A
natureza oferece matéria prima abundante para a produção
de tintas. Algumas delas estão em nosso jardim (como
as flores e a terra) e acabam passando despercebidas. Ou estão
na nossa cozinha: beterraba, repolho roxo, chás variados
(inclusive de caixinha).
Pode-se encontrar diferentes materiais de acordo com a época
do ano (flores, frutos, folhas e sementes) conforme o ciclo
de germinação das plantas.
Das plantas são obtidos pigmentos de várias partez:
raiz, caule, casca, folhas, flores e frutos.
Os pigmentos das flores são luminosos (claros e coloridos)
porém muito instáveis e voláteis. Já
os da raiz são mais estáveis e duradouros, apesar
de menos luminosos. Os corantes do caule e das folhas encontram-se
como intermediários entre esses dois extremos. E os pigmentos
minerais (as terras e pedras) são os mais duradouros.
As flores, folhas ou raízes podem ser usadas frescas
ou secas. Geralmente quando secas possuem a cor mais concentrada.
Daí a seguinte equivalência, descrita por Eber
Lopes Ferreira em seu livro "Corantes naturais da flora
brasileira": |
1
kg de flor seca = 3,5 kg de flor fresca |
1
kg de folha seca = 2,5 kg de folha fresca |
1
kg de raiz seca = 1,5 kg de raiz fresca |
O
pó de alimentos desidratados e moídos (beterraba,
espinafre e açafrão, por exemplo) também
podem ser usados na produção de tintas. E as
tintas provenientes dos vegetais são líquidas
e transparentes. Já as provenientes dos minérios
ou pó de alimentos são densas e opacas.
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