sobre vida e morte

 


A vida.... uma leve gota

Que nasce bela, marota

Em um esplendor sem igual

Que rodopia feito um pião

E sempre busca a perfeição,

o poder e a sabedoria, divinal

 

O homem, esse ser cruel

que possui em suas veias fel

muitas vezes a vida despreza

e em um ato sádico, louco

com a imprudência de um garoto

acaba com uma alma bela

 

O homem, esse ser sádico

possui um talento mágico

para tudo destruir

em sua insânia louca

como um bruxa velha e rouca

a sua própria vida extinguir

 

É a morte, essa carnívora assanhada

Serpente má de lingua envenenada

que tudo que acha no caminho come

faminta e atra mulher que a 1 de janeiro

Sai pra assassinar o mundo inteiro

E o mundo inteiro não lhe mata a fome !

 

Tu não és minha mãe velha nefasta !

Com o teu chicote frio de madrasta

tu me açoitaste dezesseis vezes

Por tua causa apodreci nas cruzes

Em que pregas os filhos que produzes

Durante os desgraçados nove meses !

 

A vida... uma leve fragância

que por sua curtíssima instância

encanta a tanta gente

com suas sutilezas

e suas realezas

que crescem e desfalescem rapidamente

  

Vida- pobre criança perdida

que  foi acometida

pela frieza de um segundo 

tu- tão pura e delgada

é friamente assassinada

por todos os males do mundo

 

Que todos tenham pena

De suas chagas terrenas

pois a vida é uma infante

uma criança f'rágil

e mesmo com sua espertza ágil

não dura mais de um instante     

 

 

 

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