NOSSA
FORMA DE PENSAR E ESTAR EM SOCIEDADE
A
ICOH (Igreja Católica Ortodoxa Hispânica) foi fundada para a propagação do
Cristianismo em toda a Península Ibérica, e com possíveis ramificações em
outros países e continentes, que se separa de todas as Igrejas Institucionais
existentes que, pelos muitos erros, que algumas têm cometido ao longo dos anos,
quase desde o momento em que nasceram, trocando em muitos momentos a beleza dos
ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, na sua simplicidade, humildade,
pobreza e amor ao próximo, por uma instituição altamente ditatorial e
intolerante, onde impera a pompa e o absolutismo, com o prejuízo do verdadeiro
Cristianismo, que se encontra nos humildes, nos operários, nas prostitutas e
prostitutos, nos doentes, nos marginalizados, discriminados e mal amados por
esta sociedade injusta e imoral, verdadeiros e legítimos representantes de
Jesus Cristo, o Profeta de Nazaré, Filho Unigénito de Deus.
A
ICOH tem por estrutura os ensinamentos bíblicos do Antigo e Novo Testamento.
A
ICOH nasce como as Igrejas dos primeiros séculos do Cristianismo, que eram nada
mais do que Igrejas Nacionais, que viviam e se desenvolviam com autonomia
completa, sem vassalagem ao Bispo
de Roma ou ao Patriarca de Constantinopla, ou a qualquer outro Patriarca,
Metropolita, Arcebispo ou Primaz. Como escreveu Tertuliano: "As nossas
numerosas Igrejas reputam-se todas à mesma Igreja, a primeira de todas fundada
pelos
A
ICOH e os seus membros de pleno direito, firmam-se e crescem na sua fé
Nascemos
pela nossa fé em Cristo e na certeza de que somos filhos de Deus e que como tal
desejamos viver, crescer e morrer, sem medo que nos vomitem o seu ódio, por não
continuarmos submetidos á sua vontade e à sua ditadura anti-cristã, déspota e
discriminatória.
A
ICOH nasce com a certeza de que toda a espécie de fraqueza, miséria,
humildemente reconhecida e confessada, atrairá sobre a Santa Igreja a compaixão
e a misericórdia de Deus, ao passo que o orgulho excitará à indignação e
condenação de Deus.
Acreditamos firmemente que não é possível que o
mundo leve a sério as organizações de falsários e mistificadores que, século
após século, vêm mentindo e enganando os cristãos e a humanidade. O sangue dos
nossos irmãos, não permite que os cristãos e a humanidade sejam sufocados
constantemente, acorrentados e aprisionados por homens que representam no
momento os sacerdotes da Antiga Lei, os mesmos da crucifixão de Jesus Cristo.
Aqueles que foram redimidos por Cristo Jesus e nos redimiram com o seu sangue
nos campos de combate, vítimas daqueles que se diziam representantes de Jesus
Cristo na terra, não permitem que sejamos covardes numa hora destas, que
devemos restaurar a nossa Fé
Católica Ortodoxa.
Acreditamos que as instituições humanas e
"divinas" que nos condenam, acusam e excomungam, assim procedem porque
os seus representantes, os hierarcas e chefes máximos, papas e primazes, têm
vindo a colocar através dos séculos os seus interesses pessoais, políticos e
sobretudo económicos, acima dos interesses da comunidade cristã e dos cidadãos
em geral, colocando-se como déspotas e autocratas, seguindo uma postura e
comportamento, em tudo contrário aos ensinamentos de Jesus, de quem se
intitulam únicos representantes e vigários. A Igreja de Cristo não é dirigida
por homens que se esquecem do carácter sobrenatural da sua missão na terra, e
muito menos por aqueles que afirmam nas Eucaristias que os dons de Deus são
distribuídos consoante o dinheiro que é oferecido á Igreja. Os dons de Deus não
se vendem.
Acreditamos que a Igreja de Jesus Cristo na terra,
não pode ser uma Igreja do poder e do domínio, da burocracia e da
discriminação, da marginalização, da repressão e da inquisição.
Acreditamos que a aliança de Deus com os homens, os
pobres e os humildes, está em contradição com a arrogância, de qualquer espécie
de poder que condena e elimina o inocente porque é incómodo.
Acreditamos e temos consciência de que, os
originais, os espontâneos, os não conformistas, os inflexíveis perante as
humilhações, os lineares e indomáveis capazes de desmascarar compromissos sibilinos
e condicionamentos opressores, oportunismos indignos e servilismos
despropositados, ficam por vezes isolados, são progressivamente marginalizados,
e depois descredibilizados, expulsos e escarnecidos, suspeitos e obrigados a
sofrer inúmeras frustrações com origem em atordoadas e insinuações gravosas
cozinhadas nas suas costas.
Acreditamos
que a unidade do Espírito Santo exige não a uniformidade, mas a diversidade,
permanecendo cada um com a sua própria personalidade em benefício de todos. Na
dinâmica desta troca se constrói e cresce a Santa Igreja de Jesus Cristo para
proveito comum.
Acreditamos
que a moral não é uma coisa estática; é um processo no qual valores passados
são testados de novo, postos à prova em contextos de vida diferentes. Por vezes,
estes valores éticos são repensados à luz da experiência de vida contemporânea,
revelam-se como não plenamente adequados e por conseguinte, carecem de ser
re-adaptados à autenticidade da mensagem de Cristo que, não sendo nunca
estática, é sempre e sempre, original.
Acreditamos plenamente no que afirma São
Bernardo, quando escreve: "o zelo de muitos e muitos eclesiásticos
serve apenas para garantir o seu lugar. Tudo é feito em razão da carreira, nada
ou bem pouco em função da santidade. Se quisesse tentar evitar redundâncias e
ser mais directo dizia: «Por favor, isto não é conveniente, não está conforme
aos tempos, não é adequado à vossa grandeza; tende em conta a dignidade da vossa
própria pessoa»."
Acreditamos que com muitos prelados e sacerdotes das
várias igrejas e comunidades eclesiais, acontece por uma fraqueza não
confessada, o belo despertar mais benevolência e predilecção do que o honesto.
Percebe-se lá no fundo e quase sempre, um pouco de efebismo em certas simpatias
dos superiores. O subalterno toma consciência dessa prerrogativa logo ao ser
recrutado e serve-se dela fazendo-a crescer para benefício próprio.
Acreditamos que o eco do grito dos decapitados não
se faz ouvir atrás dos patriarcas e primazes perturbando os castos ouvidos dos
protectores cínicos, astutos, oportunistas, déspotas e inquisidores.
Mons. Dom ++ Paulo
Jorge de Laureano – Vieira y Saragoça
(Mar Alexander I
da Hispânea)