Cinema Japonês

O cinema chegou ao país em 1896, com as primeiras exibições públicas dos sistemas inventados pelos irmãos Lumière e por Thomas Alva Edison. Mas não se formaria uma verdadeira indústria cinematográfica até 1908, ano em que foram realizados filmes baseados nas obras do estilizado teatro dramático tradicional, o kabuki, no qual os papéis femininos são interpretados por homens. Até 1916, os filmes japoneses constavam de uma só tomada por cena, e em consequência disso os actores eram vistos a partir de uma única perspectiva e em plano geral. Nesse mesmo ano, o director Kaeriyama Norimasa e outros começaram a dar os papéis femininos a actrizes, com um estilo naturalista, e passaram a utilizar diversos planos nas cenas. No início da década de 1920, as produtoras Taikatsu e Shochiku produziram filmes já em estilo completamente ocidental, como Rojo no reikon (Almas na estrada, 1921). O mesmo fizeram directores como Kenji Mizoguchi e Ozu Yasujiro. No mesmo período foram realizados filmes vanguardistas, no estilo francês, como Kurutta ippeiji (Uma página louca, 1926), de Teinosuke Kinugasa.

 

Cinema sonoro

O primeiro filme sonoro japonês foi Gosho madamu to nyobo (A mulher do vizinho e a minha, 1931). Na década de 1930 as temáticas habituais continuaram a ser exploradas, mas o cinema japonês apostou um pouco mais no realismo que o cinema ocidental, ao tratar de mostrar a vida das classes sociais humildes, como nos filmes de Sadao Yamanaka.

Quando os militares tomaram o poder, implantaram a censura prévia dos roteiros e exerceram uma forte pressão sobre os temas tratados, com a finalidade de estimular a participação popular no esforço exigido pela guerra. Akira Kurosawa, o mais famoso dos cineastas japoneses, começou sua carreira como director realizando esse tipo de filme propagandístico. Na década de 1950, os filmes japoneses ingressaram no mercado internacional pela primeira vez, começando por Rashomon (1950), de Kurosawa, que recebeu o Oscar de Hollywood e o prêmio do Festival de Veneza de 1951, e Godzilla (1964, Iroshino Honda).

Na década de 1980 os novos directores trabalharam em sua maioria para pequenas produtoras independentes, com alguns resultados notáveis. Destacam-se Shoei Imamura, Juzo Itami e Shinya Tsukamoto. O maior sucesso comercial dos últimos tempos foi uma série de filmes de desenhos animados, baseados em histórias em quadrinhos japonesas, de grande violência visual.

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