Tipos de Início:

Existem ainda três tipos de início, perfeitamente definidos que ajudam no diagnóstico da ARJ.

 1)      Inicio Sistêmico:

É a forma mais grave e menos comum, compreendendo em torno de 20% dos casos de ARJ. Acomete a criança em qualquer idade e igualmente os dois sexos, sendo que as grandes articulações são as mais freqüentemente envolvidas. A febre está sempre presente e é geralmente combinada com eritema, artrite ou artralgia, linfadenopatia, esplenomegalia, hepatomegalia, dor abdominal ou pericardite.

A febre é de caráter intermitente e pode atingir até 41ºC, com retorno ao normal em poucas horas.Durante este período a criança parece às vezes muito mal, mas tem uma melhora considerável quando a temperatura volta ao normal. Esses picos febris podem aparecer duas vezes ao dia, em alguns casos.

2)      Início Poliarticular:

É caracterizada por acometimento de varias articulações, especialmente as pequenas. Os sintomas articulares já predominam desde o inicio e as manifestações sistêmicas são geralmente discretas. Predomina no sexo feminino e pode iniciar em qualquer idade e geralmente de modo insidioso. Esse grupo é dividido em subtipos I e II conforme o fator reumatóide seja negativo ou positivo.

Subtipo I – Poliarticular com fator reumatóide negativo.

Aparece em crianças mais novas, antes dos 6 anos, e a evolução articular é menos grave. É predominante em meninas, de inicio insidioso, acometendo as pequenas articulações das mãos e pés, joelhos, punhos, tornozelos e cotovelos.

Subtipo II – Poliarticular com fator reumatóide positivo.

A idade de inicio é acima dos 10 anos, com predomínio no sexo feminino e a atividade é mais intensa com destruição articular maior, presença de nódulos reumatóides subcutâneos e uma incidência maior de vasculite.

Acomete principalmente punhos, seguindo-se joelhos, cotovelos, tornozelos e quadris.

3)      Início Pauciarticular

O inicio é também insidioso e acomete articulações maiores. Podemos considerar também dois subtipos.

Subtipo I:

Acomete crianças mais novas (antes dos 5 anos), nas quais a incidência de iridociclite crônica é bastante alta, sendo que 80% das crianças são portadoras de anticorpos  antinucleares.

A evolução articular é geralmente benigna, com limitação de atividade somente em poucos casos, e a mortalidade é mínima bem como as manifestações sistêmicas. O grande risco nesse subtipo é o aparecimento da iridociclite crônica, que pode levar a uma limitação ou mesmo perda da visão, em grande parte dos casos.

Subtipo II:

Acomete crianças acima dos 10 anos, e predomina do sexo masculino. A pesquisa de fatores reumatóides e antinucleares é negativa. Há comumente acometimento das articulações sacrilíacas e em especial joelhos e tornozelos, e muitos casos evoluem mesmo para a espondilite anquilosante. Nesses casos pode aparecer iridociclite aguda.

 

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