Suporte
é a superfície que recebe a pintura; pode ser
preparado com camadas básicas de tinta, geralmente
branca, ou mesmo ser usado em seu estado natural, dependendo
do objetivo.
Pedras, paredes, madeiras, metais, tecidos, papéis
eram e ainda são usados pelo homem quando ele deseja
manifestar-se plasticamente, marcando indelevelmente sua caminhada
cultural e seu processo de civilização. Na Idade
Média, era comum usar-se uma base inerte de gesso (sulfato
de cálcio) e giz (carbonato de cálcio) que,
misturados à cola animal, formavam uma base apropriada
para receber a tinta. Atualmente, além dos suportes
citados, existem outros produzidos com materiais sintéticos,
a exemplo de plásticos, acetatos, tecidos de fibras,
poliéster.
Neste trabalho, testaram-se as tintas naturais sobre quinze
diferentes suportes: tela, papel industrial, papel artesanal,
seda, gesso, vidro, madeira, cerâmica, juta, papelão,
eucatex, couro, plástico, paredes de cimento e azulejo.
Para a observação do comportamento das tintas
sobre os suportes, usou-se como referencial a padronização,
que consiste na aplicação da mesma tinta sobre
os suportes a fim de verificar seu comportamento e prevenir
o reaparecimento de problemas.
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De
acordo com as características e qualidades das superfícies,
classificaram-se os suportes quanto ao uso das tintas líquidas
(transparentes) em:
superfícies
lisas e impermeáveis: vidro, azulejo, plástico,
paredes de cimento, eucatex, nos quais se intensifica a cor
pela não-absorção, secando pela evaporação;
superfícies
de porosidade média: madeira, tela, gesso, couro, papelão,
seda, cerâmica;
superfícies
porosas: papel artesanal, papéis industriais de boa gramatura
e juta.
As tintas em pó (opacas) podem ser usadas em todos os
suportes; quanto às líquidas (transparentes),
a retenção da cor, sua absorção
e permanência têm melhores respostas em suportes
que apresentam maior porosidade. |
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