Dentre as muitas obras temos
a praça das Araras, painéis da arara
vermelha e o papagaio, mais um na Euler de Azevedo onde
fiz o mapa do Mato Grosso do Sul. Também fiz três painéis em Três
Lagoas, tenho dois painéis que são os maiores que eu pintei em Dourados,
dois painéis em Corumbá e em Ponta Porã.
-Esse painel que vocês estão vendo é em Ponta Porã, é uma homenagem
que eu fiz a um pessoal que trabalhava na erva mate. A
sensação de ser o criador de obras que são o cartão postal de nossa
cidade , não tem explicação, é maravilhoso você poder ver o seu trabalho na
rua, e dizer “poxa vida que bom”, como é gostoso poder contribuir com tua
cidade .Acho que vai além da coisa pessoal, vai muito mais pela satisfação
de ter colaborado, de estar contribuindo com sua cidade, com seu estado,
aumentando a auto-estima das pessoas em função de um trabalho que você fez,
porque quando temos uma praça bem feita a imagem é uma coisa fora do normal
que chama a atenção e que te dá
prazer. Então a satisfação é muito grande.
Quanto aos temas das minhas obras sempre vou levantar a bandeira da
ecologia, e defender a natureza porque, quando você aprende a gostar e
amar a natureza, com certeza estará criando um convívio muito melhor
socialmente com as pessoas e com tudo que está a sua volta. Você olha a
natureza de forma diferente, passa a olhar sua cidade de forma
diferente, sente a importância do que é você, mesmo nas pequenas coisas,
desde não jogar lixo na rua, porque aquele lixo ele vai ter um caminho,
e certamente esse caminho vai ser um rio, um riacho, um córrego, e isso
polui e estraga o ecossistema e prejudica a nossa saúde, a nossa vida
Sempre vou levantar a bandeira da natureza.
O
primeiro trabalho meu, era garotão ainda, tinha 14 anos de idade, foi
uma tela, eu fiz um por do sol e duas árvores, e apesar dela ser
horrível tenho até hoje comigo.
Agora o primeiro trabalho de prédios e painéis, foi a onça pintada
e o primeiro trabalho de praça de escultura foi a Praça das
Araras em Campo Grande.
A escultura que mais gosto é a da Praça das Araras por ter sido o meu
primeiro trabalho de escultura.
É fundamental na minha vida, porém já evolui muito tecnicamente
depois que eu fiz esse trabalho. Se você observar as araras lá de
Corumbá pode perceber claramente a evolução técnica, pois elas estão
mais soltas e tem movimento e estão mais leves. Então, por exemplo,
dos painéis dos prédios a Onça é a mais importante pra mim na minha
vida porque foi a primeira, mas eu gosto muito do trabalho do
movimento das águas que eu fiz lá em Três Lagoas.
Eu adoro fazer esculturas, adoro pintar em telas, adoro pintar painéis,
mas é diferente a sensação
quando estou pintando telas, pois fico trancado dentro de um ateliê
pintando. Uma coisa que eu gosto de fazer muito é pintar ao vivo,
“botar” a tela em público e pintar, como fiz
esses dias lá em Bonito.Até me assustei com a quantidade de
pessoas que estavam em volta, não pelas pessoas, mas porque elas
estavam ao meu lado e ficavam “me apertando” então eu não tinha nem
espaço para trabalhar. Pintei ao vivo também em São Paulo no salão
de Turismo e agora vou fazer
o mesmo no Rio Janeiro na base aérea numa Feira do Turismo. Já
estive pintando na França e estou sempre fazendo esse tipo de
trabalho.
Adoro interagir com o público, adoro que as pessoas estejam
presentes, e quando trabalho
dentro do meu ateliê fico fechado, muito sozinho, mas é
gostoso. E fazer esculturas é maravilhoso porque tem todo um
processo. A Praça das
Araras eu fiz em 10 dias, então é um tempo maior, você vai
montando, medindo analisando é grande processo até que você
vê pronta, é
muito gratificante.
REPÓRTERES-
PATRICK CÉSAR BERNARDO, PALOMA T. MARECO DE OLIVEIRA, MARIANA L.
B. ARO E HADA OSSUNA PINHEIRO