Vegetação


 O conjunto de plantas nativas de uma área qualquer, que nela crescem naturalmente, chama-se vegetação. Não devemos confundir vegetação natural com plantação, pois esta é obra do homem, enquanto vegetação é obra da natureza, cresce naturalmente. Hoje, poucas são as áreas onde podemos encontrar vegetação natural, que não tenham recebido qualquer interferência humana. Toda a superfície terrestre, direta ou indiretamente, já teve suas paisagens alteradas pelo homem: extraindo produtos das florestas, derrubando a mata para fazer plantações, expandindo as cidades, construindo estradas e hidrelétricas, poluindo o ar que respiramos, a água indispensável, etc. Quando nos referimos em paisagens vegetais, estamos nos referindo à vegetação primitiva que em muitos casos nem existe mais. Mas é importante conhece-la, porque está diretamente ligada ao clima, à hidrografia, ao solo ao relevo de uma dada região. Todos estes elementos estão inteiramente ligados uns aos outros. Devemos considerar que a vegetação é um dos elementos integrantes dos ecossistemas de todo o planeta - conjunto de animais e plantas integrantes de uma determinada paisagem.


 Fatores de influência

 Para que se desenvolva uma vegetação, as plantas necessitam de luz, calor, água e solos favoráveis. Isso significa que a vegetação depende do solo e do clima, que com seus vários elementos, favorece ou impede o desenvolvimento de uma cobertura vegetal. Ao mesmo tempo que a vegetação depende do ambiente, esta se adapta a ele, de tal modo que adquirem características próprias, dependendo a região, o clima, a latitude. Assim, nas regiões de clima úmido, e desde que o solo seja favorável, ocorrem as florestas - predomínio de árvores Nas regiões de clima semi úmido, por sua vez, ou onde as condições do solo impedem vegetação de grande porte, aparecem os campos, no qual predominam gramíneas e arbustos. Existem também outros tipos de vegetação, dependendo das determinadas condições do solo e principalmente do clima.

As Florestas Pluviais

Essas florestas ocorrem em regiões de clima quente ou, pelo menos, sem uma estação fria bem definida. Além de uma quantidade suficiente de calor, elas necessitam de chuvas abundantes durante todo o ano. Por esse motivo, são chamadas de florestas pluviais (chuva). As florestas pluviais permanecem sempre verdes e suas árvores não perdem as folhas - são perenefolias - já que não enfrentam estação desfavorável, como seca ou frio, e não precisam perder as folhas. Vejamos outras características: · Grande riqueza vegetal, pois são formadas de grande número de árvores e arbustos de diferentes tamanhos, constituindo um emaranhado compacto e úmido. É de difícil circulação em seu interior, são densas, e formam praticamente três estratos diferentes:um inferior de arbustos, um intermediário com arvores de porte médio, e um superior com árvores mais altas. · Elevado número de espécies vegetais, mas reduzido número de plantas de uma mesma espécie numa determinada área. · Plantas de olhas grande e largas, por isso são chamadas de latifoliadas. Do ponto de vista econômico, as matas pluviais oferecem muitos recursos, como as madeiras de lei, muito procuradas, e por este motivo temos nossas florestas reduzidas drasticamente, as vezes causando desequilíbrios graves. Os solos destas florestas são profundos e argilosos, mas geralmente pobres para a agricultura, não resistindo por anos seguidos de cultivo. E após a derrubada das árvores, pela grande pluviosidade, estes solos sofrem acentuada erosão, perdendo rapidamente seus nutrientes. Estes solos só permitem uma exploração agrícola satisfatória quando tomados alguns cuidados técnicos, como plantações permanentes como café, cacau, etc, e também cultivar no meio da plantação árvores nativas ou gramíneas em associação, dificultando a erosão. Apesar de características semelhantes, podemos identificar vários tipos de florestas pluviais, dependendo das condições de calor e umidade das respectivas regiões. Florestas equatoriais - São as mais ricas em diversidade de espécies e possuem árvores de grande porte. A Floresta Amazônica é um exemplo. Originalmente ela ocupava uma extensão de 8 milhões de quilômetros quadrados, 5 o Brasil. Hoje, 10% de sua área já foi desmatada pela ação antrópica. Florestas tropicais - são menos ricas em diversidade e suas árvores são de menor porte que as da floresta equatorial. Temos como exemplo a Mata Atlântica, Que vai do nordeste brasileiro até o Rio Grande do sul, mas em grande parte já destruída pelo desmatamento.


As Florestas Temperadas

Com o clima temperado úmido, com o verão e inverno não tão rigorosos, ocorre uma floresta bem mais homogênea que a mata pluvial com poucas espécies de árvores. A característica dessas é a perda de folhas no outono, como medida de proteção. Essa mata típica de clima temperado em sua maior parte já deixou de existir, surgindo em seu lugar os mais diversos elementos criados pelo homem para ocupar o espaço, como plantações, construções, etc. Existem ainda remanescentes na América do norte, sul do Chile e Europa.


As Florestas de Coníferas

Nas regiões de clima frio, com queda de neve de três a seis meses ao ano, a vegetação natural é formada por uma floresta cujas árvores apresentam formato em cone, folhas finas e pequenas, como forma de adaptação a neve. Ao contrário das matas de clima tropical, nas florestas de clima frio há muitas árvores e poucas espécies diferentes,e com isso as florestas apresentam um aspecto homogêneo, o que facilita sua exploração econômica. As florestas de coníferas fornecem a matéria prima para papel e papelão por ser uma espécie de "madeira mole", de fácil exploração.


Os campos tropicais

Nas regiões de clima quente e semi-umido, com uma estação muito seca e outra chuvosa, ocorrem campos de arbustos e árvores esparsas. Esses campos são chamados de savanas na África e pode-se considerar deste gênero também os cerrados e caatingas no Brasil, com suas características próprias. O cerrado no Brasil central possui árvores pequenas, com troncos retorcidos, casca espessa e folhas grossas. Essas características são formas de adaptação das plantas à estação seca e aos solos pobres da região. No interior do Nordeste, temos a caatinga, onde a estação seca é excessivamente longa, e as chuvas muito irregulares, e a vegetação é formada por espécies adaptadas e resistentes a seca, como pequenas árvores, arbustos espinhosos e muitos cactos.


As Pradarias

Vegetação típica de climas com verões quentes e invernos muito frios. Nesse ambiente, a vegetação é formada por gramíneas, que cobrem uniformemente o solo. O espaço das pradarias norte-americanas é muito favorável as atividades agro-pastoris. Antigamente, esta área era usada principalmente para a criação de gado, pois as pastagens nativas eram propícias para a criação. Hoje, os antigos campos não existem mais, encontramos em seu lugar uma agricultura moderna, favorecida pelos solos escuros, ótimos para o cultivo de cereais. Vemos na mesma latitude os mesmos tipos de cultivo, como trigo nas áreas mais frias, e milho nas áreas um pouco mais quentes. Na América do Sul, aparecem as pradarias na Argentina, Uruguai e Rio Grande do sul, recebendo o nome de campos, e conservando muito seu aspecto original. Na Argentina e Uruguai muitas destas áreas foram ocupadas para o cultivo de trigo e frutas.


A Vegetação desértica

Vegetação típica de climas áridos e semi-aridos, formada por plantas rasteiras, espinhosas, sem folhagens ou com folhas pequenas e de aspecto hostil, com raízes profundas com as quais retiram água do solo. Encontram-se nas áreas desérticas no oeste norte-americano, na patagônia e na costa do peru e norte do Chile, refletindo a falta de água.


A tundra

Nas extremidades do continente americano, onde o gelo cobre o solo durante mais da metade do ano, aparece a tundra. Vegetação que atinge até um metro de altura e se revela plenamente adaptada as rudes condições do clima subpolar, com a temperatura média do mês mais quente em 10ºC. A tundra reveste de verde a paisagem das regiões próximas ao círculo polar Ártico, e com a chegada do inverno, ela fica sob a neve, reaparecendo no verão. Tem um ciclo vegetativo curto.

Os tipos de solos sempre tem uma grande influência na vegetação, dependendo da origem dos mesmos. Por exemplo? Se temos um solo basáltico, teremos um solo escuro, propício para o crescimento de vegetação alta e rica. Se temos um solo de origem arenítica, teremos um solo avermelhado, arenoso e pobre, com vegetação baixa e raízes profundas.

Site desenvolvido e mantido por Alexandre João Appio

Hosted by www.Geocities.ws

Hosted by www.Geocities.ws

1