Quando o sol acorda,
Bocejando atrás da serra,
O caboclo também se levanta
Mode cuidar da terra.
Na enxada ou no arado
Semeando a própria vida
O suor pingando o esforço
Do trabalho sem medida
Vez em quando, numa sombra
O descanso e o café.
O pito de palha na boca,
E o cheiro no rapé.
Hora do almoço, a comida
No caldeirão esmaltado.
Boa prosa e risadas
Contando o tempo passado
E o sol desce de novo
Vai nascer noutro lugar,
E o caboclo volta pra casa
Mode se refazer pra recomeçar.
Esse homem do campo
Sem reconhecimento e motivação
Dá todos os dias, os braços
Pro crescimento da Nação.
|