Leonel de Abreu Lima

 

            Nasceu em Ponte de Lima, Braga, Portugal. Casou-se com Maria Ignacia Rosa. Viveu em Mariana ou Vila Rica, por volta de 1750.

            Visite o site de Ponte de Lima: http://www.rtam.pt/concelhos/plima.html

Ponte de Lima

Ponte de Lima


Ponte de Lima

Antiga vila amuralhada, Ponte de Lima é uma interessante localidade de visita obrigatória no Alto Minho.

Ao lado a ponte medieval, soberba de formas com os seus quinze arcos ogivais. Depois, as Torres de S. Paulo e da Cadeia, conservando-se ainda entre elas, um pano das antigas muralhas da vila.

Terra morena, vestida de rude granito da Serra d'Arga, Ponte de Lima é uma terra cheia de história, de arte e beleza natural, de rusticidade e património. Falar de Ponte de Lima, é relembrar esta terra "velhinha" de séculos que teve os seus primórdios numa "velha" ria romana feita no tempo de Augusto e de uma ponte que até deu o nome à terra.

Após serem postos "a nu" os cinco arcos romanos do extremo norte por onde passaram as "centúrias" da "paz de Augusto", tornou-se mais valorizada a romana / medieva Ponte.

Foi, por isso, quiçá, que a Condessa D. Tareja quis fazer de "ponte" uma "Vila sua" para "estorvar" aquilo que já, em 1121, sucedera quando viu invadido o "seu" condado e as "suas" terras pela irmã D. Urraca acompanha-da do famoso Arcebispo D. Gelmires.

Ponte de Lima

A criação da "vila", a entrega do foral, o estabelecimento da "feira" e as sanções aplicadas "se (alguém) fizer mal aos homens que de qualquer terra vieram à feira, tanto na ida como na vinda, pague sessenta soldos", são algumas das intenções de D. Tareja em "fixar" aqui mais gente, inclusivé, estabelecendo que, das "terras rotas" (cultivadas) se pagasse o terço, das "não rotas" um quinto, num claro estímulo aos lavradores para que cultivassem as terras, a maior parte ainda "ermas" dos tempos da Reconquista".

E logo ficou marcada a história de Ponte de Lima pois, do lado da margem direita (Refoios, Arcozelo, Calheiros, Brandara) ficaram as "honras" e os "solares" da Ribeira Lima, na margem esquerda, os "reguengos" e os "Coutos" (Correlhã, Feitosa, Arca).

Fidalgos e guerreiros que não perdoam à Condessa a sua ligação com os Travas e que fazem causa comum na rebelião do filho (D. Afonso Henriques) contra a mãe juntando-se aos Senhores da Maia, lutando pela emancipação de Portugal.

Vai ser no entanto D. Pedro I, quem dá novo foral, e novo impulso à vila. Reconstrói-se a ponte, circunda-se a vila de muralhas com nove portas e outras tantas torres.

Nove portas significam nove caminhos e isso, diz-nos bem, do centro de comunicações que já naquele tempo era Ponte de Lima.

Ponte de Lima

Mas, voltemos à "feira".
Não mudou de local até aos dias de hoje e bem será que fique sempre no "areal". Fazia-se no largo do Souto que, no tempo de D. Pedro I e porque estava no caminho para o litoral, mereceu torre e porta com o mesmo nome.

Conforme gravura da época, podem ver-se dezenas de carvalhos e castanheiros, a demarcar o "souto" até ao rio.

Ao meio, o chafariz que João Lopes - o moço, construiu e que, por deliberação da Câmara de 1929, transitou para o Largo de Camões. Ao lado, o Hospital de Peregrinos, pois Ponte de Lima foi e é Caminho de Santiago. Mais ao nascente era a porta e a Torre de S. João, no lado de Ponte da Barca e que com a Torre de Braga, fazia o eixo das mais importantes ligações tendo como já vimos o largo do Souto e a "feira" com o seu espaço nuclear.

Centenas de anos passados, em tempo de "Feiras Novas" ou de "Feiras Velhas", é sempre uma "Santa Feira".

Dia de feira, dia de "trocas", dia de mercado, mas dia "santo", dia de "féria".

Por isso, as "Feiras Novas" são, também, "Dia de Festa", "Dia Santo de Romaria". A não perder no 3º Domingo de Setembro.

         

       

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