MEU CÉU E MEU INFERNO

 


Arlete de Andrade


 

 

Há uma anjo lutando nas profundezas 

de meus infernos.
Ele está a beira de uma abismo.
Suas mãos são macias e escorregam,
sem que ele consiga se segurar, se esquivar
do perigo que o atrai.
Há uma anjo bradando, às portas do meu céu.
Ele reúne sentimentos e chora suas razões.
Suas mãos calejadas, porém suaves, agarram-se
as minhas raízes. 
Eu? Permaneço arena,
pequena, no confronto destes gladiadores.

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