AMOR A DERIVA

 


Arlete de Andrade


 

 



Que amor é esse que me detém
Com abraços e beijos, que não contém os desejos
Guardados em gozo paixão, e no momento seguinte
me esbofeteia com palavras, que ardem queimando
brasas no íntimo, em meu coração?


Dizes ser meu homem-âncora, em meu 
Navio.... tempestade. 
Que alça velas, enfrentando
Os ventos de minha ansiedade, mas no momento seguinte
Me joga em mar revolto, naufragando esta verdade.

Que alicerce é esse, que teu concreto
Constrói, arquitetado passo a passo,
num solo arenoso, onde qualquer
Sopro destrói?

Teu amor é farpa, cravado em minha carne,
é dor que não quero mais.
Meu coração é barco a deriva, há tempos
Procurando um cais.

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