Em 1834 Friedrich August von Alberti
reconheceu três formações distintas no sul da Alemanha. Estas eram o Bunter
(inferior), Muschelkalk (médio) e Keuper
(superior) formações que ele agrupou no Triassico, e
hoje chamado como Sistema Triassico. O termo velho Triassico
é freqüentemente usado na Europa, até mesmo por geólogos de língua inglesa. O Muschelchalk ou "rocha calcária formada por mexilhões”
contém muitos fósseis de organismos marinhos.
O Período Triassico é o primeiro período geológico da era de
Mesozóica ou "idade de répteis". Foi durante esta época que os Arcossauros ("répteis soberanos”) alcançaram o domínio
na terra, e muitos tipos de répteis marinhos floresceram nos mares.
O Triássico viu o único supercontinente Pangea
que se localizava no equador. Ao redor
do Pangea estava um oceano enorme, Panthalassa. Blocos crustais
abaixaram (sofreram subsidência) criando bacias fisiográficas. O Mar de Tethys
penetrava na parte leste do Pangea, conduzindo à
divisão entre a antiga Laurasia no norte e a antiga Gondwana no sul. O
clima estava quente mas a maior parte do mundo era
seco, e a parte central da Pangea era muito árido
criando vastos desertos
Biosfera
Invertebrados
Com a extinção
permiana fusulinideos, trilobitas,
corais rugosos comuns no paleozóico foram extintos na grande extinção permiana,
porém bivalves, amonóides e braquiópodes
recuperaram-se desta extinção para dominar o Triassico. No caso do braquiópodes,
Spiriferídeos, Terebratulideos,
e Rhinchonelidos são bem representados. Os amonóides incluem um número enorme de famílias com linhas
de crescimento muito bem desenvolvidas, estes evoluíram de uma única linhagem
que sobreviveu a extinção Permiana. Estes animais são tão diversos que este
período poderia ser chamado de a idade dos Ceratites
(nome desse grupo de amonóides). Além do Ceratites, outras formas mais complexas apareceram pela
primeira vez. Os amonóides também são unidos por
novos grupos de cefalópodes semelhantes a lulas, como os Belemnites,
um grupo que seria abundante durante o jurássico.
A maioria dos
grupos modernos de invertebrados também apareceu durante o Triassico. Várias ordens novas de equinodermos
(estrela-do-mar e ouriços do mar) evoluíram, embora equinóides
permanecem raros e de tipos especializados.
Corais escleractinos modernos apareceram, e
nas regiões de Tethys formaram pequenos recifes
construídos normalmente em restos de recifes de esponja. Não há nenhum recife grande como os
atuais.
Há muito pouca evidencia
de fitoplâncton. É provável que possuíam um organismo
composto por partes moles, em conseqüência disso não foram preservados como
fósseis.
Em terra,
evoluíram vários tipos de Insetos mais modernos.
Durante este
tempo, talvez a melhor adaptação aos ambientes áridos, foram os animais de
sangue frio, Arcossauros ou "répteis soberanos”,
que suprimiram os animais de sangue quente, Terapsideos
ou "protomamíferos". A maioria destes Arcossauros pertencia às ordens
Prolacertiformes, Tecodontia,
Trilophosauria, e Rhynchosauria,
mas os primeiros protodinossauros (Lagosuchia) evoluíram neste momento. Também havia muitos tipos de seres lagartiformes pequenos como Younginiformes
e Paliguanideos, mas são pouco conhecidos. O procolophonideos,
também eram muito comuns. Os rios,
lagoas e lagos foram povoados por anfíbios de Temnospondilos
grandes dos quais o Capitosauroidea freqüentemente
chegava a dois metros de comprimento (o grande Mastodonsaurus
pode ter alcançado quatro ou cinco metros).
Nos mares apareceu uma diversidade sem precedentes de répteis marinhos
como ictiossauros, pachypleurossauros
e thalatossauros, notossauros,
tartarugas e o Pistossauros. Nesta época também
apareceram os primeiro crocodilianos e répteis voadores
Os grandes licopodios, esfenofitas e
samambaias gigantes de clima úmido, não se adaptaram muito bem no clima seco triassico. A
vegetação foi dominada por coníferas e
outras gimnospermas.
A flora permiana de
Glossopteris desapareceu e foi substituída pela
pteridosperma corystospermacea Dicrodium. O Dicrodium
aparece em todas as assembléias de pantanos. E foi a única variedade presente dessa classe
de vegetais. Voltziacea
e coníferas primitivas, e algumas cycas da Laurasia e ginkgos também ocorrem
em floras do Gondwana.
A Flora de Laurásia foi composta de uma mistura de coníferas
primitivas Voltziaceae, Lebachiaceae,
cycas, bennettitales, ginkgos (especialmente em latitudes mais ao norte),
samambaias gigantes e esfenófitas.