Tempestade
fria, escura
que
a minha mente invade
fogo
decrépito, terrível
que
pra sempre arde
mordida
causticante
de
temível serpente
tu
invade, arde
consomes
minha mente
Pontada
fria de faca
direta,
incisiva
terrível
machadada
sanguinolenta,
dolorida
Pensamentos
podres,
sinapses
da dor,
esferas
dominantes,
de
um caos sem valor
Ódio
infernal
dor
uniforme...
de
tudo, de mim...
um
verme sem nome
feto
inútil ,
criança
idiota,
larva
desconhecida,
totalmente
hipócrita
sem
ações,
falsos
sentimentos,
infinitas
perdições ,
eternos
tormentos
Dispêndio
banal
de
amores imbecis
Antropofagia
mental
de
tudo o que não quis
agonias
viscerais,
enxames
de desespero,
paixões
vis e carnais,
lágrimas
de sangue negro
Coração
burro, tolo !
Ouve
o suplício da mente.
Órgão
banal, frouxo
dilacerado
e deprimente
cenário
inútil
paisagem
supérflua
cor
e forma fútil
que
a minha mente cega...
Venha
Dor !
tome
meu corpo,
esqálido
e sem valor
pegue
esse verme morto
cheio
de bolor...
Não
temo a ti morte !
Se
quiseres, pode me pegar
Pois
não há pior sorte
do
que ter o coração
tirado
do lar...