Todo ser humano é uma
criação de Deus, ou, por outras palavras, é uno com o seu “Pai
no Céu”, como disse o Iniciado Jesus. Tantos homens na Terra,
quantos Deuses no Céu; e, contudo, esses Deuses em verdade são
UM, porque ao terminar cada período de atividade eles se reencontram,
como os raios do Solo poente, na Luz Paterna, o Logos Não-Manifestado,
que por sua vez se funde no Único Absoluto. Devemos dizer que
estes nossos “Pais” sejam, individual ou coletivamente, e em qualquer
circunstância, nosso Deus Pessoal? O Ocultismo responde: Nunca.
Tudo que um homem comum pode saber de seu “Pai” é o que ele conhece
de si mesmo. A Alma de seu “Pai Celeste” está encarnada nele.
Esta Alma é ele mesmo, desde que possa assimilar-se à Individualidade
Divina, enquanto está em seu invólucro o físico, animal. Quanto
invocar este Espírito, é como esperar que sejamos ouvidos pelo
Absoluto. Nossas orações e súplicas serão vãs, se a potencialidade
das palavras não acrescentarmos a eficácia dos atos, e se não
nos empenharmos em tornar nossa aura tão pura e divina que o nosso
Deus interno possa atuar fora de nós, chegando a ser como uma
Potestade externa. Foi assim que indicados, santos e homens puros
se fizeram capazes de ajudar ao próximo tanto quanto a si mesmo,
nos momentos de necessidade, e de realizar o que impropriamente
se chama de “milagre”, contando cada um deles com a assistência
de seu Deus interno, posto em condições.
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