Nanci Romero

Nanci Romero sou eu e, como costumava dizer, a única. Mas parece que não estou só no mundo: se já não bastasse a minha prima Nanci de Paula Romero (que só assina Nanci Romero), descobri que há outras...várias... Em São Paulo mesmo!

Por que essa preocupação com o nome? Não sei muito bem, mas desde criança estive atenta a isso. A minha história onomástica começa (é claro) com o meu nascimento: eu sou a caçula e, por isso, todos os outros tinham alguma sugestão. Meu pai queria o nome da mãe, Deocasta; pela minha mãe eu seria Clemência, sua avó que morrera no ano anterior, meu irmão mais velho queria Gilda (Nunca houve mulher como Gilda!) e minha irmã insistia em que meu nome fosse Nanci. Só o Jorge, que eu saiba, não se manifestou: tinha só quatro anos... Pois bem, como escolher entre eles? Jogando palitinho, é claro! Mas foi um jogo de cartas marcadas (ou melhor, de palitos marcados). Minha mãe decidiu que, se ganhasse, aceitaria a sugestão da minha irmã. E ela ganhou. Para minha sorte, dizem quase todos, quando ouvem nomes tão pouco usuais.

            Minha mãe, porém, não estava muito disposta a abrir mão do seu desejo , por isso resolveu batizar-me Nanci Clemência. E esse foi meu nome até eu ir para a escola. Meu pai já me havia ensinado que eu não era Nanci Clemência Romera, mesmo sendo menina: sobrenome é igual para homem e para mulher! Mas, somente na escola, descobri que Clêmencia não aparecia no registro civil. E foi assim que, após várias correções, descobri que eu era simplesmente Nanci Romero.

            Aliás, na adolescência meu nome me pareceu simples demais. Nem um ipslonzinho? Bem que eu tentei mudar isso, inclusive completando a letra desejada na minha carteira de trabalho. Mas meu sonho acabou por aí: na identidade eu fui obrigada a assumir o meu reles i. Evidentemente isso não me impediu de usar y na assinatura!

            Estranho como as coisas mudam... Com o tempo eu passei a achar o i muito mais interessante, mais brasileiro, da terra. Fiquei em paz com ele e com o meu nome. Tanto que não quis alterá-lo quando me casei e crio caso quando o escrevem com ipslon.

            Mas meu nome ainda me reservava uma surpresa: estudando a história da minha família descobri que Clemência (e também seu DNA mitocondrial) vem passando de geração em geração há duzentos e cinqüenta anos! A primeira Clemência Maria de que tenho notícia nasceu na Barosa (Leiria, Portugal) por volta de 1750. Sua neta Clemência Maria Teixeira batizou minha bisavó Clemência Maria. Adivinhem qual seria o nome de uma eventual filha?

            Se você quiser cohecê-las passeie um pouco por estas páginas, começando por meus pais Antonio Romero e Durvalina Francisco Romero.Visite também a família de meu marido,que se chama Leonidas Sandoval Junior (mas na verdade é bisneto!) Por falar nisso, e se fosse menino?

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