O campo de concentração de Auschwitz.
Encontra-se
nas proximidades de Cracóvia, na Polónia,
utilizado pelos nazis durante a Segunda Grande Guerra como
parte do plano Solução Final. Os nazis construíram
Auschwitz em Abril de 1940 sob a direcção
de Heinrich Himmler, chefe de duas organizações
nazis (as SS e a polícia secreta Gestapo). O campo
de Auschwitz, inicialmente, mantinha prisioneiros políticos
da Polónia ocupada vindos de outros campos de concentração
da Alemanha. A construção de Birkenau (a poucos
quilômetros de distância de Auschwitz), também
conhecido por Auschwitz II, iniciou-se em Outubro de 1941
e incluiu uma secção feminina a partir de
Agosto de 1942. Birkenau tinha quatro câmaras de gás,
desenhadas com o objectivo de se assemelharem a chuveiros,
e quatro fornos crematórios, usados para incinerar
os cadáveres. Cerca 40 campos satélite foram
construídos nas redondezas de Auschwitz, sendo campos
de trabalho e conhecidos por Auschwitz III. O primeiro foi
construído em Monowitz e mantinha polacos que tinham
sido forçados pelos nazis a abandonar as suas cidades.
Os
prisioneiros eram transportados por comboio de toda a Europa
sob a ocupação nazi. Chegados ao complexo
eram divididos em três grupos. Um grupo, passadas
algumas horas, era levado para Birkenau, onde era possível
de gasear e cremar cerca de 20.000 pessoas num só
dia. Em Birkenau, os nazis usavam um gás designado
por Zyklon-B nas câmaras de gás. Um segundo
grupo de prisioneiros era usado para trabalho escravo em
fábricas como as companhias I.G. Farben e Krupp (armamento),
tendo sido, no complexo de Auschwitz, registados 405.000
prisioneiros nessa situação entre 1940 e 1945.
Destes, cerca de 340.000 pereceram devido a execuções,
maus tratos, fome e doenças. Alguns prisioneiros
sobreviveram, com a ajuda do industrial alemão Oskar
Schindler, que salvou aproximadamente 1.000 judeus polacos
ao fazer deles seus trabalhadores na sua primeira fábrica
perto de Cracóvia e, mais tarde, na Checoslováquia.
O terceiro grupo, a maioria gêmeos e anões,
era usado para experiências médicas por parte
de médicos, tal como, Josef Mengele, também
conhecido por Anjo da Morte.
Os
funcionários do campo eram, em grande parte, prisioneiros.
Alguns deles eram selecionados para serem vigilantes (Kapos)
e outros para serem trabalhadores nos crematórios
(sonderkommandos) existentes no campo, sendo membros destes
grupos mortos periodicamente. Os prisioneiros eram controlados
pelos membros das SS, existindo ao todo 6.000 a trabalhar
no campo de Auschwitz.
Em
1943, as organizações de resistência
começaram a organizar-se no campo de concentração.
Estas organizações auxiliavam a fuga de alguns
prisioneiros, sendo provenientes dos fugitivos notícias
de extermínios em massa tal como a morte de centenas
de milhares de judeus vindos da Hungria entre Maio e Julho
de 1944. Em Outubro de 1944 um grupo de trabalhadores dos
crematórios destruíram uma das câmaras
de gás do campo de Birkenau. Eles e os respectivos
cúmplices, como um grupo de mulheres do campo de
trabalho de Monowitz foram assassinados.
Quando
o exército soviético libertou o campo de Auschwitz
a 27 de Janeiro de 1945, encontraram cerca de 7.600 sobreviventes
aí abandonados. Mais de 58.000 prisioneiros haviam
sido evacuados pelos nazis e, finalmente, mortos na Alemanha.
Em 1946 a Polônia fundou o museu no local do campo
de concentração de Auschwitz em memória
das respectivas vítimas. Em 1994, cerca de 22 milhões
de visitantes (700.000 anualmente) tinham então trespassado
o portão onde foi escrito, cinicamente: O trabalho
liberta.
Portão de entrada de Auschwitz
onde
se pode ler: 'O trabalho liberta'.
Torres de vigia e arame farpado a
dividir o campo de Auschwitz
em diversos setores.
Fornos crematórios de Auschwitz.
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