a Poesia por H. M. Josué - para não se perceber quem é
Soneto da alegria
Sorrir é estar contente
de tristeza ou alegria
e quem disto for discrente
pergunte à Ana Faria.
Mas rir é uma doença
sim, sou eu quem o diz
e quem não aceitar esta crença
será marcado com giz.
Ai, a alegria é uma virtude
que perdura para além do tempo
e quem gozar de boa saúde
poderá vir a praticar Kempo.
Nada disto é exagero
nem sequer imaginação,
já o disse o fakuchero
e o seu amigo leitão.
Quatro versos tem o soneto
vezes cinco quadras tem,
que alegria é comer um corneto
e ser uma pessoa de bem.
Poema do trabalho
O senhor chefe é um senhor,
quem me dera ser assim,
é muito esperto senhor doutor,
mas um senhor não é assim.
Poema da espera
Nunca esperei por ninguém,
nunca o fiz na vida,
alguém esperou por mim
e eu não fui.
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Poema da declaração
Em cima de um muro,
eu sentei e caguei,
ninguém como tu,
alguma vez eu beijei.
Soneto da visão
Vi-te a andar,
corri para o carro
e comecei a fumar
um ganda charro.
Vi-te depois,
um charro fumei
num carro de bois
e depressa acabei.
Vi-te novamente,
mas não podia fumar,
estava doente,
fui antes cagar.
Nunca te vi,
foi tudo inventado
e ahora si,
tou todo ganzado.
Poema do engate
És mais linda que um alho....
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Poema da educação
É bom ser educado,
é bom ser apresentado,
com preciosa educação,
se faz um bom cidadão.
Poema da amizade
Tu és meu amigo,
sim, eu sei que és,
mas também falo contigo
e cheiras mal dos pés.
Soneto do aldrabão
Eu disse que não,
mas queria dizer que sim,
sou um aldrabão,
mas gosto de pudim.
Muitas vezes inventei
o que não podia ser inventado,
disse que caguei,
mas não tinha cagado.
Um dia fui passear
e disse que não fui.
Fui antes velejar
e fui até Tuy.
Agora acabou.
Já não sou aldrabão.
Ou será que sou?
Digam lá, então !?
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