Trangênicos

O QUE É TRANSGÊNICO ?

 

Transgênico é qualquer organismo que seja modificado geneticamente pelas técnicas de engenharia genética. Ou seja, é qualquer organismo em que se tenha introduzido uma ou mais sequências de DNA (genes), provenientes de uma outra espécie ou uma sequência modificada de DNA da mesma espécie.

Toda e quaquer espécie viva é composta por um conjunto de genes que estão presentes no DNA e vão determinar todas as caracteristicas da espécie. A planta transgênica é aquela que recebeu pela técnica de Engenharia Genética um gene, ou seja,um pedaço de DNA que não existia na planta inicial.Este gene pode ser de outra planta ,microorganismos, animais ou até mesmo um gene modificado da própria. A partir da introdução desta, esse novo gene passa a fazer parte do conjunto de genes da planta.

Um exemplo seria sua ultilização em animais:

Metodologia da biobalística:

A Biobalística, técnica que emprega microprojéteis em alta velocidade para transportar DNA a células ou organismos, vem sendo investigada como uma alternativa à introdução de DNA exógeno em embriões murinos para a condução de estudos sobre transgênese.

Trabalhos anteriores utilizando embriões mamíferos como alvo biológico não são reportados. A técnica vem proporcionanado transformação genética eficiente de diversos tipos de tecidos vegetais, células em cultivo e tecidos animais in situ, com expressão gênica duradoura ou temporária.

O desenvolvimento experimental possibilitou o estabelecimento de padrões específicos da Biobalística adequados ao trabalho com embriões murinos, onde, a determinação de parâmetros de pressão, vácuo e distância do alvo, entre outros fatores, preservou a integridade e viabilidade biológica dos embriões, que apresentaram eficiente desenvolvimento quando cultivados in vitro.

A introdução de DNA exógeno vem sendo avaliada através do emprego de PCR. As amostras submetidas têm seu DNA genômico extraído previamente ao PCR, cujos resultados são evidenciados por migração em gel de eletroforese e exposição a luz UV. A otimização deste protocolo torna-se necessária e vem sendo objeto de dedicaçao experimental, com o intuito de elevar os índices de eficiência verificados na adoção da técnica.

Ovelha tem gene humano

A empresa de biotecnologia de Edimburgo PPL Therapeutics, a mesma que em colaboração com o Instituto Roslin criou Dolly, a primeira ovelha clonada do mundo, acaba de produzir mais um clone. Trata- se de Polly, uma ovelha de 2 semanas que representa um avanço em relação a Dolly: tem um gene humano.

Ela é a primeira ovelha transgênica criada a partir de tecnologia de clonagem e está sendo considerada pelos cientistas um passo crucial na comercialização da técnica. Polly contém um gene humano, responsável pela produção de uma proteína humana em seu leite, que permitirá tratar doenças que vão da hemofilia à osteoporose.

"Polly é a realização do sonho de produzir, num tempo curto, um rebanho com alta concentração de proteínas muito valiosas do ponto de vista terapêutico", disse ao jornal inglês Financial Times o diretor de pesquisa da PPL, Alan Colman.

Tracy - Ovelhas transgênicas - não clonadas - existem há cinco anos. A primeira foi Tracy, criada em 1992. Mas a tecnologia da época permitiu que somente em dezembro do ano passado a proteína presente em seu leite pudesse passar por testes clínicos, para o tratamento de fibrose cística.

O novo sucesso da PPL em colaboração com o Instituto Roslin foi obtido por meio da adição de um gene humano ao núcleo da célula da ovelha, que contém material genético. Essa célula foi fundida a uma célula embrionária da ovelha, da qual havia sido retirado o núcleo. O embrião resultante foi transplantado para uma ovelha adulta, que gerou Polly.

O método de clonagem permitirá o nascimento apenas de fêmeas e a obtenção de um rebanho inteiro a partir de uma só geração. Os testes clínicos com as proteínas produzidas por Polly deverão começar no início de 1999.

Outro exemplo,sendo ultilizado em plantas:

No caso da soja RR, tolerante ao herbicida Roundup, o gene introduzido foi originado de uma bactéria de solo que tinha o poder de quebrar a molécula do herbicida, fazendo com que a soja, que normalmente não resistiria à aplicação do herbicida, não morra ao ser atingida pelo produto, enquanto as ervas daninhas não resistem à aplicação.

O Perigo dos alimentos transgênicos

Não é simples nem inócuo mexer com a natureza. Muitos cientistas alertam para o perigo da manipulação genética. A empresa Delta & Pine, dos EUA, patenteou o gene classificado como terminador (exterminador). Ele é incorporado às sementes que plantadas e colhidas tenham sementes estéreis. Isto obriga o agricultor a comprar sementes sempre for plantar. Na América Latina, causaria grandes e negativos impactos.

O gene exterminador poderá ser lavado pelo vento junto com os grãos de pólen e fecundar as flores de plantas silvestres ou domésticas, tornando-as também estéreis, e provocando uma irreparável destruição

do patrimônio biológico da humanidade.

Novos toxicantes podem ser agregados aos alimentos através da engenharia genética. Muitas plantas produzem naturalmente uma variedade de compostos como as neurotoxinas, inibidoras de enzimas, que podem ser tóxicos e alterar a qualidade dos alimentos. Geralmente, estes compostos estão presentes em níveis não tóxicos. Mas através da engenharia genética podem ser produzidos em altos níveis.

A qualidade nutricional dos alimentos da engenharia genética pode ser diminuída.

Pode ser significativamente alterada a quantidade de nutrientes nos alimentos engenheirados. Também sua absorção ou metabolismo no homem podem ser modificados.

Novas substâncias podem representar alterações na composição dos alimentos.

Novas proteínas que causam reações alérgicas podem entrar nos alimentos. Alergênicos são proteínas que causam reação na população alérgica. Transferidas de um alimento para outro, as proteínas podem conferir à nova planta as propriedades alergênicas do doador.

As pessoas normalmente acabam por identificar os produtos que as afetam. Entretanto, com a transferencia dos alergênicos de um produto para o outro, perde-se a identificação e a pessoa só vai descobrir o que lhe fez mal após a ingestão do alimento perigoso.

Os genes antibiótico-resistente podem diminuir a efetividade de alguns antibióticos em seres humanos e nos animais.

Cientistas usam genes antibiótico-resistentes para selecionar e marcar os organismos engenheirados que foram sucesso. Genes marcadores que produzem enzimas inativadas clinicamente, usando antibióticos, teoricamente podem reduzir a eficácia da terapêutica de antibióticos. Quando ingerida oralmente no alimento engenheirado, a enzima pode inativar o antibiótico.

Vantagens dos Transgênicos

Acredita-se que o que vai realmente valorizar a planta transgênica será o desenvolvimento de variedades que garantam maior teor de proteína e óleo. Pem produzir alimentos, mais nutritivos e mais baratos, e seu cultivo é mais eficiente do que o convecional e poderia ser a solução, para abastecer a população mundial.

BT, o bacilo turigensis, é uma bactéria usada como biopesticida, sua toxina foi colocada dentro das plantas. Introduzidos no genoma de algodão, milho, reduz os custos de produção e o uso de inseticidas. Tomates transgênicos com genes que modificam a parede celular, aumentam sua vida útil. Maior resistência a pragas, melhoria da qualidade, e criação de novos produtos.

Lei da Biossegurança

Essa lei começou a tramitar no Congresso nacional desde 89, com o objetivo a diversidade e integridade do patrimônio genético do Brasil, além de proteger a vida, a qualidade de vida. Em 1995 esta lei foi sancionada pelo Presidente da República e estabeleu a criação da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança-CTNBIO, que tem o poder de aprovar ou não teste de campo e a cormercialização de plantas transgênicas e de outros produtos da biotecnologia. Mas só poderão requerer autorização para isso que tiverem o certificado de qualidade e de biossegurança da CTNBIO.

Governo propõe a rotulagem

O governo brasileiro mudou a sua postura em relação à embalagem de produtos alimentícios obtidos por meio da biotecnologia, os chamados geneticamente modificados ou transgênicos: vai exigir a rotulagem. Essa posição será levada à reunião do Comitê de Rotulagem do Codex Alimentarius, entidade que é referência para a Organização Mundial do Comércio (OMC) na definição de padrões de alimentos em todo o mundo. O encontro ocorrerá em Otawa, no Canadá, a partir do próximo dia 27. O ministro da Justiça, Renan Calheiros, enviará representante à reunião e decidiu que todos os transgênicos terão que trazer essa especificação em selo fixado na embalagem.

A decisão é um avanço porque até agora o governo brasileiro vinha sustentando posição idêntica à dos Estados Unidos, de não rotular alimentos "substancialmente equivalentes". O ministro disse que já decidiu pela rotulagem com base no Código de Defesa do Consumidor. Em seu Artigo 31, o código diz que a apresentação de produtos deve assegurar informações corretas e claras sobre suas características, qualidades, composição e origem.

– O cidadão vai saber o que está consumindo. Não autorizar a rotulagem seria revogar o código – comentou Calheiros.

Calheiros recebeu documento do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) mostrando pesquisas feitas a respeito da rotulagem. Segundo o texto, 93% dos consumidores dos Estados Unidos querem que os alimentos transgênicos sejam rotulados. Na Austrália, esse índice sobe para 99% e no Canadá para 94%. Levantamento de uma emissora de televisão no Brasil mostrou que mais de 80% dos brasileiros querem a identificação, segundo o Idec

Algumas das declarações enganosas ou falsas dos defensores da biotecnologia:

1. "A engenharia genética é apenas uma variedade do melhoramento convencional"

(Conseqüentemente não é legalmente justificável introduzir regulamentos que considerem as variedades e alimentos transgênicos diferentes dos não transgênicos) A verdade é que a engenharia genética é fundamentalmente diferente do melhoramento genético. Devido à inserção artificial de genes estranhos, substâncias nocivas podem aparecer de forma inesperada. Isto é um fato científico, experimentalmente comprovado.

2. Não existem evidências de que os organismos modificados geneticamente sejam

nocivos ao meio ambiente"

A verdade é de que não existe nenhuma evidência de que estes organismos não sejam nocivos ao meio ambiente. Um grande número de testes de campo já foram realizados, mas, na sua grande maioria, de forma superficial e sem que fossem incluidas investigações mais amplas dos impactos ecológicos a longo prazo. O conselheiro do Parlamento Europeu, Dr. René Von Scomberg, disse em janeiro de 1998: "O conhecimento

atual não nos permite prever os efeitos a longo prazo de liberar organismos transgênicos no meio ambiente. Portanto, está além da competência do sistema científico responder a tais questões..." (ver http://www.psrast.org/eudircom.htm ). Além do mais, existem inúmeras razões para se esperar a ocorrência de distúrbios ecológicos que, pela natureza da tecnologia empregada, provavelmente serão, na sua maioria, impossíveis de reparar

Cientistas advertem:

"Não aprovem alimentos modificados pela Engenharia Genética"

TRANSGÊNICOS JÁ SÃO MAIORIA NOS EUA

A utilização de variedades transgênicas de algodão nos EUA começou em 93 e a cada ano se torna mais comum, como comprovou a equipe durante a visita. Atualmente cerca de 70 por cento da área de algodão nos Estados Unidos é cultivada com variedades transgênicas -alteradas geneticamente para combater principalmente a lagarta da maçã e a lagarta rosada, os dois principais problemas existentes lá.

A previsão é de que na próxima safra os transgênicos ocupem 80 a 90 por cento da área destinada ao algodão no país. "Os produtores não tiveram problemas ambientais e ganharam em segurança, por isso vão investir mais nos transgênicos que já são um grande diferencial do algodão americano", afirmou Francisco Farias.

Conforme o Pesquisador, a Fundação MT e a Embrapa iniciam no ano que vem os trabalhos para a obtenção de algodão transgênico. Aqui o objetivo principal também deverá ser o combate à pragas, mas haverá mudanças em relação ao modelo americano, considerado de custo muito elevado.

No Brasil as pesquisas com transgênicos também buscam variedades mais resistentes e diferenciadas, como o algodão colorido.

" No Brasil temos outra realidade e os produtores não contam com os altos subsídios oferecidos pelo governo americano. Vamos buscar variedades igualmente eficientes, mas que não causem impactos excessivos no custo final de produção", informou o pesquisador. Hoje o produtor americano que utiliza sementes transgênicas com genes RR, BT e BXN paga cerca de 50 dólares por hectare cultivado com a variedade.

A previsão é de que a primeira variedade brasileira de algodão transgênico seja apresentada até o ano 2003.

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