Jogo rápido
Esta é a seção onde eu defendo alguns dos animes e games de que gosto. Alguns aqui são famosos, outros são quase desconhecidos. Muitas vezes, as pessoas nem sabem do que eu estou falando quando comento sobre eles, ou mesmo torcem o nariz.
Não obrigo ninguém a gostar destas obras. A proposta é que o leitor conheça, saiba que existe... ou mesmo, se conhece mas não tentou ver como era, que escute uma opinião positiva a respeito delas. Quantas vezes você não hesitou em assistir ou jogar alguma coisa porque lhe disseram que era ruim? Pois alguém aqui gostou...
Sempre que algo por aí chamar a minha atenção, eu coloco aqui, com uma pequena sinopse, o porquê dessa obra ser "defendida", e o motivo pelo qual talvez não agrade ou não seja conhecida por todo mundo.
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Última atualização (12/09/2003): Como a seção é nova, pode-se dizer que tudo aqui é novo! ^_^" A adição mais recente é o anime Princess Tutu.
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Lista
por ordem de inclusão:
(nomes
originais entre parênteses, caso haja adaptação)
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Guerreiras Mágicas de Rayearth (Magic Knight Rayearth)
Categoria:
Anime (série de TV)
Sub-categoria: Shoujo, fantasia medieval.
Por que pode ter passado batido: Apesar de ser
um anime famoso e ser obra do grupo CLAMP, que tem muitas fãs,
este enfrentou alguns problemas no Brasil. Os horários no SBT,
na época da exibição, eram muito confusos. Começou a ser
exibido em maio de 1996, nos domingos de manhã. Depois de 11
episódios, passou por diversos horários. Eu só consegui
encontrar de novo em dezembro, às 8 da manhã nos dias de
semana... por isso mesmo, o anime não ficou tão conhecido
assim, mesmo sendo exibido em TV aberta. Ele deixou sua marca
para os fãs da época, mas as pessoas que começaram a gostar de
anime mais recentemente só conhecem a história pelo mangá,
pois é difícil encontrar para assistir atualmente. Mesmo assim,
existem muitas diferenças entre as duas versões.
Sobre o que é: Três garotas japonesas, Lucy
(Hikaru), Marine (Umi) e Anne (Fuu), que até então não se
conheciam, são convocadas a um mundo de espada-e-magia chamado
Zefir (Cefiro) pela Princesa Esmeralda (Emeraude) para
concretizar a lenda das Guerreiras Mágicas que salvariam aquele
mundo. Para isso, elas contam com a ajuda de diversos
personagens, com armas e armaduras que evoluem junto com seus
corações e com seus guardiões, os Mashins, que possuem vida,
mas se assemelham a robôs gigantes. A missão é cumprida, mas
de uma maneira inesperada. Tristes e frustradas, as três vão a
Zefir uma segunda vez para ajudar contra uma nova ameaça e ficar
em paz consigo mesmas.
Por que vale a pena: A história rompe com uma
série de clichês, a começar pela noção de que todo último
inimigo é o vilão da história. Ao mesmo tempo, abre espaço
para uma série de novos conceitos que viriam a se espahar pelos
animes a partir dali. É um prato cheio para os fãs de romances
sensíveis e/ou dramáticos. Os personagens também são muito
cativantes, todos com personalidades bem definidas.
Motivo pelo qual alguns podem não gostar: O
anime é "enfeitado" demais. Tudo tem uma pose, uma
frase, uma preparação. Uns adoram, outros nem tanto. Alguns
não gostam muito também porque, apesar de ter seus pequenos
mistérios, a história é relativamente simples e linear.
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Sailor Moon
Categoria:
Anime (série de TV)
Sub-categoria: Shoujo, mahou shoujo.
Por que pode ter passado batido: Sailor Moon é
um da lista dos muito famosos. Foi um anime que não passou em
branco no conhecimento dos fãs de anime, mas nem todo mundo teve
chance de assistir. Na época da Manchete, muitos dos atuais fãs
ainda não conheciam os animes. Quando o Cartoon Network exibiu o
anime recentemente, começou direto da segunda temporada, que
confunde quem não viu a primeira e ainda perde, para ela, um
pouco em qualidade, segundo a opinião de vários fãs. A
exibição na Record não foi muito regular, prejudicando quem
depende de TV aberta.
Sobre o que é: Serena (Usagi) Tsukino é uma
garota de 14 anos. Atrapalhada, comilona e chorona, vive tirando
notas baixas e chegando atrasada na escola. Certo dia, ela salva
uma gatinha preta dos meninos que a estavam maltratando. Naquela
noite, a gata, que tem um sinal de lua crescente na testa, entra
pela janela do quarto da garota e dá a ela um broche mágico
para que ela se transforme em Sailor Moon e a ajude com a missão
de derrotar o mal e procurar a Princesa da Lua. Mesmo não sendo
muito heroína, Serena (Usagi) se envolve na história. Para
ajudá-la, aos poucos vão surgindo mais Sailors, cada uma
representando um planeta do Sistema Solar.
Por que vale a pena: Conforme o anime se desenvolve,
você nota o quanto as personagens sofrem e amadurecem, mesmo que
na marra. Cada uma das Sailors tem seu próprio jeito, e a
maioria dos fãs sempre tem uma favorita. Além de lutar contra
as forças malígnas, Serena (Usagi) e Cia. têm que lidar com
problemas do cotidiano, desde as notas no colégio até um amor
mal-resolvido, o que faz delas personagens mais humanas. Os
personagens secundários cuja importância passa de um episódio
também têm seus dramas e nunca são desinteressantes. A parte
cômica do anime também tem seu mérito.
Motivo pelo qual alguns podem não gostar: Mesmo
com algumas reviravoltas no meio, a história é bastante
simples. As doses de açúcar também podem ficar excessivamente
altas em alguns pontos do anime, especialmente nos romances. O
melodrama às vezes é digno de novela mexicana.
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The Vision of Escaflowne (Tenkuu no Escaflowne)
Categoria:
Anime (série de TV)
Sub-categoria: Capa-e-espada, fantasia, mechas.
Por que pode ter passado batido: Não passou no
Brasil. Vários distros em VHS contam com a série completa no
país, mas não é dos animes mais badalados. Mesmo entre os fãs
de animes, alguns só conhecem a série de nome.
Sobre o que é: Hitomi é uma jovem estudante
que tem talento para ver o destino das pessoas nas cartas de
tarô. Também praticante de atletismo, durante um treino, ela
tem uma visão de um jovem da sua idade e desmaia. À noite, o
jovem da visão, chamado Van, aparece em carne e osso e derrota o
dragão que o seguiu com a ajuda de mais uma visão da garota.
Uma coluna de luz leva os dois para o mundo de Van, Gaea, um
mundo onde a Terra é vista no céu ao lado da Lua e é conhecida
como Lua Fantasma. Quando um misterioso inimigo começa a atacar
Fanelia, país de Van, ambos fogem, levando consigo o robô
gigante conhecido como Escaflowne. A partir daí, muita aventura
aguarda os dois conforme passam por outros países, conhecem
novos personagens e se envolvem cada vez mais nos planos
ambiciosos de um certo império...
Por que vale a pena: É um anime muito bem
produzido. Sua qualidade, pelo menos em termos técnicos, é
indiscutível. Foi considerado o melhor anime de 1996, perdendo
apenas para Evangelion. Os personagens são numerosos e
interessantes, e a trama tem certo grau de complexidade. Temas
como guerra, intriga e adultério fazem da história um pouco
mais densa. Alguns mistérios que vão se resolvendo ao longo do
anime também são capazes de prender a atenção do espectador.
Motivo pelo qual alguns podem não gostar: O
anime é muito sério. As cenas de humor são raras e muito
sutis. Existe também um certo nível de absurdo em algumas
batalhas que certas pessoas reprovam. Na primeira vez que se
assiste, o anime pode ser um pouco confuso. A mistura entre
mechas e capa-e-espada pode parecer estranha. O design também é
bastante peculiar, e os narizes exageradamente longos que fazem
parte dele muitas vezes não agradam.
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Chrono Trigger
Categoria:
Videogame (SNES / Playstation)
Sub-categoria: RPG tradicional, fantasia
medieval.
Por que pode ter passado batido: Apesar de ser
um game muito querido do universo dos RPGs de videogame, pessoas
que não são exatamente fãs de games muitas vezes não
conhecem, por não se tratar de uma "lenda", um jogo
extremamente famoso, como Final Fantasy ou Street Fighter. Como a
versão original era para Super Nintendo, nem todo mundo tem
acesso a esse game atualmente. O remake para Playstation é
basicamente o mesmo jogo, mas não é muito fácil de encontrar.
Alguns fãs de Dragon Ball reconhecem o game por causa do design,
que também é de Akira Toriyama.
Sobre o que é: Crono é um adolescente comum do
reino de Guardia, no ano 1000 DC. Habilidoso com a espada, mas
tímido com as palavras, Crono se prepara para ir à feira que
só acontece uma vez a cada milênio. Lá, conhece uma simpática
loirinha chamada Marle, que o acompanha pela feira até a
exposição das invenções da melhor amiga de Crono, Lucca. Lá,
Marle é voluntária para a demostração de um
teletransportador, mas uma reação estranha da máquina com seu
pendante a faz sumir em um misterioso portal do tempo. A partir
daí, Crono, Marle e Lucca se envolvem em aventuras por diversas
eras, conhecem novos e curiosos personagens de épocas diferentes
e descobrem o causador da destruição do mundo no futuro, contra
o qual se dispõem a lutar.
Por que vale a pena: É um jogo inesquecível.
Os personagens têm um carisma bastante grande, e como não são
muitos, é fácil de se acostumar com o jeito e as habilidades de
cada um. Não é um game complexo, até para um RPG, então
qualquer um pode jogá-lo e aproveitar seu enredo cativante. Esse
game ainda introduziu alguns conceitos que, até então, nunca
tinham sido vistos, como magias que combinam os poderem de mais
de um personagem e batalhas não-aleatórias (você vê os
monstros no dungeon antes de ser atacado). A viagem no tempo
também é um elemento interessante, porque você passa a ter
seis mundos "diferentes" para explorar. Os múltiplos
finais (mais de dez) também são um atrativo especial.
Motivo pelo qual alguns podem não gostar: É um
jogo antigo, de 1995. Algumas pessoas podem considerá-lo
ultrapassado ao compará-lo com os incrementadíssimos RPGs de
Playstation 2, por exemplo. Infelizmente, muitos RPGs são
ignorados por causa da parte gráfica, mesmo tendo uma história
muito boa. Algo que também pode não agradar muito é a
duração do game, que alguns fãs de RPG consideram curta
demais.
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Lunar: The Silver Star Story
Categoria:
Videogame (Sega CD / Saturn / Playstation)
Sub-categoria: RPG tradicional, fantasia
medieval.
Por que pode ter passado batido: É um RPG
bastante antigo, que saiu para Sega CD como "Lunar: Silver
Star", mas não ficou muito conhecido pela limitação de
acesso a esse console. A situação meio que se repetiu com a
versão para Saturn, outro console que, mesmo tendo seus
méritos, ficou ofuscado pelos concorrentes. Ao chegar ao
Playstation, ainda que com as mesmas FMVs de anime que tinha no
Saturn, o game já estava um tanto ultrapassado graficamente, e
ficou em segundo plano por causa dos jogos mais sofisticados,
não sendo muito reconhecido fora do círculo dos games (ou mesmo
dentro dele).
Sobre o que é: Alex é um garoto do vilarejo de
Burg, que tem o sonho de se tornar um Dragonmaster, tal como seu
idolo, Dyne. Junto com ele e seus pais, mora uma garota chamada
Luna, adotada ainda bebê. Mesmo criados juntos, Alex e Luna
parecem sentir algo um pelo outro. Um dia, Alex, Luna e Ramus, um
garoto do mesmo vilarejo que também sonha alto, aventuram-se na
Caverna do Dragão Branco e conseguem uma imensa jóia, a qual
pretendem vender na grande cidade de Meribia. Ramus pelo
dinheiro, Alex e Luna pela aventura, partem os três para Meribia
e, a partir daí, começa uma jornada muito maior do que eles
inicialmente previam...
Por que vale a pena: A história é boa e, em
certos momentos, surpreende. Os personagens jogáveis são
poucos, mas cada um tem uma personalidade bem definida e seus
próprios motivos para entrar na aventura. O game é bastante
desafiador e contraria a tendência atual de chefes fáceis, o
que pode agradar várias pessoas. Outro destaque, nas versões de
Saturn e Playstation, são as FMVs de anime, com character design
de Yoshiyuki Sadamoto, o mesmo de Evangelion. Os diálogos
falados acontecem com freqüência, e quem jogar a versão
japonesa vai se deparar com muitas vozes famosas.
Por que alguns podem não gostar: Por ser um
game antigo, não possui os detalhes inovadores dos RPGs de hoje.
As ótimas FMVs não livram o RPG de ter gráficos simples,
talvez até ultrapassados. A dificuldade, também, é um fator
que agrada uns, mas afasta outros: cada inimigo comum exige uma
estratégia (envolvendo inclusive magias), e alguns chefes do
jogo são de arrepiar os cabelos.
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Star Ocean: The Second Story
Categoria:
Videogame (Playstation)
Sub-categoria: RPG tradicional, ficção
científica, fantasia medieval.
Por que pode ter passado batido: Não é um game
muito conhecido de quem não é acostumado a jogar RPGs de
console. Mesmo para aqueles que jogam, não é tão fácil de
encontrar como um Final Fantasy. O anime Star Ocean EX foi criado
para divulgá-lo no Japão, mas só chegou à América através
de fansubbers.
Sobre o que é: Em um ambiente futurista, onde a
Terra já abriga 10 bilhões de pessoas, Claude C. Kenni é um
tripulante da nave Calnus, a serviço da Federação da Terra. O
capitão da nave, Ronixis, é pai de Claude. O fato de ser
conhecido como "o filho do capitão", e não por seus
próprios méritos, incomoda o rapaz. Em uma expedição para
explorar um certo planeta, sua ânsia por mostrar serviço causa
um acidente e transporta Claude para outro planeta, onde uma
garota corre perigo. Depois de ajudá-la, usando a arma dada a
ele pelo pai, a garota se apresenta como Rena Lanford. Em Arlia,
vilarejo de Rena, Claude descobre que um certo meteorito chamado
Sorcery Globe anda transformando pessoas e animais em demônios.
Ele, então, parte para investigar o Sorcery Globe e procurar um
caminho de volta para casa. Rena, que é filha adotiva, vai
junto, tentando descobrir mais sobre o próprio passado...
(Nota: O anime Star Ocean
EX segue um storyline semelhante ao do game, salvo exceções,
mas o final foi alterado e fica incompleto para que o game não
perca a graça.)
Por que vale a pena: O jogo agrada em cheio quem
gosta de mangá e anime, com personagens em SD e expressões
"clássicas" como a gota do lado da cabeça. Mesmo quem
é só dos games vai encontrar ali uma história interessante,
personagens cativantes, a possibilidade de escolher Claude ou
Rena como protagonista, e múltiplos finais. O sistema de PAs
(Private Actions) permite ao jogador realizar eventos opcionais
que influem nos níveis de amizade e/ou amor entre os personagens
e que, conseqüentemente, influem no final do jogo. As batalhas
são por menus mas não são por turnos, obedecendo um sistema
mais original. O jogo permite ainda a criação de itens através
de outros, bem como diversas habilidades (de campo ou batalha)
que podem ser desenvolvidas a gosto conforme se ganha
experiência.
Motivo pelo qual alguns podem não gostar: O
game é cheio de comandos e opções, e mesmo que metade deles
sejam dispensáveis para o bom andamento do jogo, isso pode
tornar o jogo meio confuso. O sistema de magias em batalha pode
ser frustrante, especialmente porque, se alguém te atacar
enquanto você recita a magia, ela é cancelada, e as magias
fortes levam alguns segundos "carregando". Além disso,
o game peca pela pouca quantidade de CGs, e o clima do storyline
é meio parado.
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Skies of Arcadia
Categoria:
Videogame (Dreamcast / Gamecube)
Sub-categoria: RPG tradicional, fantasia.
Por que pode ter passado batido: O game saiu
primeiro para Dreamcast, produzido pela Overworks, uma
subsidiária da própria Sega. Mas o console já estava no final
de sua glória, e poucas pessoas tiveram a oportunidade de
conhecê-lo. Foi relançado para Gamecube com o nome Skies of
Arcada Legends, mas até agora não foi bastante reconhecido fora
do círculo dos games.
Sobre o que é: Estamos no mundo de Arcadia,
onde toda a civilização desenvolveu-se em ilhas flutuantes.
Para essa gente, o céu é como o oceano, e navios voadores são
o principal meio de transporte, movidos pelas pedras que caem das
seis luas, as Moon Stones. Nesses céus, circulam a população,
mercadores e, claro, piratas. Vyse é um jovem destemido, que
pertence ao grupo dos Blue Rogues, piratas com código de honra
que jamais atacam gente inocente ou desarmada, preferindo como
alvo os navios da Armada Valuana. Quando uma garota misteriosa
chamada Fina surge e se torna alvo de Valua, Vyse e sua melhor
amiga, Aika, juntam-se a ela e descobrem que uma grande missão
os aguarda. E isso ainda leva Vyse às aventuras e descobertas
que sempre sonhou e o ajuda a ganhar fama através do mundo.
Por que vale a pena: O game garante a dose certa
de diversão. A história é muito bem feita, mas sem ser
demasiado complexa. Os personagens têm todos um charme especial
e são bem elaborados. O game realmente te chama para o que está
acontecendo. E coisas a fazer é que não faltam no jogo: além
de cumprir o storyline, você ainda pode realizar descobertas
mundo afora e coletar itens extras. No Gamecube, pode ainda
caçar piratas negros, que são aqueles sem moral algum, em troca
de recompensa (afinal, você ainda é um pirata...), e ainda
encarar a sinistra Piastol, o Anjo da Morte, que pelo jeito tem
seus motivos para odiar Vyse.
Motivo pelo qual alguns podem não gostar: Eu
nunca ouvi alguém reclamar desse jogo, mas se há um motivo,
talvez seja pelo tamanho do game (se você seguir apenas o
storyline, fica um pouco curto, mesmo...) e pela configuração
relativamente tradicional do storyline, com hierarquia de vilões
e tudo mais. Além disso, os dungeons são curtos e simples,
então quem ama os puzzles de um Zelda pode sentir a falta. Se
alguém reclamar dos chefes fáceis, devia tentar caçar os
procurados...
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Sonic X
Categoria:
Anime (série de TV)
Sub-categoria: Ação/aventura, humor.
Por que pode ter passado batido: Tudo bem que é
um anime muito recente, e agora que está engrenando no Japão.
Mesmo assim, embora Sonic seja um personagem muito conhecido,
quem não tem acesso à internet provavelmente mal sabe que esse
anime saiu, e mesmo quem está na rede não encontra muita
divulgação direcionada aos fãs de animes, apenas aos de games.
O anime chegou agora aos Estados Unidos, mas ainda falta muito
para ficar famoso.
Sobre o que é: O anime cria uma nova história
usando os personagens dos mais recentes jogos de Sonic. Até
agora, posso confirmar, além do próprio protagonista, as
presenças de Tails, Knuckles, Amy, Cream, Big, Shadow, Rouge e,
é claro, Dr. Eggman, mais conhecido por nós como Dr. Robotnik.
A história começa quando, como sempre, Eggman está com um
plano malígno a caminho e Sonic & Cia. vão até a base dele
tentar detê-lo. Mas um acidente acontece e ativa o poder do
Chaos Control, mandando todo mundo para a Terra. Primeiramente
sozinho num mundo cheio de criaturas "esquisitas"
(leia-se: humanos normais...), Sonic acaba sendo ajudado por um
garoto rico e amável chamado Chris. Aos poucos, a turma vai se
reunindo novamente, Eggman bola um novo plano incluindo a Terra,
e Chris e seu avô acompanham as aventuras de seus novos amigos.
Por que vale a pena: A ambientação te faz
voltar às lembranças de jogar jogo do Sonic. Os personagens
estão bem caracterizados, e o jeito debochado de Sonic está de
volta, mais afiado do que nunca, junto com os talentos precoces
de Tails, a frescura sem fim de Amy, a inocência de Cream, a
rabugice de Knuckles e tudo mais. O visual do anime é ótimo, os
dubladores de Sonic Adventure 2 estão de volta, Hinoboru
Kageyama canta a abertura, e algumas cenas são capazes de te
fazer entrar totalmente no clima, ou, pelo menos, dar umas boas
risadas.
Motivo pelo qual alguns podem não gostar:
Apesar da produção caprichada, Sonic X ainda é um anime
dirigido para o público infantil, então quem só gosta de
animes maduros pode acabar virando a cara. A história em si é
simples, também, pelo menos até onde eu assisti. Enfim,
diverte, e muito, mas quem busca algo muito mais profundo
provavelmente não vai achar.
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Princess Tutu
Categoria:
Anime (série de TV)
Sub-categoria: Shoujo, mahou shoujo,
ambientação de época.
Por que pode ter passado batido: É um anime
recente, que as pessoas só costumam conhecer quando alguém
recomenda, ou quando entram em alguma página de reviews ou de
downloads. Nunca passou no Brasil, e nenhum distro de VHS dispõe
desse anime por aqui. A série foi completamente legendada por
fansubbers digitais, está disponível em Bit Torrent, mas é
pouco divulgada. É mais um mahou shoujo no meio de uma
indústria de animes MUITO grande.
Sobre o que é: Ahiru, aluna de ballet na
academia Kinkan, é uma menina que pode ser chamada de
"pata": desajeitada e atrapalhada, luta para não ser
"rebaixada" da classe regular para a preparatória. No
entanto, ela freqüentemente sonha que realmente virou uma pata,
e que, no lago, havia um belo príncipe dançando sobre as
águas. Claro, o "príncipe" era o garoto de quem Ahiru
gosta: Mytho é ótimo bailarino, tem feições delicadas e uma
expressão sempre distante. Sua tendência a ajudar os outros em
detrimento da própria segurança faz com que o rapaz se jogue da
janela do quarto para salvar um passarinho. Ao assistir à cena,
Ahiru lembra do juramento de protegê-lo que fez a uma figura
sinistra em seu sonho, e transforma-se na bailarina mágica
Princess Tutu para ajudar Mytho. A partir daí, mais é
descoberto sobre o passado dos dois, novos personagens surgem,
mas sempre com Ahiru defendendo o seu príncipe a qualquer custo.
Por que vale a pena: É complicado fazer sinopse
desse anime sem entregar as surpresas. O anime pode parecer
bobinho, mas é muito cativante. A história é simples e bela,
mesclando ballet com lendas e contos de fadas, que são
apresentados na introdução de cada episódio. Os personagens
são muito carismáticos e nunca passam em branco, cada um com
seu próprio drama pessoal (você realmente se envolve com eles).
Muitas risadas também estão asseguradas pelos detalhes nonsense
do anime, especialmente os animais falantes, como, por exemplo,
Neko-sensei, o professor de ballet, que é um gato com uma
bizarra fixação por casamento. O mais interessante da história
desse anime é que ela dá muitas reviravoltas e surpreende a
cada momento, principalmente na segunda temporada, mais
consistente.
Motivo pelo qual alguns podem não gostar: O
anime é, sim, simples e infantil. Nada maduro, nada complexo.
Quem é desse estilo, mais uma vez, vai se decepcionar. Tem gente
que também acha o nonsense de Princess Tutu excessivo, ofuscando
o que haveria de bom no storyline. Tem, realmente, que levar esse
anime muito na esportiva para engolir coisas como uma tamanduá
gigante dançarina de ballet...
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Crest/Banner of the Stars (Seikai no Monshou/Senki)
Categoria:
Anime (série de TV + OVA)
Sub-categoria: Ficção científica, espacial,
ação/aventura.
Por que pode ter passado batido: Não passou no
Brasil, fansubbers só costumam ter a primeira temporada, e é
difícil de encontrar para baixar na internet.
Sobre o que é: Um épico de ficção
científica que revolve sobre a raça Abh, humanos geneticamente
aperfeiçoados para lidar melhor com a hostilidade da vida no
Espaço, facilmente reconhecíveis pelos cabelos azuis. Os Abh
acabaram sendo tão bem-sucedidos que formaram o mais poderoso
Império de que se tem notícia, onde uma complexa hierarquia
contrasta com uma mentalidade igualitária. Mas poder demais
intimida, e os cidadãos do Império Abh são temidos e
hostilizados por muitos grupos humanos, que os consideram
monstros dominadores a serem combatidos. Nesse contexto de
guerra, um jovem humano chamado Jinto acaba, devido a muitas
circunstâncias, tornando-se um nobre do Império, tendo que
conviver com as convenções dos Abh e o preconceito dos outros
humanos. Como se não bastasse, sua companhia mais habitual é
ninguém menos que Lafiel, a princesa herdeira do Império Abh.
Por que vale a pena: É um anime
elaboradíssimo, não só no contexto de ficção científica,
onde o Império Abh é apresentado com minúcias como costumes
peculiares e idioma/alfabeto próprios, mas também na criação
dos personagens e na interação sobre eles, tudo dentro de um
ambiente de guerra espacial. Cada detalhe é cuidadosamente
desenvolvido, tornando-se interessante e envolvente.
Motivo pelo qual alguns podem não gostar: É um
anime de ritmo mais lento e descritivo. Mesmo as cenas de ação
das batalhas espaciais focam mais os procedimentos da
tripulação do que a batalha em si. O anime é riquíssimo, mas
assimilar tudo que ele apresenta exige uma certa dose de
paciência que nem todos têm.
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