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- ESPIRITISMO KARDECISTA -
(RELIGIÃO CRISTÃ ESPÍRITA KARDECISTA)

 
 

PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

 


Primeira Guerra Mundial, conflito militar (1914-1918), iniciado por um confronto regional entre o Império Austro-Húngaro e a Sérvia, em 28 de julho de 1914. Confronto que se transformaria em luta armada, em escala européia, quando a declaração de guerra austro-húngara foi estendida à Rússia em 1º de agosto de 1914. E que finalmente passaria a ser uma guerra mundial da qual participaram 32 nações: 28 delas, denominadas ‘aliadas’ ou ‘potências coligadas’, entre as quais se encontravam a Grã-Bretanha, a França, a Rússia, a Itália, e os Estados Unidos, lutaram contra a coligação dos chamados Impérios Centrais, integrada pela Alemanha, pela Áustria-Hungria, pelo Império Otomano e pela Bulgária.

A causa imediata do início das hostilidades entre a Áustria-Hungria e a Sérvia foi o assassinato do arquiduque Francisco Fernando de Habsburgo, herdeiro do trono austro-húngaro, cometido, em Sarajevo no dia 28 de junho de 1914, por um nacionalista sérvio. Entretanto, os verdadeiros fatores determinantes do conflito foram: o espírito nacionalista que crescia por toda a Europa durante o século XIX e princípios do XX e a rivalidade econômica e política entre as diferentes nações, o processo de militarização e a corrida armamentista que caracterizaram a sociedade internacional dos últimos anos do século XIX, raiz da criação de dois sistemas de alianças que se diziam defensivas: a Tríplice Aliança e a Tríplice Entente. A primeira nasceu do pacto firmado entre a Alemanha, Áustria-Hungria e Itália contra a ameaça de ataque da França. A Tríplice Entente era a aliança entre a Grã-Bretanha, França e Rússia para contrabalançar a Tríplice Aliança.


Tríplice Aliança
, nome que receberam várias coalizões internacionais em diferentes momentos históricos e espaços geográficos. As mais importantes foram: a de 1596, firmada pela Inglaterra, França e as Províncias Unidas (atualmente Países Baixos) para combater a Espanha; a de 1668, firmada pela Inglaterra, Suécia e as Províncias Unidas com o objetivo de deter a política expansionista do rei Luís XIV da França; a de 1717, firmada pela Grã-Bretanha, França e Províncias Unidas para reforçar certas cláusulas dos tratados de Utrecht (foi rebatizada como a Quádrupla Aliança, quando a Áustria a subscreveu em 1718); a de 1865, estabelecida entre Argentina, Brasil e Uruguai, que originou a guerra da Tríplice Aliança (também conhecida como guerra do Paraguai — 1864-1870), e a de 1882, firmada pelo Império Alemão, o Império Áustro-Húngaro e a Itália, promovida por Otto von Bismarck.

Tríplice Entente
, nome que recebeu a aliança diplomática e militar entre a Grã-Bretanha, França e Rússia, em finais do século XIX e princípios do XX. Seu objetivo principal era fazer frente à Tríplice Aliança. A tensão entre os países de ambas as coalizões foi aumentando com o passar do tempo e provocou, em 1914, a eclosão da I Guerra Mundial.

O assassinato do Arquiduque austríaco teve sérias repercussões. Diante da ineficácia das gestões diplomáticas, a Áustria declarou guerra à Sérvia em 28 de julho de 1914. A Rússia respondeu, mobilizando-se contra a Áustria, e a Alemanha lhe declarou guerra em 1º de agosto. As tropas alemãs cruzaram a fronteira do Luxemburgo, em 2 de agosto, e no dia seguinte, 3 de agosto, a Alemanha declarou guerra à França. O governo britânico declarou guerra à Alemanha no dia 4 de agosto. A Itália permaneceria neutra até 23 de maio de 1915, quando, então, declarou guerra à Áustria-Hungria. O Japão declarou guerra à Alemanha em 23 de agosto de 1914 e em 6 de abril de 1917 os Estados Unidos fizeram o mesmo.

1914-1915: a guerra de trincheiras
As operações militares na Europa se desenvolveram em três frentes: a ocidental ou franco-belga, a oriental ou russa e a meridional ou sérvia. Posteriormente, surgiriam novas zonas de combate com a intervenção do Império Otomano, da Itália e da Bulgária.

Na frente ocidental, o plano inicial da estratégia alemã era derrotar rapidamente a França, no oeste, com uma ‘guerra relâmpago’, enquanto uma pequena parte do exército alemão e todas as forças austro-húngaras conteriam, a leste, a invasão russa. No outono de 1914 a queda da capital francesa parecia tão iminente que o governo francês se transferiu para Bordeaux. Porém os franceses, comandados pelo general Joseph Joffre, cercaram Paris e atacaram o exército alemão. Na primeira batalha do Marne (de 6 a 9 de setembro), os franceses conseguiram deter o exército alemão. No entanto, no fim de 1914, os adversários ainda estavam entrincheirados, cada um em suas linhas de frente que se estendiam da Suíça ao Mar do Norte. No decurso de três anos poucas modificações ocorreram nestas linhas, o que faria da luta uma guerra de trincheiras ou de ‘exaustão’.

Batalha do Marne, nome de duas operações bélicas da I Guerra Mundial: na primeira (setembro de 1914), o general Joseph Joffre deteve o avanço dos alemães no nordeste da França; na segunda (julho-agosto de 1918) auxiliou no desenvolvimento da contenda a favor das forças aliadas comandadas por Ferdinand Foch contra os Impérios Centrais. Ambas as batalhas tiveram lugar nas proximidades do rio Marne, no nordeste da França.

Os russos assumiram a ofensiva, na frente oriental, no início da guerra, mas foram detidos pelos exércitos austro-alemães. Em 1915 estes haviam conseguido expulsar os russos da Polônia e da Lituânia e tinham tomado todas as fortalezas limítrofes da Rússia que ficou sem condições de empreender ações importantes por falta de homens e de suprimentos.

Os austríacos invadiram a Sérvia três vezes ao longo de 1914, sendo rechaçados em todas. Quando a Bulgária declarou guerra à Sérvia em 14 de outubro de 1915, as forças aliadas entraram pela Sérvia. Os búlgaros derrotaram o exército sérvio e também o britânico e o francês que vieram de Salonica. No fim de 1915, os Impérios Centrais haviam ocupado toda a Sérvia.

O Império Otomano entrou na guerra em 29 de outubro de 1914. Os turcos iniciaram a invasão da zona russa da cordilheira do Cáucaso em dezembro. O governo russo pediu aos britânicos que fizessem uma manobra destinada a distrair sua atenção no Estreito de Dardanelos. Porém a Campanha de Gallípoli resultou em fracasso total para as tropas aliadas.

Campanha de Gallípoli, operação terrestre e naval mais importante da I Guerra Mundial, durante a qual as forças britânicas, francesas, australianas e neozelandesas intentaram, sem êxito, invadir a Turquia. Desenvolveu-se de 25 de abril de 1915 a 8 de janeiro de 1916, no estreito de Dardanelos e no cabo da península de Gallípoli (Gelibolu), perto de Istambul.
Os objetivos eram abrir uma nova frente de luta como alternativa à parada da luta na França, reduzir a pressão dos turcos sobre as forças russas no Cáucaso e estabelecer uma ponte de comunicação entre a Rússia e o
mar Negro. A mediocridade do comando britânico ocasionou o fracasso de numerosas ações.

1916: a estagnação continua
O triunfo obtido pelos alemães, em 1915, deu condições para eles centrarem suas operações na frente ocidental. Desencadearam a batalha de Verdun em 21 de fevereiro, mas não conseguiram conquistar esta cidade devido à contra-ofensiva do general francês Henri Philippe Pétain. Os aliados atacaram, por sua vez, na batalha do Somme, iniciada em 1º de julho, na qual os britânicos usaram pela primeira vez carros de combate modernos. E os franceses empreenderam nova ofensiva em outubro, restabelecendo a situação que existia antes de fevereiro.

Batalha de Verdun, um dos principais combates da I Guerra Mundial, ocorrido entre as forças alemãs e francesas de fevereiro a dezembro de 1916.
A cidade francesa de
Verdun ocupava uma posição vital, já que se achava situada sobre umas colinas de onde se dominava o rio Meuse, na extremidade oriental da linha de trincheiras francesas, e representava para a França um importante símbolo de sua capacidade de resistência.
As baixas foram numerosas em ambos os lados: os franceses admitiram haver perdido quase 350 mil homens e os alemães 330 mil, num confronto que pouco modificou o front inicial.


Batalha do
Somme (1916), longo combate iniciado pelas tropas britânicas e francesas contra as forças alemãs na região do rio Somme (França) durante a I Guerra Mundial.
Os franceses estavam numa situação desesperadora e necessitavam urgentemente de uma manobra que aliviasse a pressão sobre
Verdun. Os aliados, depois de bombardearem os alemães com fogo de artilharia durante uma semana, não conseguiram destruir os sistemas elétricos nem danificar suas defesas, entrincheiradas em profundos refúgios subterrâneos. A operação foi convertida numa cruel guerra. A ofensiva continuou até meados de novembro em condições muito difíceis. O recuo dos alemães até as defesas da linha Hindenburg, em fevereiro de 1917, permitiu concluir que eles, também, haviam sofrido grandes perdas.
Essa batalha demonstrou aos comandantes aliados ser necessário tomar medidas drásticas em armamento, cooperação e treinamento para vencer a superioridade das defesas inimigas.

Quanto à situação na frente oriental, os russos atacaram os austríacos na linha que se estendia do sul de Pinsk a Chernovtsi. Apesar de não conseguirem tomar seus principais objetivos, o ataque russo levaria a Romênia a entrar na guerra, apoiando os aliados (em 27 de agosto de 1916). As forças austro-alemães invadiram a Romênia (novembro e dezembro) que, em meados de janeiro de 1917, já estava totalmente ocupada.
A atividade na frente italiana, durante o ano de 1916, esteve concentrada, na 5ª batalha do Rio Isonzo, e na ofensiva austríaca em Trentino. Nos Balcãs, as potências aliadas intervieram na vida política da Grécia por todo a ano de 1916, o que provocaria a criação de um governo provisório em Salonica. Eclodiram duas lutas nos Balcãs em 1916: o ataque conjunto de sérvios e italianos às forças búlgaras e alemães e uma ofensiva aliada sobre a
Macedônia. Ocorreu também o confronto naval mais importante da guerra, a batalha da Jutlândia (31 de maio a 1º de junho) entre a Grande Frota Britânica e a Frota de Ultramar Alemã, que terminaria com a vitória britânica.

Jutlândia, Batalha da, principal combate naval travado entre a frota britânica e a alemã durante a I Guerra Mundial. A ação se desenvolveu perto das costas dinamarquesas de Jutlândia, no estreito de Skagerrak, em 31 de maio e 1º de junho de 1917. Apesar da frota alemã ter conseguido fugir, não voltou a tentar atravessar o bloqueio estabelecido pelos aliados nas costas alemãs.

1917: entrada dos Estados Unidos e o armistício com a Rússia
A política de neutralidade americana mudou quando a Alemanha anunciou, em janeiro de 1917, que a partir de fevereiro recorreria à guerra submarina. Em 3 de fevereiro os Estados Unidos romperam relações diplomáticas com a Alemanha, declarando, em 6 de abril, guerra a este país. Para enfrentar o conflito, enviou para Europa a chamada Força Expedicionária Americana (AEF), frente a qual se encontrava o general John Pershing. Várias nações latino-americanas, entre elas o Peru, o Brasil e a Bolívia apoiariam esta ação. O afundamento de alguns navios levou o Brasil, em 26 de outubro de 1917, a participar da guerra, enviando uma divisão naval em apoio aos aliados. Aviadores brasileiros participaram do patrulhamento do Atlântico, navios do Lóide Brasileiro transportaram tropas americanas para a Europa e, para a França, foi enviada uma missão médica.
Em 1917 os aliados lançaram duas ofensivas, em grande escala, para romper as linhas alemães na frente ocidental. Na primeira, o ataque foi dirigido contra a linha
Hindenburg, travando-se a terceira batalha de Arras. Na segunda, tentou-se atravessar o flanco direito das posições alemãs em Flandres. A batalha de Messina e a terceira batalha de Ypres terminaram sem qualquer avanço para os aliados. Por outro lado, a guerra submarina alemã fracassava em seu intento de provocar a rendição da Grã-Bretanha por meio da destruição da frota aliada.
Em março de 1917 a primeira fase da
Revolução Russa culminou com a implantação de um governo provisório e a abdicação do czar Nicolau II. Em setembro e outubro os alemães tomaram Riga, ocuparam a Letônia e inúmeras ilhas russas do mar Báltico. Em 20 de novembro as autoridades russos propuseram à Alemanha a cessação das hostilidades. Representantes da Rússia, Áustria e Alemanha assinaram o armistício em 15 de dezembro, cessando assim a luta na frente oriental.

Revolução Russa, acontecimentos ocorridos na Rússia imperial, que culminaram com a proclamação em 1917 de um Estado soviético, denominado União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).
A expressão Revolução Russa é relativa às duas
revoluções vitoriosas de 1917: a primeira, denominada Revolução de Fevereiro (março, pelo calendário juliano, então usado na Rússia), levou à queda da autocrática monarquia imperial. A segunda, denominada Revolução Bolchevique ou Revolução de Outubro, foi organizada pelo partido bolchevique contra o governo provisório instalado na primeira fase.

Antecedentes
As reformas empreendidas, pelo czar
Alexandre II, criaram uma corrente a favor de uma mudança constitucional. Em 1898, foi fundado o Partido Operário Social Democrata Russo (POSDR), que em seu segundo Congresso (1903) já contava com duas facções divergentes: os mencheviques e bolcheviques.

A Revolução de março
Em março de 1917, foi realizada em Petrogrado (atual
São Petersburgo) uma manifestação comemorativa do Dia Internacional da Mulher, que acabaria transformada em protesto contra a escassez de alimentos. As tropas amotinadas uniram-se à manifestação. A incapacidade do governo em restabelecer a ordem, levou o poder às mãos de um Governo Provisório, formado pelos membros mais destacados da Duma estatal. A falta de apoio ao czar Nicolau II obrigou-o à abdicação.

O Governo Provisório e o Soviete de Petrogrado
O Governo Provisório iniciou de imediato diversas reformas liberalizantes, inclusive a abolição da corporação policial e sua substituição por uma milícia popular. Mas os líderes bolcheviques, entre os quais estava
Lenin, formaram os Sovietes (Conselhos) em Petrogrado e outras cidades, estabelecendo o que a historiografia, posteriormente, registraria como ‘duplo poder’: o Governo Provisório e os Sovietes.
Ao expor as chamadas Teses de abril, Lenin declarou que os bolcheviques não apoiariam o Governo Provisório, e pediu a união dos soldados numa frente que viesse pôr fim à guerra imperialista (I
 Guerra Mundial) e iniciasse a revolução proletária, em escala internacional, idéia que seria fortalecida com a propaganda de Leon Trotski. Enquanto isso, Alexandr Kerenski buscava fortalecer a moral das tropas.
No Congresso de Sovietes de toda a Rússia, realizado em 16 de junho, foi criado um órgão central para a organização dos Sovietes: o Comitê Executivo Central dos Sovietes que organizou, em Petrogrado, uma enorme manifestação, como demonstração de força.

O aumento do poder dos bolcheviques
Avisado que seria acusado pelo Governo de ser um agente a serviço da Alemanha, Lenin fugiu para a Finlândia. Em Petrogrado, os bolcheviques enfrentavam uma imprensa hostil e a opinião pública, que os acusava de traição ao exército e de organização de um golpe de Estado. A 20 de julho, o general
Lavr Kornilov tentou implantar uma ditadura militar, através de um fracassado golpe de Estado.
Da Finlândia, Lenin começou a preparar uma rebelião armada. Havia chegado o momento em que o Soviete enfrentaria o poder. Foi Trotski, então presidente do Soviete de Petrogrado, quem encontrou a solução: depois de formar um Comitê Militar Revolucionário, convenceu Lenin de que a rebelião deveria coincidir com o II
 Congresso dos Sovietes, convocado para 7 de novembro, ocasião em que seria declarado que o poder estava sob o domínio dos Sovietes.
Na noite de 6 de novembro a Guarda Vermelha ocupou as principais praças da capital, invadiu o Palácio de Inverno, prendendo os ministros do Governo Provisório, mas Kerenski conseguiu escapar. No dia seguinte, Teotski anunciou, conforme o previsto, a transferência do poder aos Sovietes.

O novo governo
O poder supremo, na nova estrutura governamental, ficou reservado ao Congresso dos Sovietes de toda a Rússia. O cumprimento das decisões aprovadas no Congresso ficou a cargo do Soviete dos Comissários do Povo, primeiro Governo Operário e Camponês, que teria caráter temporário, até a convocação de uma Assembléia Constituinte. Lenin foi eleito presidente do Soviete, onde Trotski era comissário do povo e ministro das Relações Exteriores e,
Stalin, das Nacionalidades.
A 15 de novembro, o Soviete ou Conselho dos Comissários do Povo estabeleceu o direito de autodeterminação dos povos da Rússia. Os bancos foram
nacionalizados e o controle da produção entregue aos trabalhadores. A Assembléia Constituinte foi dissolvida pelo novo governo por representar a fase burguesa da revolução, já que fora convocada pelo Governo Provisório. Em seu lugar foi reunido o III Congresso de Sovietes de toda a Rússia. O Congresso aprovou a Declaração dos Direitos do Povo Trabalhador e Explorado como introdução à Constituição, pela qual era criada a República Soviética Federativa Socialista da Rússia (RSFSR).

A guerra civil
O novo governo pôs fim à participação da Rússia na I
 Guerra Mundial, através do acordo de Paz de Brest-Litovsk assinado em 3 de março de 1918. O acordo provocou novas rebeliões internas que terminariam em 1920, quando o Exército Vermelho derrotou o desorganizado e impopular Exército Branco antibolchevique.
Lenin e o Partido Comunista Russo (nome dado, em 1918, à formação política integrada pelos bolcheviques do antigo POSDR) assumiram o controle do país. A 30 de dezembro de 1922, foi oficialmente constituída a União de Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). A ela se uniriam os territórios étnicos do antigo Império russo.

Os aliados sofreram vários reveses na frente italiana em 1917. As forças italianas foram obrigadas a se retirar de suas posições no rio Piave. Na frente balcânica, os aliados iniciaram a invasão da Grécia e conseguiram a abdicação de Constantino I. A Grécia declarou guerra aos Impérios Centrais em 27 de junho. No Oriente Próximo os britânicos tomaram Jerusalém, ocuparam Bagdá em março e em setembro já haviam avançado até Ramadi e Tikrit.

1918: ano final
Os primeiros meses de 1918 não foram favoráveis às potências aliadas. Em 3 de março a Rússia assinou o
Tratado de Brest-Litovsk, com a qual punha oficialmente um fim à guerra entre esta nação e os Impérios Centrais. Em 7 de maio a Romênia assinou o Tratado de Bucareste com a Áustria-Hungria e a Alemanha, às quais cedia diversos territórios.

Tratado de Brest-Litovsk, tratado de paz firmado em Brest-Litovsk, localidade polaca (atualmente Brest, pertence à Bielorrússia), em 3 de março de 1918, pelo qual a Rússia concordou em pôr fim ao conflito com os Impérios Centrais durante a I Guerra Mundial. A Rússia cedeu a Finlândia, Polônia, Estônia, Livônia, Curlândia, Lituânia, Ucrânia e Bessarábia aos Impérios Centrais, e Ardahan, Kars e Batumi à Turquia.

No entanto, a luta nos Balcãs, no ano de 1918, foi catastrófica para os Impérios Centrais. Uma força de cerca de 700.000 soldados aliados iniciou uma grande ofensiva contra as tropas alemãs, austríacas e búlgaras na Sérvia. E os búlgaros, totalmente derrotados, assinaram um armistício com os aliados. Além disso, estes obteriam a vitória definitiva na frente italiana entre outubro e novembro. A comoção da derrota provocou rebeliões revolucionárias no Império Austro-Húngaro que se viu obrigado a assinar um armistício com os aliados em 3 de novembro. Carlos I abdicou oito dias depois e a 12 de novembro foi proclamada a República da Áustria.

Os aliados também puseram fim à guerra na frente turca de forma que lhes foi satisfatória. As forças britânicas tomaram o Líbano e a Síria, ocupando Damasco, Alepo e outros pontos estratégicos. A Marinha francesa, por sua vez, ocupou Beirute e o governo otomano solicitou um armistício. As tropas de elite nas colônias alemães da África e do oceano Pacífico, com exceção das que se encontravam na África oriental no fim de 1917 e durante 1918, lutaram na defensiva a maior parte do tempo. Praticamente todas se haviam rendido aos aliados no término da guerra (1918).

Em princípios de 1918, os alemães decidiram chegar a Paris. Lançaram uma ofensiva, mas, apesar do avanço conseguido, na segunda batalha do Marne o avanço foi detido pelas tropas francesas e americanas. Os britânicos ganharam terreno ao norte da França e ao longo da costa belga, e as tropas francesas e americanas chegaram ao Sudão em 10 de novembro. A linha Hindenburgo já estava completamente destroçada. Em conseqüência da derrota do exército alemão, a frota alemã amotinou-se, o rei da Baviera foi destronado e o imperador Guilherme II abdicou em novembro, fugindo para os Países Baixos. No dia 9 deste mesmo mês foi proclamada, na Alemanha, a República de Weimar, cujo governo enviou uma comissão para negociar com os aliados. Em 11 de novembro foi assinado o armistício entre a Alemanha e os aliados, baseado em condições impostas pelos vencedores.

O Tratado de Versalhes (1919), que pôs fim à guerra, estipulava que todos os navios aprisionados passassem a ser de propriedade dos aliados. Em represália a tais condições, em 21 de junho de 1919, os alemães afundaram seus próprios navios em Scapa Flow. As potências vencedoras permitiram que deixassem de ser cumpridos certos itens estabelecidos nos tratados de paz de Versalhes, Saint-Germain-en-Laye, Trianon, Neuilly-sur-le-Seine e Sèvres, o que provocaria o ressurgimento do militarismo e de um agressivo nacionalismo na Alemanha, além de agitações sociais que se sucederiam em grande parte da Europa.

Tratado de Versalhes (1919), acordo de paz firmado no palácio de Versalhes, em 28 de junho de 1919, entre a Alemanha e as potências aliadas vencedoras da I Guerra Mundial. Foi negociado durante a Conferência de Paz realizada em Versalhes iniciada em 18 de janeiro de 1919. Nessa conferência, estavam representados os Estados Unidos, a Grã-Bretanha, a França e a Itália; a Alemanha, que havia adotado um regime republicano, após a dissolução do Império ao final da guerra, foi excluída das conversações.

A primeira seção do Tratado definia o Pacto da Sociedade das Nações, cujo objetivo era garantir o cumprimento dos termos de vários acordos depois da I Guerra Mundial, com a finalidade de obter uma paz duradoura. Os Estados Unidos não o ratificaram, mas assinaram o Tratado de Berlim, em separado com a Alemanha, em 2 de julho de 1921.

As duras condições do Tratado de Versalhes causaram fortes críticas na Alemanha, possibilitando o aparecimento de vários grupos nacionalistas que exigiam a revisão do mesmo e que serviram de apoio para a ascensão do Partido Nacional-socialista ao poder na década de 1930.

Obs.: ao lado os participantes da reunião: da esquerda para a direita, o primeiro-ministro britânico, Lloyd George, o ministro de Assuntos Exteriores italiano, Giorgio Sonnino, o chefe do governo francês, Georges Clemenceau, e o presidente dos Estados Unidos, Thomas Woodrow Wilson.

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