A FLOR DO MARACUJA� | |||||||||||||||
A historia nos conta que ate� mesmo um papa Catolico, Paulo V, ajoelhou-se reverentemente diante de uma flor de Maracuja� que lhe foi enviada do continente americano, tendo naquela ocasiao declarado e ordenado divulgar que tal flor representava um misterio da natureza e uma revela�ao divina....disto ja� sabiam os indios muitos seculos antes, muito antes de ouvirem falar do Cristo Jesus; Para os indios a planta do maracuja� era uma heran�a do ancestral mitico, grande Rei-Sacerdote Divino, ao qual chamavam TOREH, e por isso os Jesuitas usaram a flor do Maracuja� para auxiliar na catequisa�ao...E dai� que hoje muitos indios associam TORE� ao JESUS dos catolicos. | |||||||||||||||
Foi devido `a conforma�ao das flores do Maracuja� e a interpreta�ao que dela faziam os Jesuitas que ela foi associada `a PAIXAO DO CRISTO, o que deu o nome cientifico da planta: PASSIFLORA..."FLOR DA PAIXAO" . Os Jesuitas viam na flor do Maracuja� muitas caracteristicas que remetiam 'a lembran�a da PAIXAO DO CRISTO JESUS: O vermelho e o roxo das flores eram as cores usadas nos rituais da semana santa; a coroa floral completamente filigrada simbolizaria a imagem da coroa de espinhos; os tres estigmas da flor seriam os tres cravos que prenderam o corpo de Jesus na cruz; as cinco anteras seriam a imagem das cinco chagas; as gavinhas seriam uma representa�ao dos a�oites com que Ele fora martirizado. |
|||||||||||||||
CATULO DA PAIXAO CEARENSE- A Flor do Maracuja�: | |||||||||||||||
Encontrando-me com um sertanejo / perto de um pe� de maracuja� / eu lhe perguntei: / diga-me caro sertanejo / porque nasce roxa a flor do maracuja�? Ah, pois entao eu lhi conto / a estoria que ouvi conta� / a razao pro que nasce roxa a fro do maracuja�. Maracuja� ja� foi branco / eu posso inte� lhe ajura� / mais branco qui caridadi / mais brando do que o lua�. Quando a fro brotava nele / la� prus cunfim do sertao / maracuja� parecia / um ninho de argodao. Mais num dia, ha� muito tempo / num meis qui num mi alembro / si foi maio, se foi junho / si foi janero ou dezembro. Nosso sinho Jesus Cristo / foi condenado a morre / numa cruis crucificado / longe daqui como o que/ Pregaro cristo a martelo/ e ao ve tamanha crueza / a natureza inteirinha / pois-se a chora� di tristeza. Chorava us campu, as foia, as ribera/ sabia� tamem chorava / nos gaio da laranjera. E havia junto da cruis / um pe� de maracuja� / carregadinho di fro / aos pe� de nosso sinho. I o sangue de Jesus Cristo / sangue pisado di do / nus pe� du maracuja� / tingia todas as fro / Eis aqui seu mo�o / a estoria qui eu vi conta� / a razao proque nasce roxa / a fro do maracuja�. |