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Eu sou Alice.
E, há 26 anos, ouço aquela piadinha:
"Alice?! A do país das maravilhas?"

Entre no espelho
e divirta-se!


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Segunda-feira, Janeiro 26, 2004

 
Agora eu tenho um blog novo onde vou poder publicar mais fotos, colocar mais arquivos e coisa e tal.
Esse blog aqui vai mudar para o UOLBLOG. O novo endereço será http://alice.zip.net. Não é um charme?


Sexta-feira, Janeiro 23, 2004

 
Aniversário

Eu não sei vocês, mas eu fico sempre um pouco deprimida antes do meu aniversário.
Não me sinto velha, antes que algum engraçadinho pergunte. Mas as reflexões são inevitáveis nessa época.
E lá vamos nós pensar na vida... COMO EU SOU ANSIOSA!



Terça-feira, Janeiro 13, 2004

 
Per un pugno di samba

Driblar uma tarde arrastada não é uma tarefa fácil. Mas, dessa vez, além de espantar o mau humor e o tédio encontrei na Rádio UOL um CD fantástico do Chico: "Por Un Pugno Di Samba (Por Um Punhado De Samba)", que foi gravado ao lado da orquestra do maestro, compositor e arranjador Ennio Morricone, lançado apenas na Itália, em 1970.

É um punhado de samba, como diz o nome. Mas é uma delícia ouvir as músicas em Italiano. As letras em italiano, como eu li depois, foram escritas por Sérgio Bardotti, produtor do disco, e seguem as temáticas originais. O repertório tem doze canções, entre elas Samba e Amore (Samba e Amor), Sogno Di Un Carnevale (Sonho De Um Carnaval), Funerale Di Un Contadino (Funeral De Um Lavrador, de Morte e Vida Severina, poema de João Cabral de Mello Neto musicada por Chico), Ed Ora Dico Sul Serio (Agora Falando Sério), In Memória Di Un Congiurato (o Tema dos Inconfidentes, do Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meirelles, também musicado por Chico), Lei No, Lei Sta Ballando (Ela Desatinou) e Tu Sei Uma Di Noi (Quem Te Viu, Quem Te Vê).

Eu já comprei o meu lá na Saraiva.


Segunda-feira, Janeiro 12, 2004

 
Um texto meu que foi publicado na revista da FAAP:

A carvoeira


“Pequenina, ingênua miséria!
Adoráveis carvoeirinhos que trabalhais como se brincásseis!”
Manuel Bandeira



Fênix observava o movimento no rancho de pau-a-pique. Um formigueiro de gente que entrava e saia. Não queria chorar com eles as dores que eram suas. E foi se deixando ficar à sombra do frondoso pé de jatobá. Dali, através da nuvem acinzentada, ela podia ver os fornos de barro que ainda deixavam escapar um fio de fumaça. Em algumas horas, eles estariam silentes também.

- Isso aqui só pára quando eu morrer. - as palavras de seu pai zuniam na sua cabeça como o canto das cigarras na primavera.

Ela era a caçula de oito irmãos. Sua mãe tinha nascido e crescido na carvoaria: pai carvoeiro, mãe carvoreira, marido carvoeiro. No meio daquela fuligem, parira todos os seus filhos. À Fênix, ela não dera a luz mas a vida.

- É menina!

- Desgraçada! Deus dê a ela um fim fora desse inferno. – foi sua última prece.

De sua mãe, Fênix herdara alguns vestidos, lenços e um pequeno rádio a pilha, de onde brotava o mundo além do asfalto. A vida, entre as cercas de arame farpado, era trabalho. Sem tempo para infância, ela aprendera desde cedo a preparar a comida que alimentava o pai e os sete irmãos e a derrotar as árvores do cerrado.

A família era nômade. Os fornos mudavam de lugar quando escasseava a madeira. E com eles iam a casa, a horta e os animais. Se era domingo ou feriado não importava, havia sempre muito a fazer. Noite e dia, pajeavam-se os casulos de carvão.

Apesar das andanças, a menina nunca tinha deixado as divisas do pequeno lugarejo. A cidade, o mar, o romance só conhecia através das vozes dos locutores AM e das revistas que os caminhoneiros traziam. Ali, descobrira que as cores do mundo eram muito diferentes dos tons de cinza e ocre que conhecia. Ela assistia e reassistia deslumbrada àquela realidade que só existia nas páginas desgastadas de suas revistas.

Fênix não pensava muito sobre seus dias. Eles eram como os de todos aqueles que ela conhecia. E seu pai estava sempre por perto para lembrar que nenhuma outra escolha era possível. Ela não era feliz mas, também, não sabia que era triste.

Nas carvoarias, essas filiais do inferno, os homens se descobrem escravos e lentamente a vida se transforma em carvão. Seu pai já nascera nessa lida e não deixara o trabalho um único dia dos 57 anos que vivera. Naquela manhã, esvaziando um forno ainda em brasa, sofreu um derrame e morreu. Para o velório, os filhos vestiram suas melhores roupas, o pequeno lugarejo parou e Fênix se recolheu ao jatobá. Lá, ela chorou o pai que perdera e chorou, sem saber, a vida miserável que levava. E pela primeira vez, lamentou ter visto do mundo tanto quanto o velho jatobá.

Então, lembrando-se das últimas palavras de sua mãe, tirou os sapatos que calçara para o velório, arregaçou as pernas da calça e caminhou sem parar até o asfalto. Entrou na venda de paredes brancas e encardidas pela terra vermelha, lavou os pés, calçou-se novamente e saiu. Olhou demoradamente para os dois lados da estrada. E essa foi a primeira vez que escolheu sua própria direção.



Sábado, Janeiro 10, 2004

 
Morreu Norberto Bobbio

Pelo pouquíssimo que li dele, aprendi a respeitá-lo. E para relembrá-lo e homenageá-lo coloco aqui um trecho seu através do qual ele se definia:

"Da observação da irredutibilidade das crenças últimas extraí a maior lição da minha vida. Aprendi a respeitar as idéias alheias, a deter-me diante do segredo de cada consciência, a compreender antes de discutir, a discutir antes de condenar. E porque estou com disposição para as confissões, faço mais uma ainda, talvez supérflua: detesto os fanáticos com todas as minhas forças".


Segunda-feira, Janeiro 05, 2004

 
Preciso pintar minhas unhas. Foi a coisa que mais veio a minha cabeça hoje. Uma preguiça descomunal. Uma vontade louca de fazer coisa nenhuma. Um desinteresse brutal por qualquer coisa que possa lembrar a palavra trabalho.

É preciso pintar as unhas. Tirar esse vermelho sangue quase laranja, herança do ano que passou. Sim. Vou Remover tudo. Tarefa árdua. Essas cores fortes são sempre muito resistentes. Mas vou limpar cada milímetro.

E, então, vou pintar minhas unhas. Já planejei tudo. Uma fina camada de base transparente. Sobre ela, bolinhas coloridas. Pingos de cores vivas harmonicamente dispostas. Um caos de cores e formas. Um palito, esmalte laranja, vermelho, azul, rosa.

Um trabalho fantástico. Uma obra de arte digital :o)


Terça-feira, Dezembro 30, 2003

 
Faça de 2004 um ano maravilhoso

Não se iluda.
2004 vai nascer mas você não será outro quando acordar no primeiro dia do novo ano.
Sua vida não se transformará totalmente por um milagre de réveillon.

A essa altura, já te desejaram muita alegria, muita paz, saúde e um número infinito de realizações.
Eu também quero fazer meus votos.

Eu desejo a você cada segundo dos 366 dias de 2004.
Desejo criatividade para fazer de cada dia um dia especial, tranqüilidade para escolher sua direção, coragem para segui-la, sabedoria para contornar os obstáculos e muita habilidade para transformar você e, conseqüentemente, sua vida e as pessoas a sua volta.

Desejo que você encontre novos ângulos para ver o mundo. Que se permita pensar de formas diferentes. Que dê uma chance ao novo. Que dê mais atenção às coisas simples. Que ouse mais. Que acredite mais em você. Que saiba conservar ao seu lado as pessoas que te amam e que você ama.

Mas, sobretudo, desejo que você aposte na sua capacidade de fazer de 2004 um ano maravilhoso. E espero poder compartilhar mais esse ano com você.

Feliz 2004!



Quinta-feira, Dezembro 25, 2003

 
Feliz Natal para todos!


Quarta-feira, Dezembro 17, 2003

 
Hoje seria um dia ordinário. Não o ordinário do senso comum, com uma vertente ácida. Mas um dia normal, em que não é necessário pensar muito para deduzir a seqüência dos acontecimentos.

Um dia que corria sob o velho trilho da rotina até que um detalhe singular interrompeu-o. Flores. Lírios brancos e rosas. Sutis, suaves, leves e belos o bastante para me fazerem pensar sobre a particularidade daquele momento. Nenhuma data comemorativa, nenhum marco importante. Mas, a partir de então, um dia especial.

Eu poderia dizer que especial é tudo aquilo que é digno de nota, mas estaria sendo simplista. Um momento especial é um momento do qual você vai se lembrar muitas vezes. Pode ser um momento agradável, mas também pode ser um momento desagradável. E todos nós, mais cedo ou mais tarde, iremos conhecer os dois tipos, mesmo que tentemos a todo custo evitar.

Mais importante que tentar evitar o segundo tipo, inerente ao viver, é saber reconhecer e promover o primeiro. Não estou falando da alegria ingênua dos tolos. Estou falando da capacidade de perceber a singularidade. E mais, da capacidade de fazer a diferença entre o ordinário e o especial.

Eu queria ser mais espontânea. Queria conseguir dizer mais sobre como me sinto às pessoas com as quais convivo mas ainda não consegui desenvolver essa habilidade. Hoje, minha cabeça está em ebulição. Hoje, eu penso nele e não queria dizer apenas um “amo você” e dar um sorriso. Queria dizer mais, muito mais.

Queria dizer que ele faz a diferença entre o ordinário e o especial. Que eu noto cada um dos seus pequenos gestos: o telefonema inesperado, a paciência com minha impaciência, o carinho, o cuidado, o colo depois dos pesadelos, as flores em dias comuns, os e-mails enormes durante as viagens, o apoio às minhas escolhas, os conselhos, a presença nos momentos difíceis, o suporte tecnológico à minha veia artística, a atenção, o beijo no olho, o peito para eu dormir, o respeito ao meu jeito de ser e viver... Dizer que me surpreendo a cada dia com ele. Dizer que não sei se sou capaz de retribuir a um amor tão grande. Dizer que mesmo sendo assim tão forte, me sinto melhor quando protegida por ele. Dizer que só ele conhece como sou fraca.

Dizer que ele faz toda a diferença. Dizer que é muito bom ter tanto o que dizer.

Dizer...Eu não acredito em declarações de amor. E essa não é uma declaração de amor ordinária. É uma constatação, um desabafo... Impressões que não cabiam mais em mim. Sentimentos, sim, do tipo que causa urticária nos mais amargos. Ridícula como toda carta de amor. Mas, sobretudo, sincera e autêntica, pois é assim que eu sou.



Terça-feira, Dezembro 16, 2003

 
JOSÉ SIMÃO na capa da Folha
Euforia! Pegaram o Saddam!
Agora só falta o Bush!



Quinta-feira, Dezembro 11, 2003

 
Papai Noel não existe

É fato.

Mas eu fui realmente uma boa menina este ano. (Sei que algumas pessoas vão discordar veementemente!)

Por isso (e outras coisinhas mais que é melhor não mencionar em público), o homem mais lindo do mundo (vocês sabem quem), me deu o presente mais lindo do planeta e ainda chegou adiantado.

                             

Ela não é linda? De perto é ainda mais encantadora! Estou apaixonada!


Quarta-feira, Dezembro 10, 2003

 
UFAAAA....

Fim do sufoco do final de ano.
Foi uma verdadeira maratona de noites sem dormir, noites mal dormidas e dias corridos para conseguir entregar todos os trabalhos e fazer todas as provas.
Tudo feito, me sinto aliviada. É bom sair dessa correria. Tudo parece mais leve e mais simples.

Outro dia me perguntaram se eu não fico mal ao pensar que ainda falta muito tempo de curso. Não, isso não me chateia. Pelo contrário, várias vezes me pego pensando: ainda bem que falta bastante. Assim, ainda vou poder fazer muita coisa, experimentar muita coisa.

Aquela ansiedade da primeira faculdade eu não sinto. É que o diploma agora é apenas uma consequência, uma das muitas consequências do curso. Fazer o curso é que é divertido. O que eu tenho aprendido, o que tenho feito. E é por isso tb que tenho aprendido a ser seletiva tb. Nem todas as disciplinas têm tanta importância. Algumas, parecem pouco importantes mas têm propostas que a transformam em um alvo de investimento de tempo.

Ahhhhhhhhhhhhhhh..... lá vamos nós... Agora, nas férias, preciso ter mais tempo para escrever e também mais tempo para pensar... Preciso de mais tempo livre para produzir, isso é certo. Mas como? Como conciliar essa minha disciplina de trabalhar sempre com a necessidade de produzir mais, escrever mais, fotografar mais? Está chegando o momento de escolher. Eta momentinho difícil, esse!



Quarta-feira, Novembro 19, 2003

 
AMIGOS

Conhecidos e colegas fazemos aos montes. Network, hoje, é uma coisa muito valorizada. O mundo todo quer conhecer todo mundo. Você sempre pode precisar de alguém mais cedo ou mais tarde. São relações de conveniência como aquelas lojinhas dos postos de gasolina. Mas bem maquiadas, mascaradas, ninguém percebe a fragilidade dessas ligações. Há pessoas que chegam até a acreditar que possuem centenas de amigos espalhados por aí. Esqueçam companheiros! Amigos não têm relação nenhuma com os nomes que você tem na sua agenda, qualquer que seja ela.

Na faculdade, fazer amigos é quase natural. As pessoas estão ali de de cara lavada, sem tantos receios, sem chefes, sem promoções, sem tantas pressões. Meus amigos, na maioria, vêem da minha primeira faculdade. Vejo todos muito raramente. Mas mesmo depois de meses sem nos vermos, quando nos encontramos é como se nunca tivéssemos nos separado.

Nessa segunda faculdade, algumas amizades já começaram a surgir. Eu já tinha me esquecido de como é natural tudo isso. Muito diferente das relações que temos em nas empresas. Sinto-me aliviada de perceber que amigos você pode fazer a vida toda, e não só numa parte dela.

Amigo é coisa difícil. Amigo é coisa que só se concretiza com o tempo. Amigo conhece e respeita suas qualidade e defeitos com a mesma equanimidade. É sincero sempre. Amigo entende suas fases. Pode estar longe, pode ficar muito tempo sem aparecer, mas você sabe que ele está lá.

Detesto esses contatos de network, nomes no OUTLOOK. Acho horrível mas tenho entendido a importância deles no trabalho, na viabilização de projetos e, ás vezes, até para ajudar seus verdadeiros amigos. Tenho aprendido a respeitar esses relacionamentos de mão dupla. Tenho me sentido menos constrangida ao "usá-los", e até a ser útil também. Com o tempo, alguns desses contatos podem até se transformar em amigos.

Mas é muito importante ter a consciência dessas diferenças. E muito mais importante, saber o quanto valem os amigos que temos por perto ou lá nas Minas Gerais.


Segunda-feira, Novembro 17, 2003

 
Eu que adoro os pequenos prazeres achei que todo mundo deveria ler esse
Elogio ao xixi

 
Almocei com o Carlos Freitas hoje. Estava com saudade dele. Fomos eu, a Dani e ele lá no restaurante da Fabi.
A Fabi é a Chef que eu conheci através da Dani e a Dani conheceu através da Claudia. O restaurante é pequeno, frequentado por um público bem descolado e muito simpático. A Fabi tem uma mão divina e receitas muito boas. Fica ali na Melo Alves entre a Oscar Freire e Capote Valente e se chama Amsterdã.
O suco de tangerina é uma coisa absurda de boa. Eu adoro o risoto de alecrim, o risoto de bacalhau é maravilhoso e tem um prato com cuscuz marroquino que é um sucesso.


Terça-feira, Novembro 11, 2003

 
Ontem, fiquei sabendo que a fama do meu poder é muito maior que minha consciência dele. E fiquei me perguntando: será que sou assim tão powerfull ou será que são esses idiotas que imaginam tudo. Uma coisa é certa: quando sua cabeça é um alfinete, qualquer bola de gude parece um planeta.

A verdade é que eu divirto muito. Talvez eu tenha mesmo uma capacidade de influenciar pessoas. Talvez esse poder seja mesmo maior do que muitas pessoas gostariam que ele fosse. Talvez essa minha característica esteja até subutilizada, ou talvez seja só uma questão de tempo. A grande verdade é que além de ser essa bruxa eu ainda conto com dois pontos a meu favor: a minha inteligência e a burrice generalizada deles.

E depois desse post vocês entenderam que além de todos esses poderes, eu não sou boazinha e não sou modesta: a própria mulher-gato.


Sexta-feira, Novembro 07, 2003

 
Mea culpa: sou viciada em Sex and the City

Pelo menos é isso que o Victor fica repetindo para mim. Eu nunca assisti a nenhum tipo seriado, não assisto a programas de TV, geralmente não gosto de filme americano mas ADORO Sex and the City.

Essa sou eu! ;) hehehehe


Terça-feira, Novembro 04, 2003

 
Raquel de Queiroz morreu :(


Quarta-feira, Outubro 29, 2003

 
Para ver as fotos em tamanho maior clique aqui e escolha a foto.


Terça-feira, Outubro 28, 2003

 
Fotos de viagem

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Está difícil. Vou à faculdade e termino mais tarde.


Segunda-feira, Outubro 27, 2003

 
Estou terminando de montar uma página com as melhores fotos da viagem.
Tenho alguns comentários sobre elas:
1- meu olho para fotografia melhorou.
2- preciso urgentemente fazer cursos de fotografia, minha técnica está um lixo!



Quinta-feira, Outubro 23, 2003

 
Verdade seja dita: tradução de poesia é arte pura. E o novo poema é sempre um novo poema. Recebi de um amigo esse soneto de Elizabeth Barrett-Browning e a tradução de Manuel Bandeira que só reforça isso.

"How do I love thee? Let me count the ways.
I love thee to the depth and breadth and height
My soul can reach, when feeling out of sight
For the ends of Being and ideal Grace.

I love thee to the level of everyday's
Most quiet need, by sun and candlelight.
I love thee freely, as men strive for Right;
I love thee purely, as they turn from Praise.

I love thee with the passion put to use
In my old griefs, and with my childhood's faith.
I love thee with a love I seemed to lose

With my lost saints,--I love thee with the breath,
Smiles, tears, of all my life!--and, if God choose,
I shall but love thee better after death."

-- Elizabeth Barrett-Browning



"Amo-te quanto em largo, alto e profundo
Minh'alma alcança quando, transportada,
Sente, alongando os olhos deste mundo,
Os fins do Ser, a Graça entressonhada.

Amo-te em cada dia, hora e segundo:
A luz do sol, na noite sossegada.
E é tão pura a paixão de que me inundo
Quanto o pudor dos que não pedem nada.

Amo-te com o doer das velhas penas;
Com sorrisos, com lágrimas de prece,
E a fé da minha infância, ingênua e forte.

Amo-te até nas coisas mais pequenas.
Por toda a vida. E, assim Deus o quisesse,
Ainda mais te amarei depois da morte."




Quarta-feira, Outubro 22, 2003

 
Brasil, fuso louco, estômago detonado, início de gripe e a cabeça completamente fora de área de serviço (literalmente).

O último post foi feito ainda sob o efeito fantástico da droga que mais me seduz nesse mundo: uma bela viagem. Algumas horas de poltrona de avião depois e a realidade despenca sobre minha cabeça: milhões de obrigações para serem cumpridas e nenhuma vontade.

Quando saí daqui, tudo parecia normal para mim: a correria e o stress do meu dia-a-dia, a defasagem de no mínimo 8 horas na duração do meu dia, a relevância discutível das minhas atuais atividades profissionais para aquilo que eu realmente pretendo fazer da minha vida.

Alguns dias e quilômetros mais tarde e tudo tem outra cara: sinto que estou investindo meu tempo num fundo de renda fixa com pouco retorno a longo prazo. Pouco risco e poucas oportunidades.

Eu preciso de tempo para coisas essenciais como escrever, ver os filmes da mostra, fazer cursos de fotografia, rodar curtas, participar dos festivais de cinema, fotografar, visitar minha mãe e irmã em BH, viajar com o Victor, ler, fazer cursos aqui e em outros lugares, tentar um mestrado e etc, etc, etc.


Sexta-feira, Outubro 17, 2003

 
Ainda na Italia (teclado ainda sem acentos)
A Italia sempre me faz bem. Aqui, sempre penso sobre meu futuro. Penso sobre o tempo. Meu tempo. O que estou fazendo com cada minuto dele. Aqui, sempre me vejo disposta a SER mais. Estar aqui ja me fez tomar decisoes importantes na minha vida e sinto que estou voltando para o Brasil com mais um desejo a realizar, e mais, com a coragem para realiza-lo.
Nao sei dizer o porque mas caminhar entre essas cidades antigas sempre me faz apostar na minha essencia. Talvez, seja apenas a capacidade critica decorrente do distanciamento do dia-a-dia em SP.
Mas o mais importante eh que me sinto com forcas renovadas para novas mudancas. E isso eh muito bom.

Fora isso, fiz comprinhas!!!! Livros de Pirandello, um livro com ensaios sobre cinema (muito bom!) e tb DVDs. Como eh dificil encontrar DVD na Italia. Ahhh, seis garrafas de Brunello sendo que duas para abrir apenas daqui 5 anos... ai..ai...ai.... come eh dolce la vita, jah dizia Fellini...


Domingo, Outubro 05, 2003

 
Eu adoro viajar! Principalmente quando o destino é a Itália. Não vejo a hora. Mas é claro que para mim, como para toda mulher, viajar rima com comprar. Aí vai a listinha de compras que preparei:


Ferzan Ozpetek
Fate ignoranti, Le (2001)
Finestra di fronte, La (2003)

Vittorio De Sica
Ladri di biciclette (1948)
Matrimonio all'italiana (1964)

Mimmo Calopresti
Felicità non costa niente, La (2003)
Altro mondo è possibile, Un (2001)
Preferisco il rumore del mare (2000)

Gabriele Salvatores
Io non ho paura (2003)
Puerto escondido (1992)
Marrakech express (1989)
Nirvana (1997)
Turnè (1990)

Nani Moretti
Last Customer, The (2003)
Caro diario (1994)

Giuseppe Tornatore
Stanno tutti bene (1990)
Pura formalità, Una (1994)
Leggenda del pianista sull'oceano, La (1998)

Silvio Soldini
Pane e tulipani (2000)

Ettore Scola
Giornata particolare, Una (1977)
Cena, La (1998)

Mario Monicelli
Speriamo che sia femmina (1986)

Se você não entendeu, precisa repensar seriamente seus conhecimentos sobre o cinema italiano. Os clássicos como Fellini, Visconti e outros podem ser encontrados aqui sem problemas mas a maioria que está aí na lista ainda não.


Sábado, Outubro 04, 2003

 
Quando eu acho que já vi tudo que havia de mais patético no mundo, Bush convida Alexandre Pires para cantar na Casa Branca.
Foi uma das piores coisas que já vi. Cheguei a ficar com vergonha pela situação constragedora em que se viram envolvidos os pobres mortais que tiveram que ver, ler ou ouvir falar sobre a dita cena.
Poxa, Bush e pagodeiro, aí também é concorrência desleal com a duplinha Cucaratcho e Bolo Fofo.


Quarta-feira, Outubro 01, 2003

 
"A Soberba é um refúgio para a insegurança, para o medo de admitir que os demais podem saber mais e melhor. A Soberba é uma tentativa de fechar algumas "gestalts" que afligem a pessoa e que a levam a procurar remediar o não-resolvido, com a adoção de uma postura de auto-valorização extremada. A Soberba é a irmã neurótica da vaidade sem limites, um complexo de Narciso potencializado pelo desprezo."

Que se padeça de soberba, tudo bem. É cult. Agora, burrice é coisa feia. A comédia já está se transformando em pastelão.
Opa... A dupla dinâmica está protagonizando mais um episódio. Mas a coisa está só começando. É uma pena que nem todos possam partilhar do espetáculo. Ninguém me tira do meu camarote!



Domingo, Setembro 28, 2003

 
É a segunda vez que a Lô Braz (link na minha listinha aí do lado) fala dessa empresa especializada em imóveis "especiais" e resolvi ir até lá dar uma olhadinha.
Realmente, eles têm mesmo um grande diferencial e devem ter um público muito bom em SP porque os imóveis são realmente excelentes.
AxPE: vale uma visita.


Sexta-feira, Setembro 26, 2003

 
Do mundo da poesia para o mundo da fantasia.
O show de horrores continua um espetáculo à parte. Sob o comando exclusivo da dupla mais engraçada do planeta: o gordo e o magro.
E os produtores não têm feito nada para evitar que o espetáculo se ridicularize.
Palhaços, à parte, a coisa está muito mais para manicômio que para circo. Mas ainda promete boas gargalhadas.
Eu, de camarote, faço questão de assistir a todos os atos atentamente.
Nada mais indicado para chegar à catarse.
Pelas beiradas, pelas beiradas...



Sábado, Setembro 20, 2003

 
O Sol
ilumina
minhas metades:
fases.

Nova,
desejo de lua.
Vista, ou quase,
sem estar lá.

Crescente,
pontos
em linhas justapostos,
em formas retorcidas.

Cheia,
flutuando no espaço -
na frase,
ponto final.

No mais,
me recuso
a minguar.



Terça-feira, Setembro 16, 2003

 
Monocromia
Monotonia
Monofobia

Duas mãos
Dois olhos
Duas pernas

Mãos e pernas
Decepadas
Olhos vendados

O odor
me seduz
A palavra
me seduz
O calor

Impossível isolar-
-me

Desejo
Mono em mim



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