentamos, no 12º Congresso do Algarve.
CULTURA E TRADIÇÕES – UM ALGARVE POR DESCOBRIR
Introdução
Numa época em que desencontradas razões ofuscam as nossas tradições,
pareceu-nos oportuno chamar a atenção das entidade competentes e do público
em geral, para esta manifestação de cultura religiosa e popular que se
realiza em São Brás de Alportel, no domingo de Páscoa - a Procissão das
Tochas.
Parece-nos que a divulgação deste evento deve ser implementada, quer a nível
regional, quer nacional, como forma de a preservar e, como exemplo a seguir
por outras manifestações congéneres noutras localidades.
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São Brás de Alportel - Vista geral |
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São Brás de Alportel é um concelho jovem. Ainda não tem um século, pois
surgiu em 1914, por projecto do deputado Machado Santos que, por informações
de sambrasenses da época, constatou o desenvolvimento económico desta
extensa região serrana que se estende até ao barrocal e que resulta, da
junção de duas povoações com história bem antiga. São elas:
São Brás - ( a antiga Xanabus), nome pelo qual era nomeada em tempo dos
mouros, que, a crer na tradição, arabizaram o nome do santo cristão São
Brás, miraculosamente aparecido em tempo cristão sobre a laje de uma fonte.
Os árabes no seu linguajar, mantiveram o nome, o que vem provar que não eram
tão intolerantes quanto os quiseram fazer.
Alportel – a porta, o portal, a povoação onde se cruzavam os caminhos sem
tempo dos almocreves, que carreavam do litoral, o peixe, o sal, os frutos
secos, as alfarrobas para as terras, situadas a norte do Algarve.
São Brás de Alportel, desde muito cedo foi conhecida pelo seu bom clima
pelos ares puros e lavados da Serra. Daí que quando na Europa, grassava a
tuberculose, ali fosse instalado o seu primeiro sanatório. Estava-se em 1918.
Esta localidade foi também, por via do seu habitat serrano, um centro
corticeiro de envergadura.
Citando Baquero Moreno, este lugarejo no cruzamento da rotas milenares de
almocreves e comerciantes, tornou-se conhecido pelas transacções de cortiça
ainda no século XIX – segundo informação do Distrito de Faro, em 1876. Este
produto fez nascer dezenas de fabriquetas familiares, tal como acontecia em
Silves, e deu origem a uma posterior mecanização e a um enriquecimento das
populações, pelo menos até meados do século passado. Só a ausência de fáceis
vias de escoamento, originou a diáspora desta indústria para outras
paragens.
No período áureo, São Brás de Alportel cresceu e alindou-se, e a atestá-lo,
estão ainda as sólidas e funcionais habitações desse período providas de
cantarias lavradas artisticamente, nas portas e nas janelas, usando o
calcáreo do lajedo de São Brás. Esta “arte” que chegou a ser exportada, só
não vingou pela força da concorrência das massivas construções de betão.
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Casa de primeiro andar com cunhais e
cantarias de pedra lavrada |
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PROCISSÃO – PÁSCOA –PASSAGEM – PRIMAVERA
O MITO
A Procissão da Ressurreição, a Procissão do Domingo de Páscoa, por mais que
varie o calendário litúrgico, é sempre celebrada na Primavera, Primavera que
já os pagãos festejavam sobejamente, como festa de passagem, festa que
fechava a porta do tempo agreste, da morte aparente da natureza e abria o
tempo do ressurgimento florístico e faunístico, o tempo da alegria, da
claridade e das flores desabrochantes, enfim, o tempo do apelo à vida nova.
A Páscoa Cristã, a Páscoa dos anhos, a Páscoa da Ressurreição baseia-se nos
mesmos princípios. Confirma o mito do Eterno Retorno, uma significação
metafisico-religiosa incorporada no fenómeno natural e, consubstanciada numa
natureza renascida e numa renovação de vida .
Na religião, tal como acontece na magia, esse tempo místico como que, se nos
torna presente e é, re-presentado nas cerimónias.
A Paixão de Cristo, a sua morte, a sua Ressurreição não são apenas ofícios
da Semana Santa. Aos olhos do verdadeiro Cristão, são tão verdade, que ele
se sente contemporâneo desses acontecimentos trans-históricos e,
repetindo-se esse tempo teofânico, ele se lhe torna presente.
A Procissão da Ressurreição faz-nos uma narrativa, a da confirmação da
palavra de Cristo quando disse que voltaria após a morte. É um Mito Sagrado.
Os mitos são sempre narrativas de acontecimentos sobre a origem do cosmos,
do homem, da cultura, dos factos da história. São elementos constantes na
linguagem religiosa ou mágica. Com eles, a realidade cósmica adquire a
dimensão humana .
Todo o mito, tem os seus ritos. A procissão como acto de Fé, é um deles.
Analisemos os ritos nesta Procissão da Páscoa:
Perfaz um itinerário previamente estabelecido, percorrendo as ruas
habituais, projectando para fora da igreja o sagrado e, sacralizando o
espaço por onde passa. É uma exibição que sacraliza os caminhos da vida
quotidiana dos homens.
Cumpre um calendário - manhã do Domingo de Páscoa - complementando-se com a
Missa e o Sermão, ofícios que são o grande encontro entre a religião popular
e a religião oficial. A festa tinha, outrora, como obreiros, além do Padre,
as Confrarias a que o Povo pertencia.
O facto de se realizar no período pascal tinha também a ver com o habitual
reencontro dos que viviam fora e, nessa altura, invariavelmente vinham à
terra.
Outro aspecto ritual cumpre-se com o facto dos participantes activos na
procissão serem os Homens, os Homens de São Brás de Alportel, nos seus fatos
domingueiros, garbosos e conscientes, abrangendo uma heterogeneidade que vai
do avô, ao filho e ao neto. Geralmente a sua posição no grupo, também era
estável, ficando sempre o amigo ou o parente A junto do parente B e assim
sucessivamente
Também há crianças nesta procissão e isso, terá a ver com o
facto destas, serem consideradas inócuas, serem como que bênçãos de Deus.
Diga-se de passagem, que as procissões são ritos antiquíssimos e muito
frequentes na Idade Média. Já no Concílio de Braga em 675, se convidavam os
Bispos a participarem nelas e a pé. Porém, nesse tempo longínquo essas
manifestações religiosas, incorporavam muitas vezes aspectos profanos, com
transgressões, excessos e actos proibidos (danças sensuais de mulheres, por
exemplo).
Talvez seja essa uma das razões que levou, a que o Concílio de Trento, no
século XVI, estabelecesse restrições à realização de certas procissões e à
proibição de quaisquer actos profanos, durante elas. Proibiu-se igualmente,
a participação das mulheres, limitando-a apenas aos homens e às crianças.
Virá daqui a norma que hoje ainda se aplica em São Brás de Alportel ?
Deixa-se em aberto a resposta. Prossigamos nos ritos. É normal, é curial que
numa celebração, haja explosões de emoção. Elas estão presentes na Procissão
das Tochas.
De vez em quando, um solista, com voz bem audível grita : “Ressuscitou como
disse!” . E os homens empunhando as tochas, a oferta ritual, unem-nas ao
centro quais espadas pacíficas que se entrelaçam. E rematam todos, em coro,
com entoação musical específica e imutável : “Aleluia !...Aleluia!...
Aleluia!...”
Conta-se em São Brás de Alportel, que, noutros tempos, para que este grito e
este coro soassem mais fortes e emocionados, os homens levavam no bolso
interior do casaco ou da jaqueta, o seu frasco de medronho caseiro com que,
discretamente, rejuvenesciam as gargantas. Verdade ? Mentira ? Ou antes o
resquício das tais transgressões rituais que o Concílio de Trento pretendeu
debelar ?
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Momento especial do levar das tochas ao centro |
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No século XIX, a ordenação de uma procissão reflectia fielmente a pirâmide
social. Hoje ainda e aqui, nesta procissão, isso se verifica. Os detentores
do poder, dos lugares públicos e as pessoas mais abastadas ocupam lugares de
destaque junto do Santíssimo Sacramento. Além de que, por vezes, a Procissão
fazia, noutros tempos, paragens nas casas de determinadas pessoas para fazer
a colecta e honrá-las especialmente. Esta ordem ocupada no cortejo é
altamente significativa, mas aceite por todos, numa atitude de fugaz
confraternização, embora surjam ao logo dos anos, verdadeiras polémicas
entre a religião oficial e os populares quanto à sua organização.
A beleza de cerimónia, porém, polariza o instante que traduz uma parte
credível da herança cultural.
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Três tipos de tochas presentes na Procissão de 2004 |
São os ritos mais evidentes, mais chamativos e merecem uma atenção especial
. São ofertas ao Senhor Ressuscitado e funcionam como moeda de troca. São
como que uma promessa, uma relação estabelecida entre a condição humana e a
santidade. Inserem-se no quadro de uma esotérica economia de permuta.
Em todas as festas religiosas é assim: promete-se, pede-se ou agradece-se.
Esta não é excepção. Há procissões para pedir chuva, para acabar com as
doenças, para glorificar um santo, para honrar Nossa Senhora ou o seu Divino
Filho. Esta exalta a Ressurreição do Senhor.
Esta festa dá aos sambrasenses, um sentimento de segurança e uma quase
certeza de protecção. È a sua única grande festa.. Se a festa se não
fizesse, nasceria uma decepção generalizada.
Entre as tochas actuais e as antigas, há visíveis diferenças. As antigas
eram mais singelas, simples molhos ou feixes de palmas e de flores
campestres, no topo de um cacete, forrado de vermelho para significar o
sangue derramado. Aliás, nestas tochas mais antigas, as flores eram
essencialmente brancas e vermelhas e os homens vestiam opas.
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- Procissão das Tochas de 1938
- * A criança de 3 anos é o Dr. Oliveira e
Sousa. * Vai pela mão do
irmão mais velho e figura com a sua tocha.
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Hoje, ainda prevalecem as flores primaveris espontâneas, as boninas brancas
ou amarelas, à mistura com alfazema, alecrim e rosmaninho, dispostas com
gosto, segundo um plano – uma cruz, a frontaria da igreja local, uma vela,
por exemplo – com a arte das mãos femininas, embora sejam os homens que as
transportam. Outras são já arranjos florais mais modernos.
OS TAPETES
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Pormenores dos tapetes que ainda hoje alindam as ruas |
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Cobrem o espaço por onde há-de passar a procissão e são confeccionados
artesanalmente pela população. Predominam as flores silvestres colhidas nos
prados e na Serra, aquelas que o Eterno Retorno fez renascer na Primavera.
Apresentam desenhos geométricos e glosam a cor com paridade.
Outrora eram mais modestos ou até inexistentes mas os perfumes primaveris
pairavam nos ares. Os tapetes de hoje, são também uma forma de homenagem ao
Cristo Ressuscitado, podendo mesmo ler-se no chão, a frase tradicional do
ritual, desenhada com as mesmas flores.
No final da festa, os tapetes e parte das tochas viram ofertas directas
sobre as quais passa o pálio e, ficam feitos despojos desfeitos no chão.
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A festa termina e há-de renascer dos despojos |
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A PROCISSÃO E A HISTÓRIA DE SÃO BRÁS DE
ALPORTEL
Há quem relacione esta viril procissão com uma manifestação de acção de
graças, que os mancebos se São Brás de Alportel dedicam a Jesus Ressuscitado
pelo facto da sua fé Nele, os ter ajudado a sair vitoriosos em certa luta,
contra inimigos da terra.
As próprias tochas armadas sobre um pau que poderia ter servido de arma, a
cachamorra, nos tempos em que outras armas não eram permitidas ao povo,
acirra ainda mais esta crença tradicional.
Ora, perfazendo a História desta região, não vislumbrámos certezas que
confirmem esta versão; apenas hipóteses que poderão, efectivamente, dar
alguma consistência à vox populi.
De facto, esta serra e estes lugarejos foram por mais de uma vez palco de
lutas contra exógenos. Seguindo uma linha cronológica, ainda no tempo da
mourama, quando D. Paio Peres Correia, empreendia a reconquista do Algarve,
passou-se um facto de boa e má memória que vamos relatar.
Estava-se no ano de 1242 e vivia-se um período de tréguas entre mouros e
cristãos que se prolongaria até ao fim das colheitas, como fora por
armistício determinado. Só que os mouros atacaram e chacinaram à traição,
sete cavaleiros de D.Paio Peres Correia que haviam saído para caçar nos
arredores e Tavira. Sabedor desta maldade, o Mestre de S. Tiago mais os seus
e muitos populares fizeram pagar bem cara esta traição sem nome. Tomaram
Tavira e lutaram em várias frentes quanto puderam, contra estes infiéis.
Numa crónica que relata o facto, alude-se a escaramuças em ”almargem” e em
“desbarato”, hoje, lugarejos que pertencem ao concelho de São Brás de
Alportel.
Mais tarde, já reconquistado o território aos mouros, em tempo de D.Afonso
IV, o Bravo, consta que o rei de Castela, não acatando as decisões
fronteiriças estabelecidas pelo Tratado de Alcanises, celebrado com D.
Dinis, pai de D.Afonso IV, teria invadido esta parte oriental e serrana do
Algarve, mas teria sido rechaçado e afastado definitivamente.
A verdadeira povoação de São Brás já com sua igreja, é notícia, em 1517,
quando D. Jorge, filho bastardo de D. João II e Grão Mestre da Ordem de S.
Tiago visita a ”villa “ de Faro, no Algarve. Nessa notícia se diz, que São
Brás era, ao tempo, uma ermida com capela de ripa, com pia de baptizar,
campas e um campanário e ainda um pomar e casas para o ermitão.
É esta ermida que vem a tornar-se a sua Igreja, enquanto São Brás vai
passando de lugar a aldeia e de aldeia a freguesia.
Os Bispos, continuadamente, foram dotando a Igreja de melhores condições,
com especial referência para D. Francisco Gomes de Avelar, já no século XIX,
que dada a ruína do primitivo campanário no lado sul da igreja, mandou
construir o actual, do lado norte.
Efectivamente, os Bispos parecem ter tido uma certa atracção por esta terra,
sabendo-se, que, no século XVI, o Bispo D. Simão da Gama tinha aqui o seu
refúgio de verão e mesmo talvez antes, outros tivessem escolhido esta terra
para veranear, dadas as suas características climáticas. Aliás o topónimo
Santa Catarina da Fonte do Bispo atesta esta ligação.
Ora, em parte, relacionada com esta vivência episcopal, há um facto
histórico que em 1757,o pároco de São Brás, Padre Pereira da Silva descreve
desta forma:
Em 1596, Portugal estava dominado por Filipe II de Espanha, que por sua vez,
era inimigo político da Inglaterra. Para atacar esta potência, preparava
Filipe II, em Cádis, uma armada, mas o serviço de espionagem inglês
funcionou, e esta armada em preparação, foi literalmente destruída em Cádis,
pelos marinheiros ingleses.
No regresso, os marinheiros ingleses, aportaram em Faro, onde queimaram,
roubaram e destruíram quanto lhes aprouveu.
Nessa época, era Bispo de Faro, um homem de vasta cultura e possuidor de uma
invulgar biblioteca. Chamava-se D. Fernando Martins Mascarenhas. Ao que
consta 177 volumes encadernados, quase todos em latim, foram rapinados e
levados pelo duque de Essex para Inglaterra, onde os ofereceu a Sir Thomas
Bodley que, ao tempo, fundava a Biblioteca de Oxford.
Consta ainda que, nessa altura, os ingleses se internaram pela Serra de São
Brás, que pertencia a Faro, talvez na mira de saquearem a residência de
verão do Bispo. Só que aqui, encontraram a estoica oposição dos moços
solteiros da Confraria de Nosso Senhor Jesus que invocando o seu nome e
munidos de cachamorras, os derrotaram vindo depois a celebrar a vitória, em
dia de S. Tiago.
Virá daqui a voz do Povo que associa esta procissão à luta contra invasores
estrangeiros ? Mas há mais ... Na Gazeta de Lisboa de 1808, quando se refere
que, no dia de Corpo de Deus, os habitantes de Olhão e Faro se opuseram às
tropas de Junot, refere-se também, que estas se internaram pela Serra onde
foram afrontadas.
Mesmo durante o período das lutas liberais, há notícias de brigas por estes
lados, pois os terrenos eram propícios a esconderijos e emboscadas.
Como portanto se depreende deste bosquejo histórico, há sérias hipóteses de
, aqui, em terras de São Brás de Alportel, ter sido travada pelos populares,
pelos sambrasenses, uma ou até mais lutas contra invasores inoportunos,
lutas que cobriram de glória os habitantes e os fizeram arreigar a sua Fé em
Cristo.
Por tudo isto, esta procissão fez-se, faz-se e cremos que se fará sempre,
porque, corresponde aos anseios do Povo de São Brás de Alportel.
Mesmo quando com a implantação da República, surgiu a Lei da Separação da
Igreja e do Estado e muitas procissões locais caíram no esquecimento, aqui o
concurso de sambrasenses e de forasteiros nunca diminuiu. O Diário de
Notícias de 1923, noticiando a Semana Santa nesta terra, dizia que o templo
estava à cunha e havia a pompa e a circunstância do costume, chegando a
contar-se dois mil fiéis e que, no domingo de Páscoa se celebrava a
tradicional Procissão da Ressurreição, com as alas dos Irmãos das
Confrarias, transportando as suas tochas enramalhetadas de flores.
Bem haja esta terra, de seu nome São Brás de Alportel, que ontem como hoje,
sabe manter e mostrar a sua identidade e afirmá-la com fé e garbo!
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
Pierre Sanchis « Arraial: Festa de um Povo», Publicações D. Quixote.
Bernardi, Bernardo « Introdução aos estudos etno-antropológicos», Edições
70.
Augé, Marc «A construção do Mundo», Edições 70.
Eliade, Mircea « Tratado de História das Religiões», Edições Cosmos.
Adragão, José Victor «Algarve», Edições Presença.
Louro, Estanco « Monografia de S. Brás de Alportel », Edição da Câmara
Municipal.
OUTRAS FONTES
Depoimento do Pároco local;
Depoimentos de Sambrasenses;
Fotografias.
Outubro de 2004 Francisca Cruz e
Gabriela Mendonça
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