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N. Gezerino Lucas Annes

 

Nasceu em Cruz Alta a 4 de Julho de 1856, sendo batizado a 2 de Dezembro de 1858. Foram padrinhos o Alferes Satyrio de Oliveira Pillar, solteiro, e a av� materna, D. Gertrudes de Almeida Pillar,(B. 07 pg. 61 V.).

 

 

 

 

 

17.06.1871- Aos 15 anos, veio com sua m�e e os irm�os mais novos, Jer�nimo e Gasparino, residir em Passo Fundo, indo trabalhar no cart�rio de seu cunhado Francisco do Amaral, esposo de Juvencia Lucas Annes.

12.10.1877 - Abre casa de neg�cio em Passo Fundo.

 

25.02.1880 - Casou-se com Maria Ferreira Prestes Guimar�es, (Maricas), nascida em 27 de Abril de 1865, filha do ent�o Major Ant�nio Ferreira Prestes Guimar�es, e Ana Theresa Prestes.

 

11.02.1886 - Deixou de ser negociante.

 

04.08.1886 - Tomou interinamente o cargo de tabeli�o em P. Fundo.

 

16.05.1888 - Foi nomeado tabeli�o em Passo Fundo.

 

25.02.1894 - Abandona a cidade, junto com a sua fam�lia e muitas outras, devido a revolu��o federalista, indo para Cruz Alta.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

24.03.1894 - Nasceu seu filho P�ndaro em Cruz Alta, no mesmo dia em que chegou em Vila Rica (atual Julio de Castilhos) a primeira locomotiva, havendo grandes festejos. Estava sendo prolongada a via f�rrea que vinha de Santa Maria e rumava ao norte do pa�s.

 

Gezerino tamb�m era m�dico pr�tico e advogado.

Um livro seu de medicina traz a dedicat�ria:

 

"Offerecido a meu mano Gezerino Annes, em signal de amisade e gratid�o. Passo Fundo, 7 de Abril de 92. Ass. Gervasio Annes".

 

"Na gra�a natural que o distinguia tornando t�o agrad�vel a sua prosa, tinha Gezerino Lucas Annes repentes que valiam ouro.  Roda em que ele estivesse, j� se sabia: era, pela certa, manancial de gargalhadas. Para apreciar fato ou caraterisar pess�a, o seu golpe de vista assumia a precis�o de uma luva. N�o se podia, com sua veia, cuja espontaneidade se patenteava ao p� da letra, desnorteando o parceiro."

(Antonino Xavier e Oliveira - Seara Velha, p�g. 20. 1931 -Tip. Indep.) 

 

 

 

Contava-se que certa vez, Gezerino  prescreveu um medicamento a um paciente seu  que ao tom�-lo,   recuperou a sa�de rapidamente.   Entusiasmado com a efic�cia do rem�dio,  e a compet�ncia do m�dico,  esse senhor prodigalizava-lhes  elogios,  aos quatro ventos.   Mas sua  admira��o transformou-se em viva indigna��o  quando veio a conhecer o nome do medicamento:   "A  Sa�de da Mulher" !

 

 

 

 

 

 

 

Faleceu a 3 de Setembro de 1912, de angina do peito e uremia aos 56 anos de idade. Seu invent�rio se encontra no Arquivo P�blico de Porto Alegre: N:587- M:23 - E:117- A:1914.
D. Maria Prestes Annes, faleceu a 3 de Janeiro de 1923.

 

 

Necrol�gio de Gezerino Lucas Annes, publicado em

um panfleto local, cujo autor identifica-se por  "R".

 

Quando o homem afunda-se na morte, reflete-se na superf�cie social a imagem dos seus feitos.   

Essa silhueta, faustosa pelo seu brilho, ou repulsiva pela negrura dos seus tra�os, ou ainda edificante e bela pela corre��o das suas linhas, � o patrim�nio moral que o morto deixa a sociedade em que viveu.

Vimos hontem, na sala mortu�ria de Gezerino  Annes, quantas vezes  era aquele la�o negro desatado, para que a pobreza desvalida, em gratid�o e amor, pudesse beijar aquela gelada m�o, que tantos benef�cios entre ela derramara em vida.

Aqueles beijos humidos de l�grimas, eram os funerais da caridade: mudos e emocionantes.  

A alma humana como que annihila-se ante a grandeza da gratid�o da mis�ria!  

E, cercado da estima de uma popula��o, baixou ao t�mulo quem em vida se chamou Gezerino Lucas Annes.    Bendita seja tua mem�ria, caritativo cora��o. 

                                                                                                                      4 de setembro.     R

 

 

Filhos do casal Gezerino Lucas Annes e  Maria Prestes Annes:

 

Jo�o Valdel�rio Prestes Annes

Horizontina Miguelina Prestes Annes (Oriza)

P�ndaro Odilon Brasileiro Prestes Annes

Serenita Catarina Prestes Annes                  Bisnetos

 

 

BN . Jo�o Valdel�rio Prestes Annes nasceu a 16 de Abril de 1882. Casou-se aos 21 anos de idade, em 28 de Novembro de 1903, com L�cia Eugenia Issler, (Lula), filha de Jo�o Issler e L�cia Eugenia Issler. Faleceu a 5 de Novembro de 1938.

Pais de:

Jo�o Issler Annes

Paulo Issler Annes

Maria Lucia Issler Annes

Pedro Issler Annes

Maria Helena Issler Annes

Maria Madalena Issler Annes

Carlos Issler Annes                             Trinetos

 

 

TN . Jo�o Issler Annes, ou Jo�o Annes Filho, do com�rcio, nasceu a 15 de Setembro de 1904. Faleceu em 16 de Maio de 1963.   Casou-se com Deoclecia Rico, filha de Ad�o Rico, nascida em 11 de Maio de 1906, e falecida em 18 de Outubro de 1971.

Pais de:

Gezerino Rico Annes

Sadi Rico Annes

Telmo Rico Annes

Noeli Rico Annes

Moema Rico Annes

Juarez Rico Annes

Jo�o Rico Annes                            Tetranetos

 

 

TT. Gezerino Rico Annes. Banc�rio aposentado. Casou-se com Erciliany Chiapini, de Livramento.

 Tem 5 filhos.

 

 

TT. Sadi Rico Annes do com�rcio, casou-se com Cloraci Carr�o, filha de Gaud�ncio Carr�o e Vit�ria Carr�o. Tem 5 filhos.

 

 

TT. Telmo Rico Annes, do com�rcio, casado com Marlene Bauer, de Santo �ngelo. Tem 4 filhos.

 

 

TT. Noeli Rico Annes casou com Rubens Pereira da Silva, comerciaria, natural de Carazinho.

Tem 2 filhas.

 

 

TT. Moema Rico Annes casou com Militino Sponchiado Ferigolo.

Industrial. Tem 2 filhos.

 

 

TT. Juarez Rico Annes, do com�rcio, casado com Alcione d�Agostini, filha de Norma Marcelino d�Agostini. Tem 3 filhos.

 

 

TT. Jo�o Rico Annes, do com�rcio, casado com Gladis Annes.

Tem 3 filhos.

 

 

TN. Paulo Issler Annes nasceu a 20 de Setembro de 1905. Telegrafista. Casou-se com Aurasilva Carneiro de Souza, e residem em Montenegro. Tem uma filha.

 

 

TN. Maria Lucia Issler Annes nasceu a 3 de Mar�o de 1907, vi�va de Leopoldo H�mrich. Tem 3 filhos.

 

 

TT. Pedro Issler Annes nasceu a 19 de Janeiro de 1910.  Casou-se com Hilda Santos. Residia e trabalhava na Esta��o Experimental de Guapor�, onde faleceu a 16 de Fevereiro de 1970. Tem 3 filhos.

 

 

TT. Maria Helena Issler Annes nasceu 18 de Mar�o de 1916. Corretora de im�veis, residente em Porto Alegre. Vi�va do jornalista Ivens Lagoano Pacheco falecido em Londrina em 5 de Maio de 1980. Tem uma filha.

 

 

TT. Maria Madaglena Issler Annes casou-se com Augusto Gluck.

Tem dois filhos.

 

 

TT. Maria Madaglena Issler Annes casou-se em segundas n�pcias com Valdemar Carvalho. Residem em Santa Maria, tem 3 filhos.

 

 

TT. Carlos Issler Annes nasceu a 20 de Fevereiro de 1919.

Casou-se com Gessy Canabarro. Tem 3 filhos.

 

 

BN. Horizontina Miguelina Prestes Annes (Oriza) nasceu a 11 de Mar�o de 1884 em Passo Fundo. Casou a 26 de dezembro de 1907, aos 23 anos, com Juvenal Canfield, de 24 anos, filho de Thomaz Canfild e Verzilia Canfild.   Faleceram ambos em Passo Fundo.  Oriza a 10 de Abril de 1946, e Juvenal Canfild, em 10 de Abril de 1970.

Pais de:

Maria Catharina Annes Canfild

Ligia Annes Canfild

L�dia Annes Canfild

Maria Virg�lia Annes Canfild                    Trinetos

 

 

TN. Maria Catharina Annes Canfild nasceu a 17 de Dezembro de 1908. Casou-se com Eucherio Arizi. Residem em Porto Alegre e tem 2 filhos.

 

 

TN. Ligia Annes Canfild nasceu a 20 de Agosto de 1911.  Vi�va de Jos� Ginnari, do com�rcio. 

Reside em Porto Alegre.  Sem filhos.

 

 

TN. L�dia Annes Canfild nasceu a 24 de Setembro de 1914 em Erebango. Casou-se com Amadeu Godoi. Sem filhos.

 

 

TN. Maria Virg�lia Annes Canfild (Lia) casou-se com o advogado Mario Meira. Residem em Porto Alegre. Tem um casal de filhos.

 

 

BN. P�ndaro Odilon Brasileiro Annes 

Ou apenas,, P�ndaro Annes, como era conhecido.

 

 

 

 

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Trecho extra�do de "Notas Hist�ricas" de S�rgio Paulo Annes.

 

"P�ndaro, filho de Gezerino Lucas Annes e de Maria Prestes Annes nasceu na cidade de Cruz Alta a 24 de mar�o de 1894. Seus pais moravam em Passo Fundo, mas devido a Revolu��o Federalista de 1893, bem como muitas outras fam�lias, migraram para fugirem dos combates que ocorriam nos arredores de Passo Fundo. Foram, por voltas do fim do ano de 93, retornando no mesmo ano em que P�ndaro nasceu, 1894. Assim pode-se dizer que nasceu em Cruz Alta "por imposi��o da guerra civil". Foi criado em P. Fundo e de l� saiu, j� no fim da vida, para morar com sua filha Maria Am�lia, em Porto Alegre.

P�ndaro � descendente, trineto, de Manoel Jos� das Neves e de sua mulher Reginalda Nascimento Rocha, casal oriundo de S�o Jos� dos Pinhais Prov�ncia de S�o Paulo, hoje Estado do Paran�.

Manoel e Reginalda doaram � Igreja (Nossa Senhora da Concei��o) parte da Sesmaria recebida, um quadrado de tr�s quil�metros por tr�s.

Ao redor da Capela se construiu Passo Fundo. A filha do casal, Maria Neves que confirmou a doa��o, era casada com o paulista Jos� Ferreira Prestes Guimar�es que como Manoel Jos� das Neves era de S�o Jos� dos Pinhais e tropeiro. Um dos dez filhos desse casal foi o Gen. Ant�nio Ferreira Prestes Guimar�es que em 1893 chefiou a Revolu��o Federalista na regi�o denominada "Em Cima da Serra". Sua m�e, Maria, ao casar com Gezerino Lucas Annes, irm�o do Cel. Gervasio Lucas Annes, chefe republicano deixou a fam�lia, parte Maragata por seu pai e parte Chimanga pela fam�lia do marido. Penso que isto contribuiu para a fuga para Cruz Alta e o nascimento de P�ndaro, l�.Seu irm�o mais velho, Jo�o Waldel�rio tinha doze anos a mais que P�ndaro, e casou-se com L�cia Eug�nia Issler. A seguir vinha a irm� Horizontina Miguelina que se casou com Juvenal Canfild. Mais mo�a que ele Serenita Catarina casou-se com Helmuth Homrich.
Voltando para Passo Fundo estudou em 1903 na Escola Particular Prim�ria do Professor Jo�o Goulart "onde vigorava o regime da palmat�ria". Em 1905 estudou no Col�gio S�o Pedro, dos Irm�os Maristas. P�ndaro nos deixou fotos dessas duas turmas pelas quais passou em sua inf�ncia. Foi sacrist�o na primeira Capela que se situava na rua de fronte a Pra�a onde est� a atual Catedral, s� que na rua Morom. Tinha dezesseis anos quando perdeu o pai, provavelmente de um infarto do mioc�rdio. A primeira fotografia desta Capela, que est� em meu poder, foi feita por P�ndaro que na adolesc�ncia foi fot�grafo e depois top�grafo, tendo trabalhado na estrada de ferro que de Passo Fundo ia para Marcelino Ramos, rumo ao norte do pa�s. Este trabalho era na regi�o de Viadutos.

 

 

 

 

Mais tarde instalou uma f�brica de caf�, a Cafelaria S�o Thom� com a marca de Caf� Pureza, caf� com a��car mascavo (o que era permitido na �poca). O Caf� M�e Preta sem a��car, para cafezinho e o Caf� Mikado que se destinava � venda pela cooperativa da Via��o F�rrea. Com amigos como Ant�o Chagas, Celeste Cor� e Jo�o Lopes, propugnaram e conseguiram a instala��o do Tiro de Guerra 225 na cidade. Um pouco antes da d�cada de vinte, ao finalizar a primeira grande guerra, com um grupo de amigos e conhecidos, foi fundador do Hospital de Caridade (hoje Hospital da Cidade).  

 

 

 

Uma foto tirada em 1922, que est� em meu poder, em frente ao Hospital, ainda por rebocar, est� a Diretoria com os seguintes componentes ("da direita para a esquerda" l�-se, com a letra de P�ndaro): Gabriel Bastos, P�ndaro Annes, Max �vila, Francisco Antonino Xavier e Oliveira, Juvenal Muliterno, Amador C�sar Sobrinho "Dudu" e Helmuth Homrich. O fundador e primeiro Presidente que inclusive elaborou o Primeiro Estatuto e o Regulamento do Hospital foi Francisco Antonino Xavier e Oliveira. Mais tarde, j� como Presidente, P�ndaro dirigiu o Hospital por mais de trinta anos. Era sua "cacha�a" como eu chamava. Ia pela manh�, � tarde e muitas vezes � noite. S� deixou o Hospital em meados de 1960. Ficando na Presid�ncia Gerv�sio Ara�jo Annes (Gervazinho, como era conhecido).

Estava doente e mudou-se definitivamente para Porto Alegre. No in�cio da d�cada de vinte P�ndaro fez uma forma��o de Contador (era como se chamava na �poca o Curso Comercial) no Col�gio Machenzie em S�o Paulo.   Ainda em Passo Fundo, foi Inspetor Federal do Ensino Comercial no Instituto Ginasial (hoje Instituto Educacional) no Col�gio Notre Dame e em outro Col�gio das proximidades da cidade. Pertenceu � Ma�onaria, provavelmente levado por Francisco Antonino e Gabriel Bastos que era casado com sua tia paterna Juv�ncia. Tamb�m foi membro do Rotary Club e freq�entava a Igreja Metodista que nos fins da d�cada de dez tinha sido adotada por sua fam�lia.  Colaborou com os jornais da cidade "O Nacional" o "Di�rio da Manh�" e com "O S�o Paulo Imparcial" de S�o Paulo, com cr�nicas e poemas e fez parte da Academia de Letras de Passo Fundo; chamada, inicialmente, de Gr�mio Passofundense de Letras.
Por ocasi�o do golpe de estado de 1937 foi preso sob a acusa��o de "comunista" como foram Celso Fiori, Jo�o Junqueira Rocha, Eduardo Barreiro, Victor Benites e tantos outros.

Sua dedica��o ao Hospital era tal que deixava de lado outros interesses, inclusive os que lhe proporcionavam ganhos pecuni�rios. Deixou a Ma�onaria, o Rotary a Igreja Metodista, fechou a Torrefa��o e Moagem de caf� S�o Thom� e passou a viver para o Hospital. Na verdade ficou com as Inspetorias dos Cursos Comerciais de cujos proventos passou a viver. Fez a "Granja", que supria o Hospital de hortifrutigranjeiros e leite, e a Maternidade. Multiplicou a �rea constru�da com pavilh�es para cirurgia e cl�nica e estava a solicitar verbas dos governos Estadual e Federal para o Hospital. At� sua opini�o sobre Getulio Vargas, que n�o era das melhores, desde 1930, mudou, pois Getulio sempre ajudou o Hospital concedendo aux�lios com verbas Federais.
Casou em 1919,
com Antonia Soares de Mello, filha de Antonio Manoel de Mello e de Am�lia dos Santos Soares, ele de Rio Pardo e ela de Santana do Livramento. Tiveram Tr�s filhos: Cyrano Annes que foi T�cnico Rural, mais dedicado � Topografia, que se casou com a vi�va Juracy Finardi ajudando-a a criar seu tr�s filhos: Anete, Jo�o Vicente e Jos� Carlos e tendo com ela mais dois: Fernando e Silvana. S�rgio Paulo Annes, m�dico psiquiatra e psicanalista casado com Heloisa Concei��o Aguillar Chagas que tiveram sete filhos: Beatriz, Clarice, Elizabeth, Roberto, Ricardo, Cl�udio e Leonardo. E a mais mo�a, Maria Am�lia Annes, contabilista como o pai que se aposentou como funcion�ria da Contadoria da Fazenda do Estado do RioGrande do Sul do Sul.

 

 

 

 

Em Porto Alegre ap�s deixar Passo Fundo, j� doente, faleceu em 19.02.1969 sendo sepultado nesta mesma cidade bem como sua esposa Antoninha, falecida nove anos ap�s. Ele faleceu com setenta e cinco anos e ela com oitenta."      

 

Embora vivesse dignamente com sua fam�lia, P�ndaro era um homem n�o ambicioso.

Para ele valia o idealismo, a luta em prol de nobres causas.  O Hospital de Caridade, fundado por ma�ons em vista da inexist�ncia de hospitais em Passo Fundo e regi�o, e com a finalidade prestar assist�ncia m�dico-hospitalar ao povo em geral, e principalmente o atendimento gratuito aos pobres e desvalidos, vinha de encontro aos seus nobres anseios.

N�o apenas era o Presidente do Hospital, mas administrava-o pessoalmente, sem intermedi�rios. Alem de nada receber, ainda doava para o hospital, pertences de sua casa, como o foram, seu cofre, m�veis, etc... (Certa ocasi�o seu filho S�rgio Paulo, estudante de medicina, trouxe de volta para casa, seus livros de estudo, que haviam sido doados para a biblioteca do hospital, sem qualquer conhecimento ou aquiesc�ncia de sua parte.)

 

Seu empenho em fazer o m�ximo e o melhor, e exigir o mesmo dos outros, lhe conferia um temperamento irritadi�o e intranquilo.

P�ndaro costuma entrar no hospital por variadas entradas, e em hor�rios imprevistos, o que rendia severas reprimendas aos maus funcion�rios, enquanto os bons eram incentivados.

 

Seu livro de cabeceira era o "Aventuras do Sr. Pickwick". Uma obra-prima da literatura inglesa, em que o autor Charles Dickens, com aprofundado conhecimento da natureza humana, tece um intrincado e divertido enredo, ao melhor humor ingl�s, sempre com um forte fundo moral.

P�ndaro apropriadamente citava de mem�ria, trechos inteiros, que correspondiam perfeitamente ao teor de situa��es ou assuntos da vida real e cotidiana, que assim na agu�ada vis�o do genial Charles Dickens, ficavam elucidados com refinada ironia.

 

 

"Foi um dos paladinos na constru��o do Hospital da Cidade, e fez desse nosoc�mio sua pr�pria  vida, sendo membro da primeira Diretoria, tendo permanecido � testa da Administra��o da        Casa, enquanto sua sa�de permitiu."

 

 

 

 

Quando ele e seus irm�os venceram uma quest�o judicial referente � heran�a de seu pai, empregou o dinheiro recebido, na constru��o  de um pavilh�o no Hospital.

 

Obras por ele construidas:

 

Pavilh�o Get�lio Vargas - Com verba do presidente Vargas.

Pavilh�o "Maternidade" - iniciado em 2 de Abril de 1939.

 

 

 

 

Pavilh�o Gezerino Annes - Com dinheiro herdado de seu Pai .

Pavilh�o "Novo" entregou pronto a seu sucessor em 1960.

V�rios outros pr�dios, a maioria interligando os pavilh�es

Tudo era bem acabado, havia cerca viva a toda a roda da quadra do hospital, e um ajardinamento impec�vel.

 

 

 

 

 

 

 

Um fato interessante:

 

O novo Presidente, Gervasio Ara�jo Annes, em 1960 quis colocar no pavilh�o novo o nome de "Pavilh�o P�ndaro Annes", mas P�ndaro foi terminantemente contra.  Gervasio Annes quis ent�o colocar na parede da entrada do Hospital o retrato de P�ndaro, em justa homenagem a quem por trinta anos, tanto se dedicara e tanto fizera pelo Hospital, e que ent�o j� com a sa�de debilitada, ia com a esposa residir em Porto Alegre, perto dos filhos.   P�ndaro recusou novamente, com a energia que lhe era peculiar.

Vendo que n�o adiantava insistir, Gervasio Annes perguntou-lhe ent�o em tom de brincadeira, na velha amizade de primos:

---- E o dia que voc� morrer, Parente? Podemos colocar seu retrato?

P�ndaro respondeu com irrita��o:

---- Voc�s n�o ponham meu retrato, Parente ! Sen�o eu venho a� e racho a parede!

Em 1973 ou 1974, Gervasio Annes e Carlinhos Rota (vice-presidente),  ap�s conclu�rem grandes obras de reforma e amplia��o, na parte da frente do Hospital, colocaram no alto da parede sobre a escadaria rec�m constru�da, o retrato de P�ndaro Annes, que havia falecido em 1969.

Curiosamente pouco tempo depois, come�ou a se formar uma bem vis�vel rachadura na parede, onde o retrato fora pendurado, embora contrariando a vontade do homenageado.

A vontade de P�ndaro Annes acabou prevalecendo, pois de v�rios anos para c�, pouco ou nada  que reverencie sua mem�ria ou sequer lembre sua pessoa, existe no Hospital da Cidade.

 

 

A Granja do Hospital

 

Adquiriu pr�ximo � cidade uma �rea de 156 hectares, denominada "Invernada do Bojo", com a finalidade de l� instalar a "Granja do Hospital", destinada ao suprimento de leite, carne, hortali�as , frutas, etc. ao Hospital.  Construiu um grande galp�o de madeira para a leitaria.  O gado leiteiro era catalogado em um livro apropriado, com fotografia e dados individuais de cada animal; novidade que suscitava ironias.

Havia trator, cata-vento gerador de luz, a�ude com roda d��gua.  Cria��o de su�nos, de aves, cria��o de abelhas, engenho de cana, tudo dentro dos melhores padr�es t�cnicos da �poca.

Duas casas, para os empregados da granja, e uma casa no alto da coxilha, para repouso ou lazer das enfermeiras do hospital.  Planta��o de eucaliptos, para suprir de lenha os fog�es da cozinha e o forno da padaria do hospital, e produzir estacas para novas constru��es.  �s margens do Arroio Miranda, que costeava a granja, haviam len��is de areia, que P�ndaro pretendia utilizar em futuras obras.

 

Pouco antes de deixar a Presid�ncia, P�ndaro mudou o nome do Hospital de Caridade, para Hospital da Cidade, por duas raz�es:

1� Evitar confus�o, uma vez que em v�rias cidades existiam hom�nimos.

2� O nome Hospital de Caridade sugeria gratuidade, mesmo aos que podiam pagar.

 

Na Av. Brasil em Passo Fundo, os ip�s amarelos e roxos s�o um legado de P�ndaro Annes. Decerto seriam das mesmas mudas que plantou nos jardins do hospital. Gostava de �rvores que davam flores.

Jornalista, fundador do Sindicato dos Contabilistas, de Passo Fundo.

 

 

 

 

 

 

 

Casou-se em 16 de Julho de 1919, com Antonia Soares de Melo (Antoninha), nascida em Uruguaiana a 21 de Junho de 1898, filha de Ant�nio Manoel de Melo, e Am�lia Soares de Melo.

Foram testemunhas; Gabriel Bastos e Arthur Schell Issler.  Faleceram em Porto Alegre, ele a 16 de Fevereiro de 1969, aos 75 anos. D. Antoninha a 22 de Fevereiro de 1978, aos 80 anos.

Pais de:

Cyrano Melo Annes

S�rgio Paulo Melo Annes

Maria Am�lia Melo Annes                     Trinetos

 

 

TN. Cyrano Melo Annes nasceu a 16 de Abril de 1921.  Era T�cnico Rural e Top�grafo. Casou-se com a vi�va Juracy Finardi, ajudando-a a criar seus tr�s filhos: Anete, Jo�o Vicente e Jos� Carlos.

Pais de:

Silvana Finardi Annes

Fernando Finardi Annes                      Tetranetos

 

 

TT. Silvana Finardi Annes formou-se em Arquitetura.

 

 

TT. Fernando Finardi Annes formou-se tamb�m em Arquitetura.

 

 

TN. S�rgio Paulo Melo Annes

Nasceu em Passo Fundo a 6 de Junho de 1922. M�dico Psiquiatra.   Membro Efetivo da Sociedade Psicanal�tica de Porto Alegre.   Casou-se em 5 de Maio de 1948, em Porto Alegre, com Heloisa Con�ei��o Chagas, nascida a 25 de Dezembro de 1927, filha de Ant�o Chagas e Lucila S� Chagas. Todos residentes em Porto Alegre.   

Dr. S�rgio � autor de um aprofundado trabalho geneal�gico, que est� disponibilizado na web:

Dados geneal�gicos de S�rgio Paulo Annes e Heloisa C. Annes.

http://www.annes.com.br/

 

                                              Outras p�ginas  do Dr. S�rgio Paulo Melo Annes:

 

http://www.annes.com.br/judaismo/

http://www.annes.com.br/escritos/ ,  que consta dos t�tulos:

 

1963 - Bases Esquizo-paranoides de uma Atua��o na Transfer�ncia

1971 - Homossexualidade e Agress�o ao Objeto Prim�rio

1973 - Coment�rio Sobre "Leporello e Don Juan"

1973 - Psican�lise e Feminilidade

1974 - Psicanalise: Investiga��o ou Terapia?

1974 - Algumas Considera��es Sobre os Impulsos Escoptof�licos

1996 - "Simp�sio Sobre Supervis�o"

1998 - "Caso Dora"

1998 - Cyro e eu...

1999 - Perdas e Ganhos

2001 - Participa��o do Juda�smo no Anti-semitismo

2001 - B�blia, Aspectos Cient�ficos (Igreja das Dores)

2001 - B�blia e Terrorismo

2001 - Melanie Klein Tra�os Biogr�ficos

2002 - Genealogia da SPPA

2003 - Jornada de Psiquiatria

2003 - Mem�ria da SPPA

2003 - Psicoterapia e Religiosidade

2003 - Hist�ria Resumida da Psiquiatria

2006 - Simp�sio no CELG: Religi�o Jud�ica e Crist�

 

 

 

 

Filhos do casal  Paulo S�rgio e Heloisa Concei��o:

 

Beatriz Annes

Clarice Annes

Elizabeth Annes

Roberto Annes

Ricardo Annes

Cl�udio Annes

Leonardo Annes                            Tetranetos

 

 

TT. Beatriz Annes nasceu em 19 de Dezembro de 1949, faleceu em 22 de Dezembro de 1949, em Ira�.

 

 

TT. Clarice Annes nasceu a 6 de Janeiro de1951, em Porto Alegre. Formou-se em Administra��o de Empr�sas. Casou-se a 19 de Dezembro de 1969, com Carlos Eduardo Campos Armando.

Pais de:

Frederico Annes Armando

Let�cia Annes Armando                  Pentanetos

 

 

PN. Frederico Annes Armando nasceu em 28 de Julho de 1970, em New York-USA.

 

 

PN. Let�cia Annes Armando nasceu a 28 de Agosto de 1971, em Porto Alegre.

 

 

TT. Elizabeth Annes nasceu a 20 de Outubro de 1952, em Porto Alegre. � m�dica. Casou-se com Marcelo de L�o.

Adotaram:

Lucas Chagas Annes

Laura Chagas Annes                              Pentanetos

 

 

PN. Lucas Chagas Annes nasceu a 4 de Agosto de 1994, em Porto Alegre.

 

 

PN. Laura Chagas Annes nasceu a 13 de Agosto de 1994, em Porto Alegre.

 

 

TT. Roberto Annes nasceu a 5 de Junho de 1954, em Porto Alegre.

� Arquiteto.

 

 

TT. Ricardo Annes nasceu a 20 de Junho de1955,em Porto Alegre.  Analista de sistemas. Casou-se a 24 de Janeiro de 1976, com Yara Basegio Grant, nascida em 28 de Junho de 1956, em Porto Alegre .

Pais de:

Francisco Grant Annes

Clara Grant Annes                         Pentanetos

 

 

PN. Francisco Grant Annes nasceu em 27 de Junho de 1982, em Uruguaiana (adotado).

 

 

PN. Clara Grant Annes nasceu em 22 de Fevereiro de 1983, em Porto Alegre.

 

 

TT. Ricardo Annes casou-se em segundas n�pcias com Dulce Maria Dias Freitas, nascida em 22 de Mar�o de 1960, em Uruguaiana.

Pais de:

Maria Luiza Freitas Annes

Lucas Freitas Annes                            Pentanetos

 

 

PN. Maria Luiza Freitas Annes nasceu a 29 de Agosto de 1990, em Uruguaiana.

 

 

PN. Lucas Freitas Annes nasceu a 19 de Maio de 1994, em Uruguaiana.

 

 

TT. Cl�udio Annes nasceu a 10 de Junho de 1960, em Porto Alegre.

� Zoot�cnico.

 

 

TT. Leonardo Annes nasceu a 7 de Janeiro de 1964, em Porto Alegre.

 

 

TN. Maria Am�lia Annes � solteira. Contabilista, aposentou-se como funcion�ria da Contadoria da Fazenda do Estado do R.G.S.

 

 

BN. Serenita Catarina Prestes Annes (D.Serena) nasceu a 20 de Setembro de 1896, em Passo Fundo. Faleceu a 22 de Fevereiro de 1978, tamb�m em Passo Fundo.  Foi seu padrinho de batismo,   Jer�nimo Lucas Annes.  A 23 de Maio de 1913, contratou casamento com Helmuth H�mrich, do com�rcio, com quem se casou a 10 de Outubro de 1913. N�o tiveram filhos.   Empenhou-se na cria��o e organiza��o do "Lar da Vov�", entidade beneficente da Igreja Metodista, a qual pertencia, tendo realizado seu ideal. Helmuth nasceu a 31 de Janeiro de 1890, e faleceu a 19 de dezembro de 1976.

 

 

 

 

 

 

 

 

                 

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