A música das almas

"Le mal est dans le monde comme un esclave qui fait monter l’eau."
Claudel


Na manhã infinita as nuvens surgiram como a Ioucura numa alma
E o vento como o instinto desceu os braços das árvores que estrangularam a terra...
Depois veio a claridade, o grande céu, a paz dos campos...
Mas nos caminhos todos choravam com os rostos levados para o alto
Porque a vida tinha misteriosamente passado na tormenta.

 



Rio de Janeiro, 1935

in Forma e exegese
in Antologia Poética
in Poesia completa e prosa: "O sentimento do sublime"

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