HISTÓRIA DAS CIVILIZAÇÕES ANTIGAS III

 

DECLÍNIO DA IDADE MÉDIA

 

Começa no século XI, no período conhecido como baixa Idade Média. O aumento da população, o desenvolvimento do comércio e das cidades e a ausência dos senhores feudais em virtude das Cruzadas provocam o enfraquecimento dos feudos e o crescimento do poder dos reis. Surgem as monarquias feudais de caráter nacional, multiplicam-se as guerras e ocorrem epidemias e surtos de fome.

 

IDADE MODERNA

 

Compreende o período histórico que, na Europa, se estende da queda do Império Romano do Oriente para os turcos, em 1453, até a Revolução Francesa, em 1789. Constitui o período de transição do feudalismo para o capitalismo. Tem como principais marcos a formação dos Estados nacionais modernos, o renascimento cultural, a expansão marítima, a descoberta de novos territórios, as reformas e contra-reformas cristãs, o colonialismo, o surgimento das monarquias absolutistas, o Iluminismo e a independência dos Estados Unidos.

Formação dos Estados Nacionais

O Estado moderno consolida-se com a centralização das monarquias portuguesa, espanhola, inglesa e francesa do final do século XV e durante o século XVI. Elas estabelecem a propriedade real sobre o solo e as minas e garantem o controle sobre a produção, principalmente de ouro e prata. Fundam companhias mercantis para manter o monopólio da Coroa sobre o comércio de metais preciosos e escravos das colônias e criam um sistema de impostos.

 

RENASCIMENTO DO COMÉRCIO

 

Ganha impulso com a evolução dos transportes, o incremento das manufaturas, o aumento da produção de metais e a criação de uma economia monetária. A partir do século XI, aumenta o número de mercadores que realizam o comércio a longa distância entre os territórios da Europa Central, a Escandinávia e o Oriente. O transporte naval ganha impulso com a construção de caravelas, permitindo a navegação em alto-mar. Para proteger as caravanas, são construídas praças fortificadas, ou burgos. Eles se multiplicam nas rotas de comércio e próximo aos castelos feudais.

Feiras – Espécie de mercados periódicos, que se estabelecem em determinadas localidades, onde os mercadores realizam um comércio internacional. Organizadas geralmente uma vez por ano, constituem um grande acontecimento social, com festas e competições. Muitas delas dão origem a cidades.

Corporações de ofício – Associações obrigatórias, que controlam e regulamentam o processo produtivo artesanal, determinando qualidade, preço, quantidade produzida, margem de lucro e o aprendizado e hierarquia dos ofícios. Os mestres de cada ofício são os que detêm as ferramentas e fornecem a matéria-prima.

Guildas – Associações formadas entre as corporações artesanais para apoio mútuo e controle da regulamentação dos ofícios.

Hansa – Mercadores germânicos do litoral do mar Báltico agrupam-se em cooperativas mercantis a partir do século XI e desenvolvem um intenso comércio marítimo. O reflorecimento do comércio aumenta a circulação de dinheiro. Em 1259 Lübeck se une com as cidades de Hamburgo, Wismar e Rostock. Em 1358, para assegurar maiores vantagens comerciais, formam a Liga Hanseática, reunindo mais de 200 cidades.

 

RESSURGIMENTO DAS CIDADES

 

Tem por base os burgos, o crescimento destes como centros comerciais e o incremento da economia monetária, que propiciam a ascensão da burguesia e o início das relações de produção capitalistas. O ressurgimento das cidades é facilitado pelos senhores feudais, que lhes outorgam privilégios e liberdades, mas impõem o governador ou alcaide como seu representante.

Aliança rei e burguesia A monarquia encontra na burguesia e no comércio crescente entre as cidades uma fonte poderosa de recursos e incentiva as reivindicações dos burgueses contra os senhores feudais. Em troca, conta com o apoio da burguesia, que facilita a luta da monarquia para submeter os senhores feudais. Estabelece-se, assim, uma aliança entre o rei e a burguesia, que é decisiva para a constituição das monarquias nacionais européias a partir do século XIII.

 

REINO DE PORTUGAL

Forma-se no processo da reconquista dos Estados cristãos contra o domínio árabe na península Ibérica em 1139. O reino de Castela tenta dominar Portugal desencadeando a Revolução de Avis, que termina na batalha de Aljubarrota, em 1385, vencida por João I, da dinastia de Avis. Portugal torna-se a primeira monarquia nacional independente da Europa e a pioneira na expansão marítima africana e atlântica.

REINO DA FRANÇA

O fim da Guerra dos Cem Anos, em 1453, não significa a paz para o reino francês. A partir de 1521, a França enfrenta o avanço dos Habsburgo, que conquistam a Coroa imperial germânica e pretendem a hegemonia européia. As guerras com o império germânico se estendem até 1556. O reino francês também se envolve nos conflitos religiosos do período e realiza oito guerras contra os huguenotes (protestantes) entre 1562 e 1598. Em 1610, com Luís XIII, tem início o Estado absolutista.

 

REINO DA INGLATERRA

A partir de 1272 Eduardo III introduz reformas que consolidam o poder real. Anexa o país de Gales à Inglaterra, expulsa os judeus e ocupa a Escócia. Um levante popular em 1297 dá início à guerra de resistência dos escoceses, que se prolonga até 1314. Durante a Guerra dos Cem Anos, a Inglaterra também enfrenta rebeliões camponesas e insurreições dos nobres. Nesse período surge a consciência nacional inglesa, o Parlamento transforma-se num órgão permanente da monarquia e se forma um exército nacional.

 

REINO DA ESPANHA

Tem por base a permanência de reinos feudais cristãos (Castela, Leão, Navarra e Aragão) durante a dominação árabe. A partir do século XI, os reinos iniciam a reconquista, conseguindo a supremacia cristã no século XIII. Em 1492, os árabes são expulsos definitivamente da península. Em 1469, Castela e Aragão realizam uma união dinástica e iniciam a expansão marítima. Entre 1517 e 1556 passa a fazer parte do império germânico dos Habsburgo, sob Carlos V. Em 1556, Felipe II é coroado rei da Espanha, dando início ao período absolutista.

 

REINO DA POLÔNIA

A formação do Estado aristocrático polonês começa com Sigismundo, em 1506. Em 1569 estabelece um regime unitário com a Lituânia e reforça os privilégios da nobreza e a servidão. Entre 1572 e 1575 a disputa sucessória conduz ao trono Estêvão Bathory, que reforça o exército, alia-se à Suécia e guerreia com sucesso o czar Ivan IV, da Rússia. Em 1610 as pretensões de Ladislau de ocupar o trono moscovita fracassam diante da resistência russa.

 

REINO DA RÚSSIA

Os séculos XII e XIII são de declínio econômico e político, com a Rússia fracionada em senhorios territoriais. O principado de Moscou transforma-se em núcleo aglutinador e em 1328 já exerce uma política hegemônica. Entre 1462 e 1505 Ivan III proclama-se czar, constrói o Kremlin como residência do monarca e transforma o principado de Moscou num Estado unitário. Em 1553 Ivan IV, o Terrível, reforma o governo, a legislação e o exército e estabelece um sistema despótico com vistas a realizar a expansão para o sul e na Sibéria. À morte de Ivan segue-se um período de desordens em virtude de disputas dinásticas e sublevações camponesas. Em 1613 tem início a dinastia absolutista.

 

REINO DA DINAMARCA

Os conflitos entre a Coroa, a nobreza e o clero se estendem até 1326, quando o duque de Schleswig é eleito rei. À unificação monárquica segue-se um período de guerra. Em 1397 a rainha Margarida unifica os reinos sueco e norueguês sob a hegemonia dinamarquesa, mas essa união não resiste à sublevação dos suecos em 1464. Durante o século XVI ocorre a expansão do protestantismo. Em 1611 o reino tenta nova reunificação, mas fracassa em virtude da guerra contra a Suécia.

 

REINO DA SUÉCIA

Une-se ao reino da Noruega em 1319 e, de 1397 à 1464, ao reino da Dinamarca. Sublevações conduzem à separação do reino sueco, apesar da hegemonia dos dinamarqueses, que aniquilam seus adversários em Estocolmo, em 1520. Com a expulsão dos dinamarqueses, Gustavo é eleito rei e funda o Estado sueco. Reorganiza a administração, institui um tribunal de contas e introduz a reforma protestante no país. Em 1592 a coroa sueca une-se à polonesa, mas em 1604 a união é desfeita. Em 1611 o reino sueco é rigidamente centralizado. Separa o poder civil do militar, cria o exército mais moderno da Europa e impõe a hegemonia sueca no Báltico.

 

CONFEDERAÇÃO DA SUÍÇA

Pertencente ao Império Germânico até 1230, fraciona-se com o surgimento de comunidades politicamente independentes (cantões). Em 1291, diante do avanço dos Habsburgo, os cantões camponeses unem-se numa confederação, que também passa a abrigar os cantões urbanos, em 1332. Estes entram em disputa com os cantões rurais pela hegemonia, provocando uma crise só resolvida em 1444. Em 1499 é reconhecida a independência da Confederação Suíça.

 

REINO DA ALEMANHA

Também conhecido como Império Germânico, a partir de 1521 se envolve com a reforma protestante. Vários príncipes confiscam os bens eclesiásticos, enquanto os príncipes católicos fomam a Liga de Dessau para defender os interesses da Igreja. A organização dos príncipes em Ligas, a disputa entre elas e a rebelião camponesa iniciada em 1524 debilitam o poder real, em constantes guerras contra a França. Entre 1546 e 1547 o imperador Carlos V tenta recuperar a hegemonia e resolver a questão religiosa. Entre 1555 e 1619 o império se enfraquece e os príncipes consolidam seus Estados territoriais, criando administrações e igrejas próprias. A Guerra dos Trinta Anos, iniciada em 1618, reforça o processo de fracionamento germânico. Em 1648 o império compõe-se de 300 territórios soberanos sem qualquer sentimento nacional comum.

 

PENÍNSULA ITÁLICA

O fim da política imperial germânica sobre a Itália, em 1269, cria instabilidade nas cidades e propicia a instauração do senhoriato e a criação de milícias mercenárias. Intensificam-se os conflitos internos e as guerras entre os Estados, incluindo-se o Estado Pontifício. Em 1495 a França conquista Nápoles e derruba os Estados italianos, dando início a uma série de guerras, envolvendo Alemanha, Suíça e Inglaterra, na qual a Espanha (Habsburgos) leva vantagem. A divisão da Itália em Estados independentes ou integrados ao reino Habsburgo permanece até 1713.

Transição capitalista

Começa a partir do século XIII com o surgimento de novas relações econômicas. Ganham corpo a economia monetária, a sociedade de mercado, novas relações de trabalho e o mercantilismo colonial. O centro da vida econômica, social e política transfere-se dos feudos para as cidades.

Consolidação das cidades e do comércio – Com o abandono dos campos e feudos, o fluxo populacional se dirige às cidades, onde ocorre intensificação do intercâmbio comercial e da produção urbana, centrada na indústria caseira e manufaturas. As cidades proporcionam uma sociedade de homens livres e mão-de-obra assalariada. As classes sociais começam a ser determinadas por sua posição econômica. O aumento da riqueza, a fundação de universidades e bibliotecas, os novos descobrimentos e a invenção da imprensa possibilitam um renascimento cultural. Os nobres deixam os castelos rurais e passam a construir palácios nos centros urbanos.

 

REVOLUÇÃO COMERCIAL

O desenvolvimento comercial resulta a partir do século XV, em transformações profundas na economia européia. A moeda torna-se fator primordial da riqueza e as transações comerciais são monetarizadas. A produção e a troca deixam de ter caráter de subsistência e visam atender aos mercados das cidades. As companhias mercantis contam com técnicas contábeis e adotam novas formas de comercializar, como as cartas de crédito e de pagamento. As minerações de ouro e prata conhecem o auge. Intensifica-se a busca frenética por novas minas na África e nas Índias. A navegação e o comércio de alto-mar ganham impulso com a construção de novos tipos de embarcação e o aperfeiçoamento da cartografia e de instrumentos como a bússola.

Mercantilismo – A expansão do comércio marítimo com a África e a Ásia e a descoberta de novos territórios conduzem a um intenso processo de produção e transferência de riquezas para a Europa. Para dar continuidade a esse processo, as monarquias nacionais européias fundam companhias mercantis, estabelecem o monopólio comercial e iniciam uma política de colonização.

Monopólio mercantil – É a base do mercantilismo e do colonialismo. Em associação com a classe comercial, as monarquias nacionais formam companhias especiais, como a das Índias, responsáveis pela manutenção do monopólio real sobre o solo dos territórios coloniais. Montam exércitos próprios e financiam a pirataria, a mineração, as plantations e o tráfico negreiro. A nova importância dada à moeda torna a busca dos metais preciosos (ouro e prata) um dos principais objetivos da conquista e exploração dos novos teritórios.

Surgimento dos bancos – A acumulação de dinheiro (capital) conduz à criação dos bancos ou casas de crédito e empréstimos a juros. A Arte di Cambio, em Siena; a Casa di San Giorgio, em Gênova; os Montes Pietatis e a Taula de Cambi, em Barcelona, são bancos fundados no início do século XV.

 

MONARQUIAS NACIONAIS EUROPÉIAS

 

A formação e consolidação de monarquias nacionais, subjugando os reinos ou principados feudais, decorre da necessidade de atender ao crescimento econômico, proteger o comércio, unificar taxas e leis, normatizar pesos e medidas e controlar a moeda. As monarquias nacionais começam com as tentativas de consolidação das monarquias feudais e resultam em numerosas guerras e conflitos.

Formação do Sacro Império Romano-Germânico – Os reinos germânicos derivam do Império Franco dos carolíngios. Terminada a dinastia carolíngia, os duques da Fracônia, Saxônia, Suábia e Baviera fundam o Reino Germânico. Em 936 Oton I assume o trono e depois de derrotar os húngaros é sagrado imperador pelo papa João XII em 962. Começa então o Sacro Império Romano-Germânico (o I Reich), que duraria quase mil anos até 1806. Em 1273 é criada a Ordem dos Príncipes Eleitores, que passa a escolher o imperador. Um Habsburgo é o primeiro imperador eleito e volta-se para a expansão territorial. Em 1308 é substituído por um imperador da Casa de Luxemburgo. A partir de 1438 o comando do império passa a ser definido por meio da expansão militar e de acordos matrimoniais e hereditários. Com freqüência a Coroa do império é ocupada pelos Habsburgo.

Monarquia francesa – A dinastia dos Capeto se firma com Luís VI, o Gordo, em 1108. Os Capeto colocam o rei como chefe supremo de todos os feudos. Os vassalos dos senhores feudais passam a dever obediência a ele. A partir de 1285, Felipe, o Belo, consolida a monarquia. Sem filhos homens, Felipe morre sem deixar herdeiros e termina a dinastia dos Capeto em 1328. A Coroa passa à Casa de Valois (Felipe VI), mas é disputada também por Eduardo III, da Inglaterra, o que dá início à Guerra dos Cem Anos.

Felipe, o Belo (1268-1314), rei da França, filho de Felipe III, o Ousado, e Isabel de Aragão. Político realista e cuidadoso, cerca-se de legistas que extraem do direito romano a idéia da onipotência real. Chamado de “moedeiro falso”, lança impostos sobre os bens eclesiásticos e impede a saída de recursos destinados à Santa Sé para fora da França. É excomungado pelo papa Bonifácio VIII.

Monarquia inglesa – Após a conquista do rei normando Guilherme, todos os vassalos passam a dever fidelidade ao rei. A sucessão desencadeia disputas que resultam em guerra civil. Em 1153, Henrique de Anjou, bisneto de Guilherme, o Conquistador, é reconhecido sucessor e ocupa o trono como Henrique II, dando início à dinastia dos Plantageneta. Henrique II reforça a monarquia e, em 1171, começa a conquista da Irlanda. É sucedido por seu filho Ricardo I, apelidado de Coração de Leão.

Ricardo Coração de Leão (1157-1199), terceiro filho de Henrique II, alia-se ao rei da França, Felipe II, contra seu pai. Ao tornar-se rei, renuncia à aliança francesa. Dos dez anos de seu reinado passa nove fora da Inglaterra, participando da 3a Cruzada. Em 1191 conquista Chipre. As intrigas entre o rei da França e seu irmão, João Sem-Terra, levam-no a deixar a Palestina. Ao retornar, é tido como prisioneiro pelo duque da Áustria, que o entrega ao imperador Henrique VI.

Magna Carta – É assinada em 1215 pelo rei João Sem-Terra, irmão de Ricardo Coração de Leão, por imposição dos senhores e bispos ingleses, descontentes com os abusos do soberano. Resulta da rebelião da nobreza, que obriga o rei a obedecer as leis antigas e garantir, por escrito, os privilégios dos barões.

 

PESTE NEGRA

 

A epidemia altamente infecciosa atinge a Europa por volta de 1347, quando chega a Gênova um navio italiano vindo do mar Negro com toda a tripulação morta pela doença. A peste, transmitida ao homem por pulgas de ratos, espalha-se rapidamente pela Europa Central e Ocidental e dizima a população da maioria dos países europeus. Apenas regiões muito frias, como o norte da Escandinávia, escapam da epidemia, porque ali os ratos não sobrevivem.

 

GUERRA DOS CEM ANOS

 

Desencadeada por Eduardo III, da Inglaterra, a partir de 1337, contra a França, pela sucessão dinástica de Carlos VI. Com um exército eficiente, Eduardo estabelece alianças com as cidades flamengas e toma Calais em 1347. O Príncipe Negro, de Gales, filho de Eduardo III, captura o rei francês, em 1356, na batalha de Malpertuis. Em 1360, na Paz de Bretigny, Eduardo III renuncia à Coroa francesa em troca do reconhecimento de sua soberania sobre o sudoeste francês. Mas em 1369 Carlos V reinicia a guerra. A Inglaterra é forçada a abandonar o território francês, embora mantenha Bordeaux, Calais e Bayonne. Em 1415 reacende-se a guerra. Os franceses são derrotados por Henrique V e os ingleses ocupam a Normandia e Paris em aliança com a Borgonha. Em 1437 o rei francês Carlos VII reconquista Paris e, por meio de reformas administrativas e militares, recupera a Normandia em 1449 e toma Bordeaux em 1453 (mesmo ano da queda de Constantinopla), dando fim à guerra.

Joana d'Arc (1412-1431), filha de um casal de lavradores, nasce em Domrémy. Chamada de "a donzela de Orléans", aos 13 anos diz ouvir vozes divinas ordenando que salve a cidade, sitiada pelos ingleses. À frente de um pequeno exército, derrota os invasores, reacende o nacionalismo francês e conduz o rei Carlos VII a Reims, onde é coroado. Presa pelos borgonheses, aliados dos ingleses, é considerada feiticeira e denunciada a um tribunal religioso. Declarada herética, é queimada viva em Rouen, aos 19 anos. A Igreja Católica reconhece sua santidade e a beatifica em 1909. É canonizada em 1920.

GUERRA DAS DUAS ROSAS

 

De 1455 a 1485 as casas reais inglesas de Lancaster (rosa vermelha) e de York (rosa branca) travam a Guerra das Duas Rosas. Ricardo de York, o maior senhor feudal inglês, aspira ao trono e aprisiona o rei Henrique VI, mas é derrotado na batalha de Wakefiel, em 1460. Eduardo IV, de York, vence a batalha de Towton, em 1461, e ascende ao trono, sob a tutela do conde de Warwick. Mas este se alia aos Lancaster e devolve a Coroa a Henrique VI. Na batalha de Barnet, em 1471, Warwick, Henrique VI e outros membros da Casa de Lancaster são mortos. Em 1483 morre Eduardo IV e o trono é usurpado por seu irmão Ricardo III, após mandar estrangular os sobrinhos e herdeiros da Coroa. Mas o herdeiro conjunto das Casas de Lancaster e York, Henrique VII, desembarca em Gales em 1485, derrota Ricardo na batalha de Bosworth e funda a dinastia Tudor.

Fortalecimento do poder real – Nos períodos de guerra surge a necessidade de centralização do poder, até então disperso entre vários senhores feudais. No final da Idade Média, o poder real se encontra fortalecido e a nobreza feudal entra em declínio. Essa situação favorece a ascensão da burguesia.

RENASCIMENTO CULTURAL

 

Manifesta-se através de uma explosão de criações artísticas, literárias e científicas que revalorizam a Antiguidade clássica greco-romana e o humanismo. Chocam-se com os dogmas religiosos e as proibições da Igreja Católica, enfrentam a Inquisição e criticam o mundo medieval. Vários dos literatos e cientistas desse período são perseguidos e mortos. Seus precursores são Dante Alighieri, Petrarca e Bocaccio.

Mecenas – A difusão das idéias da Antiguidade clássica na Itália e outros centros europeus se dá, inicialmente, por emigrados gregos, judeus e bizantinos . Mas é a concentração da riqueza nos comerciantes e banqueiros dos centros urbanos que permite transformar a arte e a cultura em produtos comerciais e fazer com que potentados econômicos como os Medici de Florença se tornem grandes mecenas ou incentivadores do movimento cultural e artístico da época.

 

HUMANISMO

 

Tem por base o neoplatonismo, que exalta os valores humanos e tenta dar nova dimensão ao homem. O humanismo se expande a partir de 1460, com a fundação de academias, bibliotecas e teatros em Roma, Florença, Nápoles, Paris e Londres. A escultura e a pintura redescobrem o corpo humano . A arquitetura retoma as linhas clássicas e os palácios substituem os castelos. A música instrumental e vocal polifônica se sobrepõe ao cantochão (monótico). Expandem-se a prosa e a poesia literárias, a dramaturgia, a filosofia e a literatura política.

Filosofia – O holandês Erasmo de Roterdã rechaça a intolerância escolástica, critica a guerra, a avareza, os vícios da igreja e nega a predestinação. Vives, da Espanha, afirma que os sentidos abrem caminho ao conhecimento, propõe o método indutivo e inicia a psicologia. Giordano Bruno, da Itália, defende a idéia de um infinito sem ponto central e de uma única matéria universal, da qual Deus seria o intelecto.

Literatura poética – O italiano Ariosto cria o poema épico cavaleiresco, legendário e realista. Tasso exprime o sentimento religioso da contra-reforma. Rabelais (França) faz poemas satíricos e epicuristas. Camões (Portugal) cria a épica dos descobrimentos marítimos.

Dramaturgia – Marlowe, inglês, recupera a tradição germânica do Dr. Fausto. Ben Jonson, também inglês, retoma as lendas sobre os alquimistas. Gil Vicente (Portugal) faz novelas picarescas. Shakespeare (Inglaterra), com dramas históricos, comédias de intrigas e tragédias, torna-se o maior dramaturgo de todos os tempos.

Artes plásticas – Michelangelo (Itália) esculpe Moisés e Pietá , pinta o teto, as paredes principais e o altar-mor da Capela Sistina. Leonardo da Vinci (Itália) projeta palácios, inventa mecanismos, faz esculturas e pinta a Santa Ceia, Mona Lisa ou Gioconda. Fra Angélico, Boticelli, Rafael, Tiziano, Tintoretto e El Greco são destaques numa legião de pintores italianos e espanhóis que deixam obras inigualáveis.

Literatura política – Maquiavel (Itália) é o iniciador do moderno pensamento político. Morus (Inglaterra) critica a sociedade feudal e descreve um Estado ideal (Utopia), localizado numa república de organização comunitária. Campanela (Itália) afirma o princípio da autoconsciência e descreve uma sociedade ideal inspirada em Morus.

Nicolau Maquiavel (1469-1527), historiador, político e filósofo italiano. A partir de 1498 é chanceler e depois secretário das relações exteriores da República de Florença. Desempenha missões no exterior e, em 1502, passa cinco meses como embaixador junto a Cesare Borgia, cuja política enérgica e inescrupulosa lhe inspira admiração. O fim da República e a volta dos Medici ao poder, em 1512, leva-o ao exílio. Nesse período escreve sua obra mais famosa, O príncipe, marco do pensamento político moderno. O livro é uma espécie de manual de política destinado a ensinar aos príncipes como manter o poder, mesmo às custas de mentira e meios amorais. Torna famoso o princípio “Os fins justificam os meios”.

Grandes invenções – O polonês Copérnico fundamenta a noção de que o Sol é o centro do universo (heliocentrismo). Paracelso, da Suíça, reforma a química e a medicina. Leonardo da Vinci inventa a prensa hidráulica e as máquinas voadoras. O alemão Kepler inventa o telescópio e demonstra as teorias de Copérnico. O italiano Galileu Galilei desenvolve métodos científicos de análise da realidade e de comprovação experimental. A imprensa de letras metálicas móveis é inventada pelo alemão Johann Gutemberg em 1445. A pólvora começa a ser utilizada como arma de guerra. Em 1500 é inventado o relógio de bolso.

 

REFORMA

 

Conjunto de movimentos de caráter religioso, político e econômico que contestam os dogmas católicos, entre 1517 e 1564. Tem início na Alemanha e provoca a separação de uma parte da comunidade católica da Europa, originando o protestantismo. Ocorre paralelamente ao renascimento cultural humanista, às insurreições da nobreza, às rebeliões camponesas, à expansão do mercantilismo e do sistema colonial e às guerras entre as monarquias européias.

Reforma luterana - Iniciada em 1517 pelo monge alemão Martinho Lutero. Defende que a fé é o elemento fundamental para a salvação do indivíduo. Rompe com a Igreja Católica em 1519, ao negar o primado do papa. A igreja considera heréticas as 95 teses de Lutero, afixadas à porta do castelo de Wittenberg. Elas protestam contra a venda das indulgências, os perdões concedidos pelo papa e o relaxamento dos costumes do clero.

Apoio a Lutero - Com a simpatia de diferentes setores da nnobreza e camponeses, o protestantismo de Lutero difunde-se rapidamente na Alemanha. Resulta na dissolução das ordens monásticas, na revogação do celibato clerical, na secularização dos bens da igreja pela nobreza e na substituição da autoridade eclesiástica pela autoridade do Estado. Na esteira dos protestos de Lutero surgem seitas e rebeliões que contestam a autoridade de Roma. Grupos místicos surgem em Waldshut, Nuremberg, Suábia, Silésia, Leiden e Münster.

Reforma anglicana - Promulgada em 1534 pelo rei Henrique VIII, da Inglaterra. Usa como pretexto a recusa do papa em aceitar seu divórcio da rainha espanhola Catarina de Aragão. Henrique VIII rompe com a Igreja Católica e cria o anglicanismo. É reconhecido como chefe supremo da Igreja da Inglaterra. Entre 1553 e 1558 ocorre a reação católica, com o reinado de Maria Tudor. Seu casamento com Felipe II da Espanha transforma a reforma religiosa numa questão nacional. Entre 1559, sob Elisabeth I, é renovada a soberania da Coroa sobre a igreja e ratificada a liturgia anglicana, tendo por base a confissão calvinista reformada.

Henrique VIII (1491-1547) nasce em Greenwich e torna-se herdeiro do trono da Inglaterra em 1502, após a morte do irmão mais velho. Em 1509 é coroado e casa-se com Catarina de Aragão, a viúva de seu irmão. Poliglota, esportista e estudioso de teologia, retoma a doutrina de Lutero, o que lhe vale o título de defensor da fé, concedido pelo papa Leão X. Com o apoio do Parlamento e do povo, descontente com os privilégios e poderes eclesiásticos, nomeia-se chefe da Igreja da Inglaterra em 1531. Em 1533, obtém a anulação de seu casamento e confirma a união com Ana Bolena, que três anos depois é decapitada por adultério. Casa-se mais quatro vezes.

Reforma calvinista - Surge da tentativa fracassada de Zwinglio de implantar a reforma luterana na Suíça. Ela é retomada por Bullinger e pela união dos zwinglianos com a igreja de Calvino, em 1549. Pela dogmática do francês João Calvino, refugiado em Genebra, o homem está predestinado à salvação ou à condenação. Pode salvar-se quem santificar a vida cumprindo seus deveres. A Igreja e o Estado devem estar separados, com predomínio da primeira.

Ética protestante - Calvino considera o cristão livre de todaas as proibições não explicitadas nas Escrituras, o que torna as práticas do capitalismo lícitas, em especial a usura, condenada pela Igreja Católica. De acordo com a teoria da predestinação, a idéia de que Deus concede a salvação a poucos eleitos, o homem deve buscar o lucro por meio do trabalho e da vida regrada. Surge a identificação da ética protestante com o capitalismo, que se torna atraente para a burguesia.

Henrique VIII (1491-1547) nasce em Greenwich e torna-se herdeiro do trono da Inglaterra em 1502, após a morte do irmão mais velho. Em 1509 é coroado e casa-se com Catarina de Aragão, a viúva de seu irmão. Poliglota, esportista e estudioso de teologia, retoma a doutrina de Lutero, o que lhe vale o título de defensor da fé, concedido pelo papa Leão X. Com o apoio do Parlamento e do povo, descontente com os privilégios e poderes eclesiásticos, nomeia-se chefe da Igreja da Inglaterra em 1531. Em 1533, obtém a anulação de seu casamento e confirma a união com Ana Bolena, que três anos depois é decapitada por adultério. Casa-se mais quatro vezes.

Reforma calvinista – Surge da tentativa fracassada de Zwinglio de implantar a reforma luterana na Suíça. Ela é retomada por Bullinger e pela união dos zwinglianos com a igreja de Calvino, em 1549. Pela dogmática do francês João Calvino, refugiado em Genebra, o homem está predestinado à salvação ou à condenação. Pode salvar-se quem santificar a vida cumprindo seus deveres. A Igreja e o Estado devem estar separados, com predomínio da primeira.

 

CONTRA-REFORMA

 

Compreende o conjunto das medidas adotadas pela Igreja para defender-se, como as reformas internas, a fundação da Companhia de Jesus e o Concílio de Trento. Cria novas ordens eclesiásticas, como a dos teatinos, capuchinhos, barbabitas, ursulinas e oratorianos.

Companhia de Jesus – Criada em 1534 por Inácio de Loyola. Com organização militar e disciplina rígida, coloca-se incondicionalmente a serviço do papa. Desempenha papel fundamental na renovação da Igreja, na luta contra os hereges e na evangelização da Ásia e Américas.

Concílio de Trento – De 1545 a 1563, convocado por Paulo III para assegurar a unidade de fé e a disciplina eclesiástica. Regula as obrigações dos bispos e confirma a presença de Cristo na eucaristia. São criados seminários como centros de formação sacerdotal e reconhece-se a superioridade do papa sobre a assembléia conciliar. É instituído o índice de livros proibidos (Index Librorum Prohibitorum) e reorganizada a Inquisição.

 

GUERRA DOS TRINTA ANOS

 

É a primeira grande guerra européia. Começa em 1618 como conflito religioso envolvendo católicos e protestantes e adquire caráter político em torno das contradições entre Estados territoriais e príncipes. Envolve a Áustria, Hungria, Espanha, Holanda, Dinamarca, França e Suécia, entre outros. Termina em 1648 com a Paz de Westfalia, na qual são reconhecidas as liberdades dos calvinistas e demais protestantes. As devastações no território alemão, a redução da população, a disseminação da barbárie e a repressão sangrenta às mulheres acusadas de bruxaria facilitam a restauração do império pelos príncipes. Desaparece a hegemonia dos Habsburgo. Portugal, Áustria e Holanda conquistam a independência. França, Suécia, Baviera e Prússia ampliam suas áreas territoriais à custa da Alemanha.

INDEPENDÊNCIA DOS EUA

 

A Independência dos Estados Unidos destrói a unidade do sistema colonial, colaborando decisivamente para a derrocada do Antigo Regime. As 13 colônias, estabelecidas a partir do século XVII no território norte-americano, contam, nas últimas décadas do século XVIII, com mais de 2 milhões de colonizadores. No centro – Pensilvânia, Nova York, Nova Jersey e Delaware – e no norte – Massachusetts, New Hampshire, Rhode Island e Connecticut – europeus exilados por motivos políticos ou religiosos vivem em pequenas e médias propriedades. Embora a Inglaterra proíba o estabelecimento de manufaturas nas colônias, a incipiente indústria do centro-norte não é incomodada pelas autoridades, pois não compete com o comércio da metrópole. No sul – Virgínia, Maryland, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Geórgia – predomina a grande propriedade rural, ocupada pela monocultura dirigida à exportação e tocada pela mão-de-obra escrava, com pouco espaço para o trabalho livre. Os nortistas, no entanto, atravessam as fronteiras e concorrem com o comércio metropolitano, levando a Inglaterra a endurecer a política com as colônias.

Influência da Guerra dos Sete Anos – Travada de 1756 a 1763 entre a Inglaterra e a França e vencida pelos ingleses, transfere para a Coroa britânica a maioria das possessões francesas, incluindo as terras situadas na América, a oeste das 13 colônias. Como os colonos norte-americanos não haviam contribuído para o esforço militar inglês, o Parlamento decide cobrar deles os custos da guerra, aumentando as taxas e reforçando os direitos da Coroa no continente.

Novos impostos ingleses – São cobrados para cobrir as despesas com uma força militar de 10 mil homens deslocada para a América pelos ingleses. O Parlamento aprova, em 1764, a Lei do Açúcar (Sugar Act) e, em 1765, a Lei do Selo (Stamp Act).

Lei do Açúcar Proíbe a importação de rum estrangeiro e taxa a importação de carregamentos de açúcar procedentes de qualquer lugar que não das Antilhas britânicas.

Lei do Selo – Institui a cobrança de impostos sobre documentos, impondo selagem até a baralhos e dados. As leis do Açúcar e do Selo são revogadas por pressões dos colonos e dos comerciantes ingleses, boicotados pelos norte-americanos.

Lei dos Alojamentos – É aprovada em 1765 e exige dos colonos norte-americanos o pagamento pelos alojamentos e alimentação das tropas inglesas.

Lei do Chá (Tea Act) – É o estopim da crise entre a colônia e a metrópole, pois dá o monopólio do comércio do chá à Companhia das Índias Orientais, depositária dos interesses de diversos políticos ingleses. Com a nova legislação, a Companhia transporta o chá diretamente das Índias para a América, prejudicando os intermediários residentes na colônia.

Festa do chá em Boston – Nome pelo qual é conhecida a destruição, em 1773, de três centenas de caixas de chá retiradas dos navios ingleses, no porto de Boston, por comerciantes disfarçados de índios.

Leis Intoleráveis – O nome designa as leis promulgadas pelo Parlamento, em 1774, em represália à revolta da Festa do chá, com o objetivo de conter o clima de insubordinação. O porto de Boston é interditado até o pagamento dos prejuízos e são tomadas outras medidas severas, como o julgamento e a punição de todos os colonos envolvidos em distúrbios contra a Coroa. As Leis Intoleráveis provocam a convocação do Primeiro Congresso Continental de Filadélfia (1774), não-separatista, cujos participantes pedem ao rei e ao Parlamento a revogação da legislação autoritária como forma de concretizar a igualdade de direitos dos colonos.

Batalha de Lexington – Acontece em 1775, quando um destacamento inglês tenta destruir um depósito de armas controlado pelos rebeldes e encontra feroz resistência por parte de tropas coloniais semi-improvisadas. É considerado o marco inicial da guerra pela independência. Os colonos se organizam militarmente e são declarados rebeldes pelo trono inglês. A revolta contra a Inglaterra se instala de forma declarada.

Guerra da Independência – Começa em 1775, com a tomada de Boston pelos norte-americanos, e se estende até 1781, com a derrota da Coroa. Em 1776, a Virgínia declara-se independente. O Segundo Congresso da Filadélfia, reunido desde 1775, nomeia George Washington, da Virgínia, comandante das tropas norte-americanas e conclama os cidadãos às armas.

Declaração de Independência – É redigida por uma comissão de cinco membros liderados por Thomas Jefferson. O documento, com mudanças introduzidas por Benjamin Franklin e Samuel Adams, é promulgado em 4 de julho de 1776, na Filadélfia, por delegados de todos os territórios. A Declaração de Independência dos Estados Unidos é inspirada nos ideais do Iluminismo e defende a liberdade individual e o respeito aos direitos fundamentais do ser humano.

George Washington (1732-1799), filho de um grande proprietário de terras da Virgínia, torna-se agrimensor. É encarregado de levar um ultimato aos franceses que haviam invadido terras do Ohio. Não é atendido e recebe o posto de tenente-coronel, participando da luta contra os franceses, derrotados em 1758. Eleito para o Parlamento da Virgínia (1759-1774), ataca a política colonial inglesa. Com o início da guerra da Independência, em 1775, é nomeado comandante-em-chefe, cargo que ocupa até a vitória final dos norte-americanos. É convocado para presidir a convenção federal da Filadélfia, quando coloca a Constituição de 1787 em votação. Em 1789 é eleito, por unanimidade, o primeiro presidente dos Estados Unidos. No final de 1792, é reeleito por unanimidade e, terminado o mandato, recusa-se a concorrer novamente, estabelecendo uma norma eleitoral nos Estados Unidos.

Ajuda francesa – A participação de tropas francesas é decisiva na consolidação das lutas pela independência dos EUA. A intervenção acontece graças à afinidade com os norte-americanos em relação aos ideais libertários do Iluminismo. É também um revide à derrota sofrida na Guerra dos Sete Anos. Os franceses fornecem o capital necessário para sustentar o movimento e aliciam os espanhóis contra os ingleses. A participação da Marinha francesa é fundamental na ampliação da guerra, levada ao Caribe e às Índias. Finalmente, em 1781, o Exército inglês se rende em Yorktown, depois de sitiado pelas tropas rebeldes.

Tratado de Versalhes – Reunido em 1783, reconhece a independência dos Estados Unidos da América. Os aliados dos norte-americanos são recompensados: a França recupera Santa Lúcia e Tobago, nas Antilhas, e suas possessões no Senegal; a Espanha ganha a ilha de Minorca e a região da Flórida.

Primeira Constituição dos EUA – Proclamada em 1787, representa um compromisso entre a tendência republicana, liderada por Jefferson e responsável pela grande autonomia dos Estados membros da federação, e a tendência federalista, defensora de um poder central forte. No geral, os princípios constitucionais de 1787 continuam em vigor, como a adoção da república federativa presidencialista como forma de governo; a separação dos poderes em Executivo (administração), Legislativo (elaboração das leis) e Judiciário (aplicação da justiça); e o estabelecimento de direitos civis e políticos, como as liberdades de expressão, de imprensa, de crença religiosa e de reunião, a inviolabilidade do domicílio e da correspondência e o direito a julgamento.

 

BIBLIOGRAFIA

 

AYMARD, André & AUBYER, J. História Geral das Civilizações. O Oriente e a Grécia Antiga, 4 ed., Rio de Janeiro: DIFEL, 1977, Vol. I e II, Tomo I

ARIÉS, Philippe e DUBY, G. História da Vida Privada: do Império Romano ao Ano Mil. São Paulo: Cia das Letras, 1990.

CHILDE, Gordon V. O Que Aconteceu na História. 5 ed. , Rio de Janeiro: Guanabara, 1988

DURANT, Will. A História da Civilização: Nossa Herança Oriental. Rio de Janeiro: Record, 1971, Vol. I

______________. História da Civilização: César e Cristo. Rio de Janeiro: Record, 1971. Vol. III.

 

 

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