MUNDO MUTANTE | ||||||||||||||
Quando eu nasci Um Muro dividia Berlim A burrice dividia Na África do Sul E a ameaça mortal Dividia o mundo De Ben, de Mao... Constante ameaça Da ogiva nuclear que Sobre nós dormia Quando eu nasci Guernica era exilada Franco vivo, Vivo num Brasil calado Ao crime ditatorial Sandino, Somoza, Morte Ideal Quando eu nasci Não existia AIDS Nem internet Nem celular Nem PC existia... Quando eu nasci A TV não viera ainda Existia código Morse Sequer sonhava-se Em vídeo-cassete, CD, DVD... O Mundo era grande Havia quintais e quintais Jogo de gude, bola na rua E tudo que eu queria Era ter um carrinho de plástico De plástico de verdade! Ah, quando eu nasci Não havia liberdade O mundo era pior Mas a saudade Que mente tanto Faz ter a vontade De rever, reviver, re-ser... Mas não! Havia tantos pesadelos Tanto chão a percorrer Tanto muro a derrubar Que é melhor, muito melhor Enfrentar Estes muros novos E derrubar! |
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Caetité, 27=11-2002 | ||||||||||||||
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