Astrofotografia

neblosa escura

Introdução

A fotografia do céu tem desempenhado, desde os primeiros anos deste século até hoje, um papel cada vez mais importante na investigação astronômica. Oferece duas vantagens substanciais com respeito a observação visual: primeiro, permite fixar sobre a emulsão detalhes do objeto observado que o astrônomo poderá depois analisar no laboratório; segundo, e mais importante, permite notar objetos invisíveis ao olho humano.

De fato, colocando um filme fotográfico no foco primário de um telescópio enquanto segue automaticamente o movimento dos astros, é possível efetuar exposições de algumas horas, recolhendo pequenas quantidades de luz procedentes de objetos muito débeis e longínquos, inclusive dos que estão distantes a milhões de anos-luz da Terra.

As primeiras fotografias astronômicas foram realizadas em 1840, pouco depois de que fosse inventada a placa fotográfica pelo norte-americano John W. Draper, e tiveram como tema a Lua. Em 1842, o físico G. A. Majocchi fotografou o eclipse de Sol do 8 de julho. Em 3958, o astrônomo amador inglês Warren de la Rue inventou a fotoheliografia e iniciou a realização de uma série de fotografias diárias das manchas e das fáculas solares. As estrelas, e em particular Vega, foram fotografadas pela primeira vez em 1850 nos Estados Unidos por W. C. Bond. Em 1881, a fotografia é utilizada também para a analise dos cometas e das nebulosas por G. Huggins e J. Janssen, sendo este ultimo o primeiro diretor do Observatório astrofísico de Meudon, próximo a Versalhes.

Outras aplicações da fotografia astronômica foram: a investigação dos asteróides iniciada em 1891 por Max Wolf, assim como o estudo das auroras polares, da luz zodiacal e das estrelas cadentes. As emulsões fotográficas apresentavam, nos inícios de século, o inconveniente de serem impressionadas muito fortemente pelas radiações violetas, e muito debilmente pelas vermelhas; além disso, os telescópios refratores de longa distancia focal difundidos na época da chegada da fotografia tinham uma aberração cromática, pelo qual devido as emulsões neles empregadas era imprescindível antepor os adequados filtros corretores de luz. Com o fim de reduzir a aberração cromática, construíram-se mais tarde objetivas compostos por três ou quatro lentes; no entanto, nem assim era possível concentrar em um mesmo foco todas as cores do espectro visível.

Na atualidade, para a fotografia astronômica utilizam-se com êxito os telescópios refletores, que não tem aberração cromática, e em particular os tipos Schmidt e Ritchey-Cretienne. A fotografia em cores obteve na investigação astronômica resultados satisfatórios, especialmente do ponto-de-vista espetacular, embora a lentidão das emulsões obrigue ainda a longas exposições.

Também a cinematografia esta em continuo desenvolvimento, especialmente no que se refere ao estudo do Sol. A partir dos anos sessenta adquiriu uma notável importância o método da fotografia indireta, que consiste em colocar no foco primário do telescópio, além do filme habitual, um aparelho eletrônico capaz de converter os impulsos luminosos em corrente elétrica. Esta ultima, depois de ser amplificada e revelada, é convertida de novo em imagem - CCD.

"Parece impossível que numa grande lavoura cresça apenas uma touceira de trigo, e num universo infinito exista apenas um mundo habitado".
Metrodorus - Antigo sábio da ilha grega de Chios

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