Soneto do vento da morte

 


 

O vento que bate em meu rosto
É como o tempo que muda teu corpo
A lua se intumesce toda
Quando a morte beija-me a boca

A morte tão bela e tão forte
É a vida dos que não tem sorte
O tempo com o vento da morte
Passa em meu pulso fazendo três cortes

E a vida sombria e macabra
Finalmente num ciclo se acaba
E o vento enxuga as lágrimas

Da amada parada e abismada
A morte roubaste-me de ti...
E o poeta encaixotado jaz aqui!

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