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ANOTAÇÕES As Aventuras da Liga Extraordinária - Volume II Por Jess Nevins ([email protected]) e diversas mãos. Esse texto é divulgado com a permissão do Autor. Thanks, Jess!
Página 9 O indivíduo no tapete é Gullivar Jones (seu nome é revelado na página 14, quadrinho 3). Gullivar Jones foi criado pelo autor britânico Edwin L. Arnold e sua primeira aparição se deu em Lieutenant Gullivar Jones: His Vacation (1905). Nas várias edições de seu livro, Jones é chamado de "Gulliver" ou "Gullivar". Em Lieutenant Gullivar... um oficial da marinha americana é transportado para Marte através de um tapete voador; uma vez em Marte, tem aventuras com um grupo amigável de marcianos e apaixona-se por Heru, uma mulher marciana, antes de retornar à Terra. Lieutenant Gullivar... antecede em sete anos a primeira
história de John
Carter em
Marte; e ninguém
sabe ao certo se Edgar Rice Burroughs leu a história
de Edwin
L. Arnold antes de escrever Under the Moons of Mars,
mas as similaridades impressionam. No entanto, as primeiras referências
de um oficial dos EUA que viaja para Marte e se casa com uma princesa
alienígena foram
apresentadas em Journey to Mars, de Gustavus Pope,
publicada em 1894, que antecede
o Gullivar Jones de Arnold em 11 anos,
e o John
Carter de Burroughs em 18 anos. Além disso,
a idéia de uma viagem através de projeção
astral até Marte data de, pelo menos, antes de 1875, quando o
escritor argentino Eduardo Ladislao Holmberg a usou
em seu Viaje
Maravilloso Del Senor NIC-Nac. ... a coisa mais estranha sobre esse tapete é seu padrão. Devido ao uso, encontrava-se bastante surrado, mas seu desenho ainda apresentava uma tonalidade solene e gasta pela idade e, quando o arrastei e o estendi na frente de meu fogão, me pareceu, mas do que qualquer outra coisa, com um mapa de estrelas feito por um escriba que havia acabado de se recuperar de um delirium tremens. No centro havia um círculo que pode muito bem representar o sol e, aqui e acolá, havia círculos menores cujos tamanhos e posições poderiam representar os pequenos mundos que o circundam. Entre estes círculos haviam setas que apontavam para todas as direções, enquanto todos o espaço entre elas estavam preenchidos com caracteres de tecido que lembram uma mistura de runas e Sânscrito. As extremidades destes caracteres delineavam um labirinto selvagem, uma perfeita selva de um alfabeto que ninguém além de um sábio se sentiria impelido em encontrar significado. No quadrinho 3 dessa página, a
linha de texto que aparece no desenho do tapete, é lida verticalmente
de cima para baixo. Ela parece, vagamente, ter sido escrita em hiragana
(um tipo de escrita japonesa). A escrita nas bordas marrons do tapete
parece estar relacionada com a escrita
marciana usada na história.
Deimos, do título da história, é uma das luas de
Marte. Na mitologia grega, os servos de Marte (guerra) eram Phobos (medo)
e Deimos (pânico): o que funciona muito bem no contexto da história. Gullivar está
atravessando um dos muitos desfiladeiros de Marte, talvez os vales Marineris. Página 11 Quadrinho 7 A linguagem utilizada aqui é, claro, o "idioma" marciano, possivelmente criado por Moore e inspirado no romance de Edwin L. Arnold. Os diálogos travados podem ser, com alguma dificuldade, compreendidos em inglês, se você lê-los através de um espelho. Na figura acima, a imagem da esquerda é a visão especular da imagem original da direita. Na segunda linha do balão, pode-se ler a palavra "Hither". Isso esclarece algo sobre os associados de Gullivar.
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