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Quarta Feira, 18 de Dezembro de 2002...
(Tanta coisa pra falar... Tão pouco tempo!)
Rock: A Modinha do momento!
É triste ver como a moda desvirtua tudo o que pode ser
puro e intocavel. Agora é a vez do Rock.
Ontem estava eu voltando da minha audiencia judicial quando
caiu aquele temporal no centro. Puts, que bosta pensei eu morrendo
de fome e só com a grana do busão. Então,
o que me restou foi matar o tempo na Galeria do Rock. Não
estava muito lotado, mas tinha bastante gente como eu, preso
pela chuva, ao que se misturavam com o povo da moda. Fico abismado
em ver como hoje em dia atitude se faz por vestuário...
"Olhem pra mim, minha calça está
rasgada e eu estou com uma camiseta (Puts!) do CPM22!!! É!
Eu sou roqueiro!!!"
Decidi ver umas camisetas pra comprar assim que sair uma graninha,
então entrei na Faton e vi umas camisetas legais lá,
pena que são caras, mas aquelas, pra mim velem a pena.
Eis então que das penunbras surge a atendente... Apesar
de tudo, era gata.
"P.Q.P!!! Como pode... Essas patricinhas vem
aki pra comprar camiseta e ainda ficam reclamando: Ai, essa
aqui vai ficar apertada no peito!!! Essa aki vai ficar comprida
demais! Essa aki vai tapar minha bunda! Caralho, não
gostou, vai no Shopping e compra outra merda, isso aki não
é o Shopping do Rock! É a galeria!!!"
(Palavras de uma atendente indignada!).
Minha vontade foi de chorar. Deus! Ainda existem mulheres que
prestam no mundo, nem todas são podres de mente! Ela
conquistou meu respeito!
Lá se vai eu denovo com o meu discurso cansado, mas...
Eu fico indignado como as pessoas são sucetiveis a midia,
é impressionante ver como basta sair um artista dizendo
que faz isso que todos os ratos correm atras da flauta! Será
que é a naturesa do "Povo Sapiens"?
"Eu não sou aquilo que eu visto! Eu não
sou feito de Marcas! Eu não sou as bandas que escuto!
Eu sou eu mesmo, independente de tudo!"
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É triste ver como o mundo musical anda ultimamente.
tantos enlatados que não sei por onde começar
a criticar.
Bom... Vamos para a Mocinha do Momento, lembro que estava devendo
um comentário sobre Avril Lavigne, então, ta ae.
Punk? Você? Nem pensar... Apesar de sua pose, de suas
musicas falando sobre como a vida é dificil e tudo mais,
a Alanis Morrisete em sua versão teen não conquistou
meu prestigio nem de longe. É chato ver como as pessoas
são tão seduzidas pela imagem que os outros passam,
ela não tem nada de talento proprio, a não ser
o rosto que isso eu tenho que admitir é espantosamente
lindo (Dalhe Canadenses), mas que se fosse por isso, então
pq ela não vai ser modelo, atriz ou o que quer que seja?
Complicated. Sim, é complicado enterder a mente de garotas
e garotos de hoje em dia, meu primo tem 18 anos e é fanatico
por ela, mas quando eu perguntei o que ele acha sobre ela não
ser o que passa ao publico, ele simplesmente disse: "E
daí? Ela é Linda!!!" Foda-se a beleza em
seu estado de dominação, estamos em um mundo onde
todos só sabem ver com os olhos. Será eu que sou
romantico demais para as coisas que eu levo a sério,
ou será que o mundo esta ficando realmente cégo
por tudo aquilo que estão nos empurrando.
Bom... Comentários acidos virão direcionados a
minha pessoa, mas como diz uma amiga minha, Dedão pra
baixo pra tudo isso!
Ah se Hendrix ouvisse isso! Ah se Joey Estivesse aki agora!
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Quarta Feira, 18 de Dezembro de 2002...
Continuando o Sábado... (Eh! Foi cheio!)
Junto com uma galerinha do CB, fomos pra um teatro na 13 de
Maio(não tenho certesa se esse é o enderesso!)
assistir uma peça chamada "Deus e sua garrafa de
Tubaina!" que por sinal é muito boa!!! Uma comédia
que fala sobre a importancia que nos despensamos das coisas
pequenas e que parecem sem importancia, e de como complicamos
nossas proprias vidas. No final, Deus é uma mulher (que
por sinal... Meu Deus... Que Deusa!) que começa a desabafar
com, um suposto louco (mais uma deaquelas que diz: "Será
que não somo nos, os "normais" que somos loucos?")
e acaba trocando de lugar com ele.
Depois, quando já estavamos fora do teatro e desabou
aquele pé d'agua, fomos para o Black Dog comer cachorro-quente.
Por incrivel que pareça, existem seres na face desta
terra que pedem dog sem Salsicha! (Vc ainda me deve uma explicação
Uinen).
Na terça (17/12) foi a minha audiencia contra a Eritmo,
uma empresa onde eu trabalhei e os caras não pagaram
tudo o que deviam... No final, foi feito um acordo, e se não
fosse eu aceitar isso, eu estaria sem nada, Hehehe, sorte que
a advogada deles era uma tonta e não viu que estava tudo
a favor deles. Pra ter uma idéia, nenhuma das minhas
testemunhas havia comparecido, o que arquivava o meu processo
e me dava uma bela multa pelo fato dele ser de ultima instancia...
Ou coisa parecida!
Uhu!!! Armei e me dei bem!
Inté...
Junior
(Sem Comentários...)
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Segunda Feira, 16 de Dezembro de 2002...
Uhuuuuu!!! Eu fui na Pré-Estreia de Senhor dos Aneis
- As Duas Torres!!! Muito bom!!!
Mas... Como um bom filho de Murphy aconteceu alguns imprevistos...
Estava eu todo feliz saindo de casa rumo ao ponto de Onibus
para ir até o Shopping Frei Caneca, sentia que faltava
alguma coisa e começei a revistar a minha mochila, e
quanto mais ziperes eu abria, mais aumentava a minha agonia...
E nada... E nada... Foi quando percebi que, no meio do caminho
eu esqueci a minha carteira, eu esqueci a minha carteira no
meio do caminho (poético né? Eu não acho!).
Tive que voltar tudo denovo, de busão até a minha
casa pra poder pegar a maldita da carteira que tinha ficado
em cima da cama! Ainda bem que eu tinha saido muito adiantado
de casa, senão eu tava ferrado!
Chegando lá foi aquela maravilha! Um bando de loucos
fantasiados de Elfos, guerreiros e Magos Elfos! Puts! Pq essa
ansia do pessoal de Tolkien querer ser Elfo? Elfos são
os seres mais nojentos que ele pôde criar... Todos certinhos,
todos aviadados!!! Então, fui catar o meu convite e a
minazinha, que por sinal era muito gost... ops... Perguntou
onde estava a minha fantasia. "Está com o pessoal
da Fábrica de Aventuras disse o Santo, um camarada meu
em sua explendorosa Cara de Pal! Então fomo pra fila
pra poder entrar no cinema... Cara, só tinha mina gata
na organização... Como me deu vontade de trabalhar
com Eventos! Mas eu sei que elas são uma realidade impussivel
pra minha miuda conta bancária!
No geral, tinhamos direito a uma pipoca, que acabou nos primeiros
15 minutos que nos foi entregue em mãos, e a um refrigerante
(não preciso falar que foi coca!), que eu deixei pra
tomar mais tarde. E esse mais tarde foi depois de 1 hora e meia
que havia começado o filme, até ai beleza, pensei:
"Ainda bem que resolvi tomar agora e não mais tarde,
a Coca já tava ficando quente!"... Não demorou
20 minutos e já me sentia com a bexiga se enchendo, e
enchendo, e rolando agua no filme sem parar, e a bexiga enchendo,
e eu não consiguindo mais me segurar, e a baxiga enchendo
mais ainda, e eu já entrando em desespero pq tava sentado
no meio da fileira... Teve uma cena em que o principal era uma
cachoeira... Outra em que desabou um puta temporal... Outra
que eram gotas caindo dentro das cavernas e fazendo aqueles
barulinhos tipicos e torturadores, "Tchigluft!"...
Eu quis matar Peter Jacson nessa hora... Cheguei até
a inventar novos palvrões pq meu estoque já tinha
acabado!
Mas, blz! Acabou o filme e a unica coisa que me vinha em mente
era:
"ONDE FICA O MALDITO BANHEIRO!!!"
E pra sair do lugar... Qualquer movimento que eu fazia comprimia
o abdomem, pra descer as escadas foi um sufoco, eu não
podia correr em direção ao banheiro pq isso seria
catastrofioco!!! Ao chegar no banheiro, dei graças de
achar um lugar de primeira, já que não era o unico
na situação de emergencia. Fui no Expresso e ali
fiquei por uns 5 minutos desaguando! A sensação
foi orgasmática!!!
O Resto eu conto outro dia!
Junior
(Sem Comentários...)
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Quinta Feira, 5 de Dezembro de 2002...
Essa é do Arnaldo Jabor, Colunista do Estadão...
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Os Homens Desejam as Mulheres que Não Existem...
Está na moda - muitas mulheres ficam em acrobáticas
posições ginecológicas para raspar os pêlos
pubianos nos salões de beleza. Ficam penduradas em paus-de-arara
e, depois, saem felizes com apenas um canteirinho de cabelos,
como um jardinzinho estreito, a vereda indicativa de um desejo
inofensivo e não mais as agressivas florestas que podem
nos assustar. Parecem uns bigodinhos verticais que (oh, céus!...)
me fazem pensar em... Hitler.
Silicone, pêlos dourados, bumbuns malhados, tudo para
agradar aos consumidores do mercado sexual. Olho as revistas
povoadas de mulheres lindas... e sinto uma leve depressão,
me sinto mais só, diante de tanta oferta impossível.
Vejo que no Brasil o feminismo se vulgarizou numa liberdade
de "objetos", produziu mulheres livres como coisas,
livres como produtos perfeitos para o prazer. A concorrência
é grande para um mercado com poucos consumidores, pois
há muito mais mulher que homens na praça (e-mails
indignados virão...) Talvez este artigo seja moralista,
talvez as uvas da inveja estejam verdes, mas eu olho as revistas
de mulher nua e só vejo paisagens; não vejo pessoas
com defeitos, medos. Só vejo meninas oferecendo a doçura
total, todas competindo no mercado, em contorções
eróticas desesperadas porque não têm mais
o que mostrar. Nunca as mulheres foram tão nuas no Brasil;
já expuseram o corpo todo, mucosas, vagina, ânus.
O que falta? Órgãos internos? Que querem essas
mulheres? Querem acabar com nossos lares? Querem nos humilhar
com sua beleza inconquistável? Muitas têm boquinhas
tímidas, algumas sugerem um susto de virgens, outras
fazem cara de zangadas, ferozes gatas, mas todas nos olham dentro
dos olhos como se dissessem: "Venham... eu estou sempre
pronta, sempre alegre, sempre excitada, eu independo de carícias,
de romance!..."
Sugerem uma mistura de menina com vampira, de doçura
com loucura e todas ostentam uma falsa tesão devoradora.
Elas querem dinheiro, claro, marido, lugar social, respeito,
mas posam como imaginam que os homens as querem.
Ostentam um desejo que não têm e posam como se
fossem apenas corpos sem vida interior, de modo a não
incomodar com chateações os homens que as consomem.
A pessoa delas não tem mais um corpo; o corpo é
que tem uma pessoa, frágil, tênue, morando dentro
dele.
Mas, que nos prometem essas mulheres virtuais? Um orgasmo infinito?
Elas figuram ser odaliscas de um paraíso de mercado,
último andar de uma torre que os homens atingiriam depois
de suas Ferraris, seus Armanis, ouros e sucesso; elas são
o coroamento de um narcisismo yuppie, são as 11 mil virgens
de um paraíso para executivos. E o problema continua:
como abordar mulheres que parecem paisagens?
Outro dia vi a modelo Daniela Cicarelli na TV. Vocês
já viram essa moça? É a coisa mais linda
do mundo, tem uma esfuziante simpatia, risonha, democrática,
perfeita, a imensa boca rósea, os "olhos de esmeralda
nadando em leite" (quem escreveu isso?), cabelos de ouro
seco, seios bíblicos, como uma imensa flor de prazeres.
Olho-a de minha solidão e me pergunto: "Onde está
a Daniela no meio desses tesouros perfeitos? Onde está
ela?" Ela deve ficar perplexa diante da própria
beleza, aprisionada em seu destino de sedutora, talvez até
com um vago ciúme de seu próprio corpo. Daniela
é tão linda que tenho vontade de dizer: "Seja
feia..."
Queremos percorrer as mulheres virtuais, visitá-las,
mas, como conversar com elas? Com quem? Onde estão elas?
Tanta oferta sexual me angustia, me dá a certeza de que
nosso sexo é programado por outros, por indústrias
masturbatórias, nos provocando desejo para me vender
satisfação. É pela dificuldade de realizar
esse sonho masculino que essas moças existem, realmente.
Elas existem, para além do limbo gráfico das revistas.
O contato com elas revela meninas inseguras, ou doces, espertas
ou bobas mas, se elas pudessem expressar seus reais desejos,
não estariam nas revistas sexy, pois não há
mercado para mulheres amando maridos, cozinhando felizes, aspirando
por namoros ternos. Nas revistas, são tão perfeitas
que parecem dispensar parceiros, estão tão nuas
que parecem namoradas de si mesmas. Mas, na verdade, elas querem
amar e ser amadas, embora tenham de ralar nos haréns
virtuais inventados pelos machos. Elas têm de fingir que
não são reais, pois ninguém quer ser real
hoje em dia - foi uma decepção quando a Tiazinha
se revelou ótima dona de casa na Casa dos Artistas, limpando
tudo numa faxina compulsiva.
Infelizmente, é impossível tê-las, porque,
na tecnologia da gostosura, elas se artificializam cada vez
mais, como carros de luxo se aperfeiçoando a cada ano.
A cada mutação erótica, elas ficam mais
inatingíveis no mundo real. Por isso, com a crise econômica,
o grande sucesso são as meninas belas e saradas, enchendo
os sites eróticos da internet ou nas saunas relax for
men, essa réplica moderna dos haréns árabes.
Essas lindas mulheres são pagas para não existir,
pagas para serem um sonho impalpável, pagas para serem
uma ilusão. Vi um anúncio de boneca inflável
que sintetizava o desejo impossível do homem de mercado:
ter mulheres que não existam... O anúncio tinha
o slogan em baixo: "She needs no food nor stupid conversation."
Essa é a utopia masculina: satisfação plena
sem sofrimento ou realidade.
A democracia de massas, mesclada ao subdesenvolvimento cultural,
parece "libertar" as mulheres. Ilusão à
toa. A "libertação da mulher" numa sociedade
ignorante como a nossa deu nisso: superobjetos se pensando livres,
mas aprisionadas numa exterioridade corporal que apenas esconde
pobres meninas famintas de amor e dinheiro. A liberdade de mercado
produziu um estranho e falso "mercado da liberdade".
É isso aí. E ao fechar este texto, me assalta
a dúvida: estou sendo hipócrita e com inveja do
erotismo do século 21? Será que fui apenas barrado
do baile?
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Inté
Junior
(Sem Comentários...)
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Quarta Feira, 4 de Dezembro de 2002...
"Se um dia vc estiver caminhando, e Deus, em seu otimo
censo de humor resolver tirar seus chão para ver você
cair... Não o culpe, mas culpe a você mesmo que
não soube rir da piada."
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Não é eu que não temo
O Medo é algo que nos alucina, nos tira do nosso ciclo
ritual para nos jogar na escuridão eterna, é algo
que nos torna fortes e fracos ao mesmo tempo, onde com isso
só cometemos erros, e por isso o nosso medo só
aumenta pelo fato de termos medo de errar. Não é
eu que não temo, mas eu respeito os meus medos e luto
com todos eles.
No fim, temos medo até de nós mesmo já
que somos nós que amedrontamos os outros a nossa volta,
seja com histórias fantasticas, com verdades aterradoras
ou até mesmo com contos de ninar. O Mundo é a
perfeita industria do medo. Não é eu que não
temo, mas eu procuro não espalhar os meus medos para
aqueles que me cercam.
Não é eu que não temo, muito pelo contrario,
mas ao contrario de todos, eu tento enfrenta-los com a conciencia
de que meus medos, um dia hão de me fortalecer.
Heliton Junior
(Sem Comentários...)
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Heliton
Junior... No Pais das Más Ervilhas. Todos os Direitos Reservados
pelas leis de Copyright que ele adora burlar, hehehe... Caso queira
entrar em contato mande um e-mail para Heliton
Junior.
Vale a pena lembrar que o cara não é lá grandes
coisas como WebDesign, por isso fez essa coisa aki, mas um dia
vai tomar vergonha na cara e fazer algo mais descente. |
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