- Dr. Bill Moore -
Estudos para a EBD – Igreja Batista Shekinah – Natal/RN
Professor: Pr. Walmir Paes
Introdução:
21 vezes – Cartas Paulinas
Se pudermos compreender o que é a consciência e como funciona, ela poderá mudas nossas vidas.
“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” (II Tm. 3:16, 17)
Há oito motivos que determinam a importância da nossa consciência:
1. Somos feitos “à imagem de Deus” (Gn. 1:27)
a. A mente - para pensar
b. O coração - para sentir
c. A vontade - para tomar decisões
2. Pontos de vista falsos a respeito da origem da consciência:
a. Vem do nosso passado – evolução.
b. Vem do nosso meio – sociedade.
c. Um filósofo disse que a consciência consiste em:
1. 1/5 de medo;
2. 1/5 de superstição;
3. 1/5 de preconceito;
4. 1/5 de vaidade;
5. 1/5 de costumes.
3. Vem do nosso íntimo – nós não fabricamos a nossa consciência; ela é uma dádiva de Deus.
B. Ela dirige a nossa conduta (Rm. 9:1; At. 24:16)
1. Ditado Filosófico: “Deixe que a consciência seja o seu guia.”
Obs.: No entanto, a consciência necessita seguir a verdadeira norma.
a. Exercite a sua consciência
b. A consciência dá testemunho do Espírito Santo.
c. A consciência é a bússola que nos guia.
C. Ela nos fortalece para o serviço cristão
D. Ela fortalece a comunhão cristã
1. Uma consciência forte (Rm. 14-15).
2. Uma consciência fraca (I Co. 8:9,12; Rm. 14:23).
E. Ela nos encoraja a testemunhar
F. Ela nos ajuda na oração
1. Se a nossa consciência nos condena quando nos ajoelhamos para orar, devemos nos corrigir antes que possamos falar com Deus (I Jo. 3:19-20).
2. Devemos ter uma boa consciência, uma consciência livre de ofensas a Deus e aos outros (Sl. 66:18; Mt. 5:23-24; At. 24:16).
G. Ela afeta a nossa cidadania (Rm. 13:5; I Pd. 2:13, 15).
1. Nossa consciência nos ajudará a saber quando devemos obedecer e quando devemos desobedecer ao Estado.
H. Ela ajuda a formar o nosso caráter (Hb. 5:13-14)
1. Uma boa consciência, uma consciência pura e desprovida de ofensa, ajuda-nos a formar um caráter cristão.
Medite:
“Mas, ouvindo eles esta resposta e acusados pela própria consciência, foram-se retirando um por um, a começar pelos mais velhos até aos últimos ficando só Jesus e a mulher no meio onde estava.” (Jo. 8:9)
“À minha justiça me apegarei e não a largarei; não me reprova a minha consciência por qualquer dia da minha vida.” (Jó 27:6)
“Por isso, também me esforço por ter sempre consciência pura diante de Deus e dos homens.” (Atos 24:16)
O Novo Testamento menciona diferentes tipos de consciência (pura, boa, forte, fraca, limpa, má).
* São três as características de uma boa consciência (At. 23:1; I Tm. 1:19; Hb. 13:18; I Pd. 3:21):
1. Ela nos conserva no rumo certo (I Tm.1:5-6).
* Mantenha-se fiel às doutrinas da Palavra de Deus (desviar-se o levará a errar o alvo).
2. Ajuda-nos a sermos vitoriosos (I Tm. 1:18, 19).
2. Ajuda-nos a sermos honestos (Hb. 13:18; Ef. 4:15, 25).
3. Sustenta o nosso testemunho apesar da jornada dura (I Pd. 3:16- 17). O Exemplo do rei Saul:
a. Ele brincou com a sua consciência;
b. Desviou-se do rumo – norma;
c. Ele foi derrotado;
d. Ele morreu.
1. Ela é a janela ou olho (Mt. 6:22, 23).
2. A luz emana da Palavra de Deus (Sl. 119:105).
3. Paulo deixa claro o fato de que a sabedoria (conhecimento da Palavra) e a consciência (janela ou olho) andam juntas (I Co. 8).
C. Uma boa consciência é exercitada
* Nossa consciência, a semelhança dos nossos músculos, deve ser exercitada (At. 24:16; Hb. 5:14; Tg. 1:22, 25).
1. Leite – a criança não tem experiência a respeito do certo e do errado. Ela não está exercitada em mastigar a Palavra de Deus. Ela é inexperiente na Palavra.
2. Alimento Sólido – o adulto já está treinado para provar e saber a diferença entre o certo e o errado. Ele está exercitado em mastigar a Palavra de Deus. Ele é experiente na Palavra.
IV. UMA CONSCIÊNCIA FRACA
A. Características – São sete as características de uma pessoa que possui uma consciência fraca:
1. Ela é salva e pertence à Igreja (Rm. 14:1).
2. Ela tem falta de conhecimento (I Co. 8:7).
3. Ela é facilmente ferida e ofendida (Rm. 14:15; I Co. 8:12).
4. Ela é instável (Rm. 14:13).
5. Ela é crítica de outrem (Rm. 14:3-4).
6.
4. Ela é legalista.
a. Vive de regras e regulamentos.
b. Avalia os outros pelas suas regras.
c. Ofende-se facilmente se os outros não vivem pelas mesmas regras e regulamentos (At. 15; Gálatas).
7. Ela tem prioridades confusas (Rm. 14:17).
* Concentra-se no externo e não no interno e no eterno.
Exemplos:
– Roupas, Música, Esporte e TV, Cinema e outras coisas materiais.
B. Causas – Por que há pessoas na igreja com uma consciência fraca?
1. Falta-lhes conhecimento (I Co. 8).
2. Falta-lhes exercício (Hb. 5:12-14).
3. Falta-lhes crescimento espiritual.
* Uma coisa é ser semelhante a uma criança, outra coisa é ser infantil.
4. Ela gosta de normas e regulamentos.
5. Ela gosta cada vez mais de normas externas, em vez de princípios bíblicos (Rm. 14:17).
C. Cura - A cura de uma consciência fraca:
1. A cura não está na repreensão;
2. A cura não está em agredir os irmãos fracos com a nossa liberdade;
3. Não está em ofendê-los deliberadamente (I Co. 8);
4. Mas está em recebê-los (Rm. 14:1);
5. Está em agradá-los, sem minar ou estragar (Rm. 15:1, 2a);
6. Está em edificá-los. (Rm. 14:13-23; 15:1,2).
V. UMA CONSCIÊNCIA FORTE
* A exortação (Rm. 14:1; 15:1).
A. Características da consciência forte:
1. Conhecimento espiritual.
* Conhecimento da Palavra de Deus (At. 10:9-16).
2. Discernimento espiritual.
* Exercício das faculdades espirituais (Jo. 7:17; Hb. 5:14).
3. Gozo de liberdade em Cristo (Gl. 5:1, 13; 1 Tm. 6.14; Tg. 1.17).
4. Tolerância das diferenças em outrem.
* Não se ofender com facilidade (Rm. 14:1; 15:1).
B. A responsabilidade do Cristão forte:
1. Receber o fraco (Rm. 14; 15:7).
2. Não discutir.
a. Podemos debater princípios.
b. Podemos debater doutrina.
c. Devemos ser cuidadosos com:
(1) Preferências;
(2) Costumes.
3. Não desprezar o fraco (Rm. 14:3).
a. O cristão forte não deve desprezar o cristão fraco.
b. O cristão fraco não deve julgar ou condenar o cristão forte.
4. Não levar o fraco a tropeçar
a. Sua liberdade não deve incentivar o fraco a violar sua própria consciência (Rm. 14:13 cf. I Co. 8-10).
b. Exortação:
“Portanto, cada um de nós agrade ao próximo no que é bom para a edificação” (Rm. 15:2).
5. Buscar sempre fortalecer um ao outro (Rm. 14:19).
a. Ajudar o irmão mais fraco a crescer (Rm. 14:22).
b. Receber o irmão mais fraco (Rm. 15:7).
c. Não ser tropeço para o irmão mais fraco (I Co. 8:9).
Medite:
Ao avaliar biblicamente áreas duvidosas:
1. É proveitoso? (I Co. 10:23a)
2. É algo que me controla? (I Co. 6:12)
3. É um tropeço para mim mesmo? (Mt. 18:8)
4. É um tropeço para os outros? (Rm. 14:13)
5. Edifica aos outros? (Rm. 14:19)
6. Glorifica a Deus? (I Co. 10:31)
VI. UMA CONSCIÊNCIA MÁ (Hb. 10:22)
• O que é uma consciência má?
• O que causa uma consciência má?
• Qual é a evidência de uma consciência má?
• Quem pode adquirir uma consciência má?
• Uma consciência má pode ser curada?
A. O que é uma consciência má?
* Definição:
1. Uma consciência má é a que chama o mal de bem, e o bem de mal.
2. “Põe as trevas no lugar da luz e a luz no lugar das trevas” (Is. 5:20).
3. Uma consciência má não nos condena quando fazemos algo errado.
* O olho (Consciência, Mt. 6:22, 23).
-
A boa consciência é o olho limpo.
- A má consciência é o olho sujo.
“Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que põem as trevas por luz, e a luz por trevas,” (Is. 5:20)
B. O que causa uma consciência má?
* Deixar de levar a sério o pecado e mover-se na direção errada - da luz para as trevas.
1. Tentarmos encobrir o nosso pecado (I Jo. 1:6).
2. Mentirmos aos outros (I Jo. 1:6).
3. Mentirmos a nós mesmos (I Jo. 1:8).
4. Fazermos de Deus um mentiroso (I Jo. 1:10)
5. Deixarmos nossa consciência (janela) suja (Tt. 1:15; cf. I Tm. 4:2).
“Todas as coisas são puras para os puros; todavia, para os impuros e descrentes, nada é puro. Porque tanto a mente como a consciência deles estão corrompidas.” (Tito. 1:15)
Observação:
a. De boa consciência para má consciência:
•Uma consciência pura se torna suja (maculada) e, mais tarde, uma consciência suja se torna cauterizada (chamuscada).
b. Quando a pele é queimada, ela desenvolve uma área calejada de tecido cicatrizado, e aquela área perde a sensibilidade.
C. Qual a evidência de uma consciência má?
1. Brincar com o pecado (I Sm. 15:13).
2. Fazer confissões e ter arrependimentos superficiais (inventar desculpas).
* Confissão superficial é concordar com Deus quanto aos pecados que você cometeu contra Ele e outras pessoas; confissão genuína é concordar com Deus quanto aos pecados que você cometeu contra Ele e outras pessoas, com o compromisso de abandonar esses pecados.
3. Medir o pecado.
a. Grandes Pecados: adultério, assassinato, embriaguez, roubo, drogas, etc.
b. Pequenos Pecados: fofoca, orgulho, mentirinha, amargura, inveja, ansiedade, medo, etc.
4. Preocupar-se com a reputação.
a. Reputação: É o que os homens pensam a seu respeito.
b. Dignidade (Caráter): É o que Deus pensa a seu respeito.
5. Discutir com a verdade. Atenuar o comportamento por meio de explicações. (Fazendo parecer menor seus atos, por meio de explicações).
D. Quem pode adquirir uma consciência má?
* Pode acontecer com você? SIM!
1. O Rei Saul mentiu à sua consciência.
a. Ele se preocupou em impressionar o povo (I Sm. 15:30).
b. Teve inveja de Davi (I Sm. 18:5-9).
c. Consultou a médium de En-Dor (I Sm. 28:7-25).
d. Suicidou-se (I Sm.31:1-6).
2. O Rei Davi desobedeceu à sua consciência.
a. Cortou um pedaço da capa do Rei Saul (I Sm. 24:5).
b. Tomou a lança e a jarra de água do Rei Saul (I Sm. 26).
c. Adulterou com Bate-Seba
(II Sm. 11).
E. CURA - Uma consciência má pode ser curada?
- Sim! (Hb. 9:14; 10:22).
1. Rei Saul – arrependimento superficial (I Sm. 15:28-30).
2. Rei Davi – arrependimento genuíno (II Sm. 12:13-16).
3. Você – examine seu coração (2 Co. 13:5; 1 Co. 11:28-29).
Reflita:
a. Você está ocultando alguma coisa?
b. Você está enfatizando reputação em lugar de dignidade (caráter)?
c. Você está brincando com o pecado?
d. Sua confissão e seu arrependimento são:
d.1. Superficiais ou
d.2. Verdadeiros?
e. Você está medindo o pecado?
VII. A CONSCIÊNCIA E O MINISTÉRIO (I TM 1:18-19)
Uma boa consciência é importante para sermos eficazes no nosso ministério.
Há cinco áreas do nosso ministério onde uma consciência boa é de vital importância:
A. Recuperar o perdido (Rm. 9:1-3; I Pd. 3:15-16)
Se não possuirmos uma consciência boa, faltará força ao nosso testemunho. A janela (consciência) deve estar limpa!
B. Fazer planos para o ministério (serviço) (II Co. 1:12-14; Pv. 16:1)
1. Fazemos nossos planos para o ministério.
2. Seguimos os planos de Deus. Às vezes precisamos mudar nossos planos. O importante é possuir uma consciência boa!
C. Ministrar a Palavra de Deus (II Co. 4:2; 5:11)
1. Nossa consciência deve se abrir diante de Deus.
2. Nossa consciência deve se abrir diante dos homens
3. Devemos praticar o que pregamos
(1 Tm. 3:9-10).
D. Enfrentar a crítica (I Co. 4:1-4)
1. Quando você enfrenta a crítica sabendo que está certo, a sua consciência lhe dá força e você pode suportar.
2. A crítica honesta pode ser um auxílio.
3. Quando a sua consciência está limpa, você pode suportar a crítica porque o Senhor está com você.
E. Opor-se à falsa doutrina (I Tm. 1:18-19)
1. Como lutar contra a falsa doutrina?
a. Com fé e uma consciência boa.
b. Com a Palavra de Deus e uma consciência boa.
2. Quando a sua consciência está firme na Palavra de Deus, você pode se opor corajosamente à falsa doutrina.
* Reflita:
Em que condição está hoje a sua consciência?
a. A sua consciência está livre de ofensa?
b. A sua consciência é boa?
c. A sua consciência é limpa?
d. A sua consciência é pura?
VIII. A CONSCIÊNCIA E O GOVERNO (ESTADO)
* Como cristãos, temos dupla cidadania: O Céu e o Mundo.
A. O capítulo clássico do N.T. sobre o cristão e o governo é Romanos 13. (cf. I Tm. 2:1-5; I Pd. 2:13-15).
1. Toda autoridade foi estabelecida por Deus (v. 1).
2. Há quatro motivos pelos quais os cristãos devem obedecer ao Governo (Estado):
a. Para evitar a punição (vv. 1-4);
b. Para o bem da consciência (vv. 5-7);
c. Para o bem do amor – O amor é o cumprimento da lei (vv. 8-10);
d. Por Jesus – A vinda do Senhor está próxima (vv. 11-14).
B. A bem da consciência (Rm. 13:15):
1. Obediência cívica (I Pd. 2:13-15; cf. Mt. 22:15-22)
2. Desobediência cívica (At. 4:19-20)
3. Exemplos bíblicos de desobediência cívica para o bem da consciência:
a. Parteiras judias e os pais de Moisés (Êx. 1:15-22; Hb. 11.23).
b. Daniel e seus amigos (Daniel 1):
(1) Dieta (Dn. 1)
(2) Adoração (Dn. 3)
(3) Oração (Dn. 6)
b. Jeremias – Profetizou contra as nações (Jr. 46-51):
(1) Rendeu-se aos babilônios;
(2) Recusou-se a promover aliança com reis incrédulos;
(3) Foi considerado traidor, preso e encerrado na masmorra.
c. Pedro e outros apóstolos (At. 4:19-20; 5:29).
C. Princípios a seguir:
1. Controle total: Se você for praticar desobediência cívica, certifique-se de que a sua consciência está controlando toda a sua vida e não apenas uma área.
2. Obediência bíblica: Você pode desobedecer à lei dos homens porque está obedecendo à lei moral de Deus (At. 5:29).
3. Cortesia: É necessário ter coragem para praticar a desobediência cívica, mas você deve praticar a cortesia juntamente com a coragem (I Tm. 2:1-2; At. 23:1-5).
4. Oportunidade para testemunhar: A desobediência cívica proporciona uma oportunidade para testemunhar (I Pd. 3:15-16).
Conclusão:
1. Nós devemos Educar nossa consciência com a Palavra de Deus.
2. A mais alta Norma é a Palavra de Deus:
“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” (II Tm. 3:16, 17)
3. As Escrituras nos recomendam:
a. Ouvir a Palavra (Rm. 10:17).
b. Ler a Palavra (Ap. 1:3; I Tm. 4:13).
c. Estudar a Palavra (II Tm. 2:15).
d. Memorizar a Palavra (Sl. 119:9, 11).
e. Meditar na Palavra (Js. 1:8; I Tm. 4:13, 15).
f. Praticar a Palavra (Tg. 1:22-25).
Dr. Bill Moore
Professor: Pr. Walmir Paes