FANTOCHE

 


Arlete de Andrade


 

 


Quero sair de cena,
Cansei de encenar neste
Palco de fantoches movimentados
Por alguns poucos privilegiados,
Pelo carisma da mentira
Ventríloquos ridículos de textos 
Decorados e esquecidos.
Em ato, desatam palmas mecânicas
Sem mais nem porque. E o público
Desatento deixa passar confissões
Inescrupulosas, absurdas, e 
Permanecem inertes
diante da loucura.
Decretos sem sansação. 
Leis compridas, não cumpridas.
Descalços sem projetos.
Projetos empilhados, esquecidos.
Papéis rasgados em cena
Peças sem importância
que terminam sem conclusão
antes mesmo de fechar o pano.

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