Que amor é esse que me detém
Com abraços e beijos, que não contém os desejos
Guardados em gozo paixão, e no momento seguinte
me esbofeteia com palavras, que ardem queimando
brasas no íntimo, em meu coração?
Dizes ser meu homem-âncora, em meu
Navio.... tempestade.
Que alça velas, enfrentando
Os ventos de minha ansiedade, mas no momento seguinte
Me joga em mar revolto, naufragando esta verdade.
Que alicerce é esse, que teu concreto
Constrói, arquitetado passo a passo,
num solo arenoso, onde qualquer
Sopro destrói?
Teu amor é farpa, cravado em minha carne,
é dor que não quero mais.
Meu coração é barco a deriva, há tempos
Procurando um cais.
|