Ordálios: "Juízos de Deus"


Os Ordálios ou Juízos de Deus eram considerados as principais provas para os Germânicos e outro povos bárbaros, na antiguidade, baseado "na crença de que Deus, conhecendo o passado, pode castigar aquele que jura falsamente".

A História conheceu várias formas de Juízos de Deus. Como arremessar o acusado à água: se submergir-se, era inocente; se permanecesse à superfície, era culpado. O duelo judicial também era considerado um Juízo de Deus, se o acusado vencesse, seria absolvido, pois era inocente. Havia também a prova da água fervente, na qual o réu era obrigado a colocar o braço dentro da água fervente e, se, ao tirá-lo, não houvesse sofrido nenhuma lesão, era inocente. Assim como pela prova do "ferro em brasa", o qual o acusado era obrigado a segurar e, se não sofresse queimaduras, era considerado inocente...

No século III d.c., com o início da invasões germânicas, iniciou-se o declínio do Império Romano, e os bárbaros levaram consigo seus costumes, aparecendo, assim entre os romanos, um verdadeiro processo misto "formado de elementos germânicos e romanos".

Acredita-se ser do final do século III d.c. ou do século IV d.c., uma placa metálica encontrada em uma fonte natural de água morna ao sudoeste da Inglaterra (1988), local onde havia um assentamento romano, a qual é um exemplo único, até o momento, de um texto contra o falso testemunho. No local, havia um templo que foi dedicado a Sulis Minerva, divindade sincrética: Minerva , deusa romana da sabedoria e protetora do povo romano, foi associada à deusa nativa Sulis.

O teor da placa é o seguinte: "Uricalo, Doliciosa sua mulher, Dócilis seu filho e Docilina, Decêntino seu irmão, Alogiosa: os nomes destes que juraram <que juram> na fonte da deusa Sulis, no dia 12 de abril. Aquele que cometer um perjúrio, faça com que paque com o próprio sangue à deusa Sulis".

Afirmava-se que o juramento devia ser escrito em uma placa e jogado à água: se flutuasse era verdadeiro.


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