principal

       sobre a ars dei

       textos

       imagens

       sons

       blog

       contato    

Comunidade Ars Dei 

   

Nossas fraquezas

 

Amados irmãos, paz de Jesus Cristo!

Venho com alegre disposição e muita esperança na misericórdia de Deus propor-vos mais uma meditação. No nosso último encontro (reunião), Deus manifestou-se entre nós de maneira amorosa e misericordiosa mostrando-nos o quanto Ele nos ama e nos quer bem. A maior prova disso foi a abertura dos corações e a tentativa de juntos solucionarmos as dificuldades. A cada dia que passa sinto-me mais atraído pela proposta que Deus um dia me fez em trabalhar pela arte e zelar bela beleza de nossa Igreja.

 

Mas o assunto que quero que pensem é o seguinte: Fraqueza

Sim, vamos meditar sobre nossas fraquezas. Quero que pensem naquilo que é mais difícil, naquilo que é mais doloroso de enfrentar na vida de fé. Deus nos criou em espírito e em matéria (carne) e não podemos negar nenhuma dessas dimensões. Possuímos uma psique e todo um desenvolvimento pessoal na personalidade e no físico e tudo isso nos influencia diariamente. Só conseguimos nos aproximar-nos de Deus quando, sem mais resistir, aceitamos todas as dimensões de nosso ser e dialogamos com cada uma delas.

Dialogar, essa é a palavra mais correta para definir a atitude que devemos ter com nossas fraquezas e limitações. Precisamos tentar dialogar com nossa raiva, com nossa tristeza, com nosso desejo, com os sentimentos que possuímos e que são humanos e necessários e descobrir o que Deus me diz em cada um deles. Somente quando não nego meus sentimentos e, ao contrário, converso francamente com eles, posso então entender o que Deus quer me dizer com isso ou aquilo. É extremamente necessário reconhecer quem sou, quais as minhas limitações e quais os meus dons para então conhecer a Deus. São Paulo diz: “Eu me apresentei em vosso meio num estado de fraqueza, de desassossego e de temor” (I Cor. 2, 3). O apóstolo reconhece sua fraqueza e mesmo assim não deixa de evangelizar. Assim nós também devemos agir perante nossas fraquezas. Elas não devem impedir que eu realize o plano que Deus tem para mim, mas devem fazer com que eu me conheça melhor e possa, então, definir com mais clareza os passos que devo dar para superá-las com o discernimento correto.

Deus fala nos nossos sentimentos e nas nossas fraquezas e nos diz o que precisamos e qual a Sua vontade. Quando sinto muita raiva de alguém que me feriu, por exemplo, nisso Deus pode estar querendo que eu olhe para aquilo que mais irrita em mim mesmo, pode estar querendo mostrar-me que sou limitado e que não tenho que ser perfeito e eternamente paciente e pode também me mostrar aquilo que, naquele momento de minha vida, é prioridade trabalhar em mim. Não se pode generalizar, é preciso analisar cada situação. O medo, outro exemplo, mostra-me na verdade aquilo que ainda não consegui entregar nas mãos de Deus, ou aquilo que ainda não aceitei em mim, a tristeza pode ser um bom sinal para eu descobrir o quanto sou frágil e dependo de Deus, e assim por diante. O importante é sempre dialogar, conversar com as minhas fraquezas e tentar descobrir o que Deus quer me falar com elas. Ele nos ama assim e assim nos fala e edifica.

As nossas fraquezas são na verdade uma ponte para o amor de Deus. Nelas podemos encontrar a maior prova de que Deus nos ama e nos quer no seu caminho. Por incrível que pareça a pequena história da ovelhinha com a patinha quebrada faz sentido, assim como a pequena história da mãe que, para livrar o filho do crocodilo que tenta engoli-lo, deixa marcas das unhas nos braços dele. Deus muitas vezes nos deixa marcas dolorosas para salvar-nos. A misericórdia desse Deus é tamanha que se soubermos nos entregar de coração ao seu amor, iremos perceber o quanto precisamos Dele e o quanto ele nos cerca de cuidados.

Que possamos como comunidade, sabermos nos entregar a Deus de corpo e espírito e que Ele possa nos ensinar a descobrir nas nossas fraquezas a riqueza de seu amor e de sua misericórdia, assim possamos alimentar em nossa espiritualidade a vontade de sermos os menores de todos, sim os menores, e de servirmos com amor e carinho a todos os filhos da Santa Madre Igreja. Amém.

 

 Filipe

© Copyright 2007 Ars Dei. All Rights Reserved. Design by Ars Dei Atelier
 
Hosted by www.Geocities.ws

1