Nasceu em Cruz Alta a 4 de Julho de 1856, sendo batizado a 2 de Dezembro de 1858. Foram padrinhos o Alferes Satyrio de Oliveira Pillar, solteiro, e a av� materna, D. Gertrudes de Almeida Pillar,(B. 07 pg. 61 V.).
17.06.1871- Aos 15 anos, veio com sua m�e e os irm�os mais novos, Jer�nimo e
Gasparino, residir em Passo Fundo, indo
trabalhar no cart�rio de seu cunhado Francisco do Amaral, esposo de
Juvencia Lucas Annes.
12.10.1877 - Abre casa de neg�cio em Passo Fundo.
25.02.1880 - Casou-se com Maria Ferreira Prestes Guimar�es, (Maricas), nascida em 27 de Abril de 1865, filha do ent�o Major Ant�nio Ferreira Prestes Guimar�es, e Ana Theresa Prestes.
11.02.1886 - Deixou de ser negociante.
04.08.1886 - Tomou interinamente o cargo
de tabeli�o em P. Fundo.
16.05.1888 - Foi nomeado tabeli�o em Passo
Fundo.
25.02.1894 - Abandona a cidade, junto com a sua fam�lia e muitas outras, devido a revolu��o federalista, indo para Cruz Alta.
24.03.1894 - Nasceu seu filho P�ndaro em Cruz Alta, no mesmo
dia em que chegou em Vila Rica (atual Julio de Castilhos) a primeira
locomotiva, havendo grandes festejos. Estava sendo prolongada a via f�rrea que
vinha de Santa Maria e rumava ao norte do pa�s.
Gezerino tamb�m era m�dico pr�tico e advogado.
Um livro seu de medicina traz a dedicat�ria:
"Offerecido a meu mano Gezerino Annes, em signal de amisade e gratid�o. Passo Fundo, 7 de Abril de 92. Ass. Gervasio Annes".
"Na gra�a natural
que o distinguia tornando t�o agrad�vel a sua prosa, tinha Gezerino Lucas Annes
repentes que valiam ouro. Roda em que ele
estivesse, j� se sabia: era, pela certa, manancial de gargalhadas. Para
apreciar fato ou caraterisar pess�a, o seu golpe de vista assumia a precis�o de
uma luva. N�o se podia, com sua veia, cuja espontaneidade se patenteava ao p�
da letra, desnorteando o parceiro."
(Antonino Xavier e Oliveira - Seara Velha, p�g. 20. 1931 -Tip. Indep.)
Contava-se
que certa vez, Gezerino prescreveu
um medicamento a um paciente seu que
ao tom�-lo, recuperou a sa�de rapidamente.
Entusiasmado com a efic�cia do rem�dio,
e a compet�ncia do m�dico, esse
senhor prodigalizava-lhes elogios,
aos quatro ventos. Mas sua admira��o
transformou-se em viva indigna��o quando veio a conhecer o nome do medicamento:
"A Sa�de da Mulher"
!
Faleceu a 3 de Setembro
de 1912, de angina do peito e uremia
aos 56 anos de idade. Seu invent�rio se encontra no Arquivo P�blico
de Porto Alegre: N:587- M:23 - E:117-
A:1914. Necrol�gio
de Gezerino Lucas Annes, publicado em um
panfleto local, cujo autor identifica-se por
"R". Quando
o homem afunda-se na morte, reflete-se na superf�cie social a imagem dos seus
feitos. Essa
silhueta, faustosa pelo seu brilho, ou repulsiva pela negrura dos seus tra�os,
ou ainda edificante e bela pela corre��o das suas linhas, � o patrim�nio
moral que o morto deixa a sociedade em que viveu. Vimos
hontem, na sala mortu�ria de Gezerino Annes,
quantas vezes era aquele la�o
negro desatado, para que a pobreza desvalida, em gratid�o e amor, pudesse
beijar aquela gelada m�o, que tantos benef�cios entre ela derramara em vida. Aqueles
beijos humidos de l�grimas, eram os funerais da caridade: mudos e emocionantes. A
alma humana como que annihila-se ante a grandeza da gratid�o da mis�ria! E,
cercado da estima de uma popula��o, baixou ao t�mulo quem em vida se chamou
Gezerino Lucas Annes. Bendita seja tua mem�ria, caritativo
cora��o.
4 de setembro. R Filhos
do casal Gezerino Lucas Annes e Maria
Prestes Annes: Jo�o Valdel�rio
Prestes Annes Horizontina Miguelina Prestes Annes (Oriza) P�ndaro Odilon
Brasileiro Prestes Annes Serenita Catarina Prestes Annes
Bisnetos BN . Jo�o
Valdel�rio Prestes Annes nasceu a 16 de Abril de
1882. Casou-se aos 21 anos de idade, em
28 de Novembro de 1903, com L�cia Eugenia Issler, (Lula), filha de Jo�o Issler e L�cia Eugenia Issler. Faleceu a 5 de Novembro de 1938. Pais de: Jo�o Issler Annes Paulo Issler Annes Maria
Lucia Issler Annes Pedro Issler Annes Maria Helena Issler Annes Maria Madalena Issler Annes Carlos Issler
Annes
Trinetos TN . Jo�o Issler Annes, ou Jo�o Annes Filho, do com�rcio, nasceu a 15 de Setembro de
1904. Faleceu em 16 de Maio de 1963.
Casou-se com Deoclecia Rico, filha de Ad�o Rico,
nascida em 11 de Maio de 1906, e falecida em 18 de Outubro de 1971. Pais de: Gezerino Rico Annes Sadi Rico Annes Telmo Rico Annes Noeli Rico Annes Moema Rico Annes Juarez Rico Annes Jo�o Rico Annes
Tetranetos TT. Gezerino Rico Annes. Banc�rio aposentado.
Casou-se com Erciliany Chiapini, de Livramento. Tem 5 filhos. TT. Sadi Rico
Annes do com�rcio, casou-se com Cloraci
Carr�o, filha de Gaud�ncio Carr�o e Vit�ria Carr�o. Tem 5 filhos. TT. Telmo Rico Annes, do com�rcio, casado com Marlene
Bauer, de Santo �ngelo. Tem 4
filhos. TT. Noeli Rico Annes casou com Rubens
Pereira da Silva,
comerciaria, natural de Carazinho. Tem 2 filhas. TT. Moema Rico Annes casou com Militino Sponchiado Ferigolo. Industrial. Tem 2 filhos. TT. Juarez Rico Annes, do com�rcio, casado com Alcione d�Agostini, filha de Norma
Marcelino d�Agostini. Tem 3 filhos. TT. Jo�o Rico
Annes, do com�rcio, casado com Gladis Annes. Tem 3 filhos. TN. Paulo Issler
Annes nasceu a 20 de Setembro de
1905. Telegrafista. Casou-se com Aurasilva Carneiro de Souza, e residem
em Montenegro. Tem uma filha. TN. Maria Lucia
Issler Annes nasceu a 3 de Mar�o de
1907, vi�va de Leopoldo H�mrich.
Tem 3 filhos. TT. Pedro
Issler Annes nasceu a 19 de Janeiro de 1910. Casou-se com Hilda Santos. Residia e trabalhava na
Esta��o Experimental de Guapor�, onde faleceu a 16 de Fevereiro de 1970. Tem 3 filhos. TT. Maria Helena
Issler Annes nasceu 18 de Mar�o de 1916. Corretora de im�veis,
residente em Porto Alegre. Vi�va do jornalista
Ivens Lagoano Pacheco falecido em Londrina em 5 de Maio de 1980.
Tem uma filha. TT. Maria
Madaglena Issler Annes casou-se com
Augusto Gluck. Tem dois filhos. TT. Maria
Madaglena Issler Annes casou-se em segundas
n�pcias com Valdemar Carvalho. Residem
em Santa Maria, tem 3 filhos. TT. Carlos
Issler Annes nasceu a 20 de
Fevereiro de 1919. Casou-se com Gessy
Canabarro. Tem 3 filhos. BN. Horizontina
Miguelina Prestes Annes (Oriza)
nasceu a 11 de Mar�o de 1884 em Passo
Fundo. Casou a 26 de dezembro de 1907,
aos 23 anos, com Juvenal Canfield, de 24 anos, filho de Thomaz
Canfild e Verzilia Canfild. Faleceram
ambos em Passo Fundo. Oriza a 10 de Abril de 1946, e Juvenal Canfild,
em 10 de Abril de 1970. Pais de: Maria Catharina Annes Canfild Ligia Annes Canfild L�dia Annes Canfild Maria Virg�lia Annes Canfild
Trinetos TN. Maria
Catharina Annes Canfild nasceu a 17 de Dezembro de 1908. Casou-se
com Eucherio Arizi. Residem em Porto Alegre e tem 2 filhos. TN. Ligia Annes Canfild nasceu a 20 de Agosto de 1911. Vi�va de Jos� Ginnari, do com�rcio. Reside em Porto
Alegre. Sem filhos. TN. L�dia Annes Canfild nasceu a 24 de Setembro de 1914 em Erebango. Casou-se com Amadeu
Godoi. Sem filhos. TN. Maria
Virg�lia Annes Canfild (Lia) casou-se com o advogado Mario Meira. Residem em Porto Alegre. Tem um casal de filhos. Ou
apenas,, P�ndaro Annes, como era conhecido. ,
Trecho extra�do de
"Notas Hist�ricas" de S�rgio Paulo
Annes. "P�ndaro, filho de Gezerino Lucas Annes e de Maria Prestes Annes
nasceu na cidade de Cruz Alta a 24 de mar�o de 1894. Seus pais moravam
em Passo Fundo, mas devido a Revolu��o Federalista de 1893, bem como muitas
outras fam�lias, migraram para fugirem dos combates que ocorriam nos arredores
de Passo Fundo. Foram, por voltas do fim do ano de 93, retornando no mesmo ano
em que P�ndaro nasceu, 1894. Assim pode-se dizer que nasceu em Cruz Alta
"por imposi��o da guerra civil". Foi criado em P. Fundo e de l� saiu,
j� no fim da vida, para morar com sua filha Maria Am�lia, em Porto Alegre. P�ndaro � descendente, trineto, de Manoel Jos� das Neves e de sua mulher
Reginalda Nascimento Rocha, casal oriundo de S�o Jos� dos Pinhais Prov�ncia de S�o Paulo, hoje Estado do
Paran�. Manoel e Reginalda doaram � Igreja (Nossa Senhora da Concei��o) parte da
Sesmaria recebida, um quadrado de tr�s quil�metros por tr�s. Ao redor da Capela se construiu Passo Fundo. A filha do casal, Maria
Neves que confirmou a doa��o, era casada com o paulista Jos� Ferreira Prestes
Guimar�es que como Manoel Jos� das Neves era de S�o Jos� dos Pinhais e
tropeiro. Um dos dez filhos desse casal foi o Gen. Ant�nio Ferreira Prestes
Guimar�es que em 1893 chefiou a Revolu��o Federalista na regi�o denominada
"Em Cima da Serra". Sua m�e, Maria, ao casar com Gezerino Lucas
Annes, irm�o do Cel. Gervasio Lucas Annes, chefe republicano deixou a fam�lia,
parte Maragata por seu pai e parte Chimanga pela fam�lia do marido. Penso que
isto contribuiu para a fuga para Cruz Alta e o nascimento de P�ndaro, l�.Seu irm�o
mais velho, Jo�o Waldel�rio tinha doze anos a mais que P�ndaro, e casou-se com
L�cia Eug�nia Issler. A seguir vinha a irm� Horizontina Miguelina que se casou
com Juvenal Canfild. Mais mo�a que ele Serenita Catarina casou-se com Helmuth
Homrich.
Mais tarde instalou uma f�brica de caf�, a Cafelaria S�o Thom�
com a marca de Caf� Pureza, caf� com a��car mascavo (o que era permitido na �poca). O
Caf� M�e Preta sem a��car, para cafezinho e o Caf� Mikado que se destinava �
venda pela cooperativa da Via��o F�rrea. Com amigos como Ant�o Chagas, Celeste
Cor� e Jo�o Lopes, propugnaram e conseguiram a instala��o do Tiro de Guerra 225
na cidade. Um pouco antes da d�cada de vinte, ao finalizar a primeira grande
guerra, com um grupo de amigos e conhecidos, foi fundador do Hospital de
Caridade (hoje Hospital da Cidade).
Uma foto tirada em 1922, que est� em meu poder, em frente ao Hospital,
ainda por rebocar, est� a Diretoria com os seguintes componentes ("da direita
para a esquerda" l�-se, com a letra de P�ndaro): Gabriel Bastos,
P�ndaro Annes, Max �vila, Francisco Antonino Xavier e Oliveira, Juvenal
Muliterno, Amador C�sar Sobrinho "Dudu" e Helmuth Homrich. O
fundador e primeiro Presidente que inclusive elaborou o Primeiro Estatuto e o
Regulamento do Hospital foi Francisco Antonino Xavier e Oliveira. Mais tarde, j�
como Presidente, P�ndaro dirigiu o
Hospital por mais de trinta anos. Era sua "cacha�a" como eu
chamava. Ia pela manh�, � tarde e muitas vezes � noite. S� deixou o Hospital em
meados de 1960. Ficando na Presid�ncia Gerv�sio Ara�jo Annes (Gervazinho, como
era conhecido). Estava doente e mudou-se definitivamente para Porto Alegre.
No in�cio da d�cada de vinte P�ndaro fez uma
forma��o de Contador (era como se chamava na �poca o Curso Comercial) no
Col�gio Machenzie em S�o Paulo. Ainda em Passo Fundo, foi Inspetor Federal do Ensino Comercial no Instituto
Ginasial (hoje Instituto Educacional) no Col�gio Notre Dame e em outro Col�gio
das proximidades da cidade. Pertenceu � Ma�onaria, provavelmente levado por
Francisco Antonino e Gabriel Bastos que era casado com sua tia paterna
Juv�ncia. Tamb�m foi membro do Rotary Club e freq�entava a Igreja Metodista que
nos fins da d�cada de dez tinha sido adotada por sua fam�lia. Colaborou com os jornais da cidade "O Nacional" o "Di�rio da
Manh�" e com "O S�o Paulo Imparcial" de S�o Paulo, com cr�nicas
e poemas e fez parte da Academia de Letras de Passo Fundo; chamada,
inicialmente, de Gr�mio Passofundense de Letras.
Sua dedica��o ao Hospital era tal que deixava de lado outros interesses,
inclusive os que lhe proporcionavam ganhos pecuni�rios. Deixou a Ma�onaria, o
Rotary a Igreja Metodista, fechou a Torrefa��o e Moagem de caf� S�o Thom� e
passou a viver para o Hospital. Na verdade ficou com as Inspetorias dos Cursos
Comerciais de cujos proventos passou a viver. Fez a "Granja", que
supria o Hospital de hortifrutigranjeiros e leite, e a Maternidade. Multiplicou
a �rea constru�da com pavilh�es para cirurgia e cl�nica e estava a solicitar
verbas dos governos Estadual e Federal para o Hospital. At� sua opini�o sobre
Getulio Vargas, que n�o era das melhores, desde 1930, mudou, pois Getulio
sempre ajudou o Hospital concedendo aux�lios com verbas Federais.
Em Porto Alegre ap�s deixar Passo Fundo, j� doente, faleceu em
19.02.1969 sendo sepultado nesta mesma cidade bem como sua esposa Antoninha,
falecida nove anos ap�s. Ele faleceu com setenta e cinco anos e ela com
oitenta." Embora vivesse dignamente com sua fam�lia, P�ndaro era um homem n�o ambicioso. Para ele valia o idealismo, a luta em prol de nobres causas. O Hospital de Caridade, fundado por ma�ons em vista da inexist�ncia de hospitais em
Passo Fundo e regi�o, e com a finalidade prestar assist�ncia
m�dico-hospitalar ao povo em geral, e
principalmente o atendimento gratuito aos pobres e desvalidos, vinha de
encontro aos seus nobres anseios. N�o
apenas era o Presidente do Hospital, mas administrava-o pessoalmente, sem
intermedi�rios. Alem de nada receber,
ainda doava para o hospital, pertences de sua casa, como o foram, seu
cofre, m�veis, etc... (Certa ocasi�o seu filho S�rgio Paulo, estudante de medicina,
trouxe de volta para casa, seus livros de estudo, que haviam sido doados para
a biblioteca do hospital, sem qualquer
conhecimento ou aquiesc�ncia de sua parte.) Seu empenho em fazer o m�ximo e o melhor, e exigir o
mesmo dos outros, lhe conferia um temperamento irritadi�o e intranquilo. P�ndaro costuma entrar
no hospital por variadas entradas, e em hor�rios imprevistos, o que rendia
severas reprimendas aos maus funcion�rios, enquanto os bons eram incentivados. Seu livro de cabeceira
era o "Aventuras do Sr. Pickwick".
Uma obra-prima da
literatura inglesa, em que o autor Charles Dickens, com aprofundado conhecimento da natureza humana, tece
um intrincado e divertido enredo, ao melhor humor ingl�s, sempre com um forte
fundo moral.
P�ndaro apropriadamente citava de mem�ria, trechos inteiros, que
correspondiam perfeitamente ao teor de situa��es ou assuntos da vida real e
cotidiana, que assim na agu�ada vis�o do
genial Charles Dickens, ficavam elucidados com refinada ironia.
"Foi
um dos paladinos na constru��o do Hospital da Cidade, e fez desse nosoc�mio
sua pr�pria vida, sendo membro da primeira Diretoria, tendo permanecido
� testa da Administra��o da Casa,
enquanto sua sa�de permitiu." Quando ele e seus irm�os venceram uma quest�o judicial
referente � heran�a de seu pai, empregou o dinheiro recebido, na constru��o
de um pavilh�o no Hospital. Obras por ele construidas: Pavilh�o Get�lio
Vargas - Com verba do presidente
Vargas. Pavilh�o
"Maternidade" - iniciado em 2 de
Abril de 1939.
Pavilh�o Gezerino
Annes - Com dinheiro herdado de seu Pai . Pavilh�o
"Novo" entregou pronto a seu sucessor em
1960. V�rios outros pr�dios, a maioria interligando os
pavilh�es Tudo era bem acabado, havia cerca viva a toda a roda da
quadra do hospital, e um ajardinamento impec�vel.
Um fato interessante: O novo
Presidente, Gervasio Ara�jo Annes, em
1960 quis colocar no pavilh�o novo o nome de "Pavilh�o P�ndaro Annes", mas
P�ndaro foi terminantemente contra. Gervasio
Annes quis ent�o colocar na parede
da entrada do Hospital o retrato de
P�ndaro, em justa homenagem a quem por
trinta anos, tanto se dedicara e tanto fizera pelo Hospital, e que ent�o j� com a sa�de
debilitada, ia com a esposa residir em Porto Alegre, perto dos filhos. P�ndaro recusou
novamente, com a energia que lhe era peculiar. Vendo que n�o adiantava insistir, Gervasio Annes perguntou-lhe ent�o em tom de brincadeira, na velha amizade de primos: ---- E o dia que voc� morrer, Parente? Podemos colocar seu retrato? P�ndaro respondeu com irrita��o: ---- Voc�s n�o ponham meu retrato, Parente ! Sen�o eu venho a� e racho a parede! Em 1973 ou 1974,
Gervasio Annes e Carlinhos Rota (vice-presidente), ap�s conclu�rem
grandes obras de reforma e amplia��o, na parte da frente do Hospital, colocaram
no alto da parede sobre a escadaria rec�m constru�da, o retrato de P�ndaro Annes, que havia falecido
em 1969. Curiosamente
pouco tempo depois, come�ou a se formar uma bem vis�vel rachadura na parede,
onde o retrato fora pendurado, embora contrariando a vontade do homenageado. A
vontade de P�ndaro Annes acabou prevalecendo, pois de v�rios anos para c�,
pouco ou nada que reverencie sua
mem�ria ou sequer lembre sua pessoa, existe no Hospital da Cidade. A Granja do Hospital Adquiriu pr�ximo � cidade
uma �rea de 156 hectares, denominada "Invernada do Bojo", com a
finalidade de l� instalar a "Granja do Hospital", destinada ao suprimento de
leite, carne, hortali�as , frutas, etc. ao Hospital. Construiu um grande galp�o de madeira para a leitaria.
O gado leiteiro era catalogado em um livro apropriado,
com fotografia e dados individuais de
cada animal; novidade que suscitava ironias. Havia trator, cata-vento gerador de luz, a�ude com roda
d��gua. Cria��o de su�nos, de aves, cria��o de abelhas, engenho de
cana, tudo dentro dos melhores padr�es t�cnicos da �poca. Duas casas, para os
empregados da granja, e uma casa no alto da coxilha, para repouso ou lazer
das enfermeiras do hospital. Planta��o de eucaliptos, para suprir de lenha os fog�es da
cozinha e o forno da padaria do
hospital, e produzir estacas para novas
constru��es. �s margens do Arroio Miranda, que costeava a granja, haviam
len��is de areia, que P�ndaro pretendia utilizar em futuras obras. Pouco antes de deixar a Presid�ncia, P�ndaro mudou o nome
do Hospital de Caridade, para Hospital da Cidade, por duas raz�es: 1� Evitar confus�o,
uma vez que em v�rias cidades existiam hom�nimos. 2� O nome Hospital de Caridade sugeria gratuidade, mesmo aos
que podiam pagar. Na Av. Brasil em
Passo Fundo, os ip�s amarelos e roxos
s�o um legado de P�ndaro Annes. Decerto seriam das mesmas mudas que
plantou nos jardins do hospital. Gostava de �rvores que davam flores. Jornalista, fundador do Sindicato dos Contabilistas, de
Passo Fundo.
Casou-se em 16 de Julho de 1919,
com Antonia Soares de Melo (Antoninha), nascida em
Uruguaiana a 21 de Junho de 1898, filha de Ant�nio Manoel de Melo, e Am�lia Soares de Melo. Foram testemunhas; Gabriel Bastos e Arthur Schell
Issler. Faleceram em Porto
Alegre, ele a 16 de Fevereiro de 1969, aos 75 anos. D. Antoninha a 22 de
Fevereiro de 1978, aos 80 anos. Pais de: Cyrano Melo Annes S�rgio Paulo Melo Annes Maria Am�lia Melo Annes
Trinetos TN. Cyrano Melo
Annes nasceu a 16 de Abril de 1921. Era T�cnico Rural e Top�grafo. Casou-se com a vi�va Juracy
Finardi, ajudando-a a criar seus
tr�s filhos: Anete, Jo�o Vicente e Jos� Carlos. Pais de: Silvana Finardi Annes Fernando Finardi Annes
Tetranetos TT. Silvana
Finardi Annes formou-se em
Arquitetura. TT. Fernando
Finardi Annes formou-se tamb�m em
Arquitetura. Nasceu em Passo Fundo a 6 de Junho de 1922. M�dico Psiquiatra. Membro Efetivo da Sociedade Psicanal�tica de Porto Alegre. Casou-se em 5 de Maio de 1948, em Porto Alegre, com Heloisa
Con�ei��o Chagas, nascida a 25 de Dezembro de 1927, filha de Ant�o Chagas e
Lucila S� Chagas. Todos residentes em Porto Alegre. Dr. S�rgio �
autor de um aprofundado trabalho geneal�gico, que est� disponibilizado
na web: Dados geneal�gicos de
S�rgio Paulo Annes e Heloisa C. Annes.
D. Maria Prestes Annes, faleceu a 3 de Janeiro de 1923.BN.
P�ndaro Odilon Brasileiro Annes
Voltando para Passo Fundo estudou em 1903 na Escola Particular Prim�ria do
Professor Jo�o Goulart "onde vigorava o regime da palmat�ria". Em
1905 estudou no Col�gio S�o Pedro, dos Irm�os Maristas. P�ndaro nos deixou fotos
dessas duas turmas pelas quais passou em sua inf�ncia. Foi sacrist�o na
primeira Capela que se situava na rua de fronte a Pra�a onde est� a atual
Catedral, s� que na rua Morom. Tinha dezesseis anos quando perdeu o pai,
provavelmente de um infarto do mioc�rdio. A primeira fotografia desta Capela,
que est� em meu poder, foi feita por P�ndaro que na adolesc�ncia foi fot�grafo
e depois top�grafo, tendo trabalhado na estrada de ferro que de Passo Fundo ia
para Marcelino Ramos, rumo ao norte do pa�s. Este trabalho era
na regi�o de Viadutos.
Por ocasi�o do golpe de estado de 1937 foi preso sob a acusa��o de
"comunista" como foram Celso Fiori, Jo�o Junqueira Rocha, Eduardo
Barreiro, Victor Benites e tantos outros.
Casou em 1919,
com Antonia Soares de Mello, filha de Antonio
Manoel de Mello e de Am�lia dos Santos Soares, ele de Rio Pardo e ela de
Santana do Livramento. Tiveram Tr�s filhos: Cyrano Annes que foi T�cnico Rural,
mais dedicado � Topografia, que se casou com a vi�va Juracy Finardi ajudando-a
a criar seu tr�s filhos: Anete, Jo�o Vicente e Jos� Carlos e tendo com ela mais
dois: Fernando e Silvana. S�rgio Paulo Annes, m�dico psiquiatra e psicanalista
casado com Heloisa Concei��o Aguillar Chagas que tiveram sete filhos: Beatriz,
Clarice, Elizabeth, Roberto, Ricardo, Cl�udio e Leonardo. E a mais mo�a, Maria
Am�lia Annes, contabilista como o pai que se aposentou como funcion�ria da
Contadoria da Fazenda do Estado do RioGrande do Sul do Sul.
TN. S�rgio Paulo Melo
Annes
http://www.annes.com.br/
Outras p�ginas do Dr. S�rgio Paulo Melo Annes:
http://www.annes.com.br/judaismo/
http://www.annes.com.br/escritos/ , que consta dos t�tulos:
1963
- Bases Esquizo-paranoides de uma Atua��o na Transfer�ncia
1971
- Homossexualidade e Agress�o ao Objeto Prim�rio
1973
- Coment�rio Sobre "Leporello e Don Juan"
1973
- Psican�lise e Feminilidade
1974
- Psicanalise: Investiga��o ou Terapia?
1974
- Algumas Considera��es Sobre os Impulsos Escoptof�licos
1996
- "Simp�sio Sobre Supervis�o"
1998
- "Caso Dora"
1998
- Cyro e eu...
1999
- Perdas e Ganhos
2001
- Participa��o do Juda�smo no Anti-semitismo
2001
- B�blia, Aspectos Cient�ficos (Igreja das Dores)
2001
- B�blia e Terrorismo
2001
- Melanie Klein Tra�os Biogr�ficos
2002
- Genealogia da SPPA
2003
- Jornada de Psiquiatria
2003
- Mem�ria da SPPA
2003
- Psicoterapia e Religiosidade
2003
- Hist�ria Resumida da Psiquiatria
2006 - Simp�sio no CELG: Religi�o Jud�ica e Crist�
Filhos do casal Paulo S�rgio e Heloisa Concei��o:
Beatriz Annes
Clarice Annes
Elizabeth Annes
Roberto Annes
Ricardo Annes
Cl�udio Annes
Leonardo Annes Tetranetos
TT. Beatriz Annes nasceu em 19 de Dezembro de 1949, faleceu em 22 de Dezembro de 1949, em Ira�.
TT. Clarice Annes nasceu a 6 de Janeiro de1951, em Porto Alegre. Formou-se em Administra��o de Empr�sas. Casou-se a 19 de Dezembro de 1969, com Carlos Eduardo Campos Armando.
Pais de:
Frederico Annes Armando
Let�cia Annes Armando Pentanetos
PN. Frederico Annes Armando nasceu em 28 de Julho de 1970, em New York-USA.
PN. Let�cia Annes Armando nasceu a 28 de Agosto de 1971, em Porto Alegre.
TT. Elizabeth Annes nasceu a 20 de Outubro de 1952,
em Porto Alegre. � m�dica. Casou-se com Marcelo de L�o.
Adotaram:
Lucas
Chagas Annes
Laura Chagas Annes Pentanetos
PN. Lucas Chagas Annes nasceu a 4 de Agosto de 1994, em Porto Alegre.
PN. Laura Chagas Annes nasceu a 13 de Agosto de 1994, em Porto Alegre.
TT. Roberto Annes nasceu a 5 de Junho de 1954, em Porto Alegre.
� Arquiteto.
TT. Ricardo Annes nasceu a 20 de Junho de1955,em Porto Alegre. Analista de sistemas. Casou-se a 24 de Janeiro de 1976, com Yara Basegio Grant, nascida em 28 de Junho de 1956, em Porto Alegre .
Pais de:
Francisco Grant Annes
Clara Grant Annes Pentanetos
PN. Francisco Grant Annes nasceu em 27 de Junho de 1982, em Uruguaiana (adotado).
PN. Clara Grant Annes nasceu em 22 de Fevereiro de 1983, em Porto Alegre.
TT. Ricardo Annes casou-se em segundas n�pcias com Dulce Maria Dias Freitas, nascida em 22 de Mar�o de 1960, em Uruguaiana.
Pais de:
Maria Luiza Freitas Annes
Lucas Freitas Annes Pentanetos
PN. Maria Luiza Freitas Annes nasceu a 29 de Agosto de 1990, em Uruguaiana.
PN. Lucas Freitas Annes nasceu a 19 de Maio de 1994, em Uruguaiana.
TT. Cl�udio Annes nasceu a 10 de Junho de 1960, em Porto Alegre.
� Zoot�cnico.
TT. Leonardo Annes nasceu a 7 de Janeiro de 1964, em Porto Alegre.
TN. Maria Am�lia Annes � solteira. Contabilista, aposentou-se como funcion�ria da Contadoria da Fazenda do Estado do R.G.S.
BN. Serenita Catarina Prestes Annes (D.Serena) nasceu a 20 de Setembro de 1896, em Passo Fundo. Faleceu a 22 de Fevereiro de 1978, tamb�m em Passo Fundo. Foi seu padrinho de batismo, Jer�nimo Lucas Annes. A 23 de Maio de 1913, contratou casamento com Helmuth H�mrich, do com�rcio, com quem se casou a 10 de Outubro de 1913. N�o tiveram filhos. Empenhou-se na cria��o e organiza��o do "Lar da Vov�", entidade beneficente da Igreja Metodista, a qual pertencia, tendo realizado seu ideal. Helmuth nasceu a 31 de Janeiro de 1890, e faleceu a 19 de dezembro de 1976.
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