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Metáfora poética e analogia científica: um ponto de encontro

 
Rosa Lídia Coimbra
Universidade de Aveiro

Resumo:

A linguagem metafórica está presente em toda a produção textual. No entanto, o texto científico e o texto poético são, frequentemente, apontados como exemplos paradigmáticos de dois tipos textuais situados em pólos opostos, assumindo posições antipodais tais como objectividade/subjectividade, univocidade/plurivocidade, clareza/obscuridade, etc., etc.

De facto, algumas características linguísticas que, à primeira vista, parecem afastar os dois tipos de produção, prendem-se com o uso de linguagem figurada. Neste estudo, pretendemos deixar algumas pistas sobre uma das problemáticas que, em Linguística Textual, tem sido objecto de interessantes pesquisas: o problema da linguagem metafórica no texto científico. Para tal, abordaremos exemplos de textos científicos cuja linguagem recorre à utilização de modelos analógicos explicativos, os quais serão, depois, comparados com exemplos de metáforas de texto poético. Seguindo, como enquadramento teórico, o modelo dos espaços múltiplos de Fauconnier e Turner, serão apontados alguns pontos divergentes e convergentes no que respeita à utilização de linguagem figurada nestes dois tipos de discurso.

1. Introdução

Desde que o homem da ciência começou a registar os resultados das suas pesquisas, ele sentiu, tal como o poeta em pleno percurso criativo, a grande limitação que a linguagem quotidiana impunha, já que, nos dois casos, ele se encontra perante o novo, o desconhecido, o descoberto e, portanto, o inexprimível. A analogia, fazendo a ponte com o conhecido, com o que nos é próximo e familiar, surge, assim, como um processo - comum à ciência e à poesia - de veiculação, por um lado, de novas realidades descobertas e inventadas e, por outro, de novos modos de ver o mundo, o homem e as coisas.

A questão que aqui colocamos é a seguinte: As analogias científicas serão metáforas? Aparentemente, a resposta seria não, já que a linguagem metafórica, à partida, nos faz pensar em aproximações subjectivas entre domínios conceptuais mais ou menos afastados e entre os quais se poderão encontrar maiores ou menores semelhanças estruturais. Ora, segundo David Crystal, a metodologia da ciência, com a sua procura de objectividade, investigação sistemática e quantificação exacta, acarreta várias consequências linguísticas: há a preocupação pela exposição impessoal e lógica e pela descrição precisa. Os comentários pessoais, humorísticos, expressões figuradas e outras facetas de linguagem pessoal são sistematicamente evitados, exceptuando-se o caso do texto de divulgação, dirigido a um público mais alargado (1993: 380).

Já o texto poético, e o texto literário em geral, realiza-se, como salienta Aguiar e Silva, �in absentia de um determinado contexto de situação e em conformidade com um especial sistema de regras pragmáticas, aceites tanto pelo emissor como pelos receptores, a que daremos, como propõe Siegfried J. Schmidt, a designação de ficcionalidade� (1988: 198). Na descodificação deste tipo de texto, estão envolvidos códigos que, em interacção com o linguístico, o estruturam como literário: �códigos métricos, estilísticos, retóricos, estéticos, ideológicos� (op.cit. p. 79).

2. Modelos científicos: carácter selectivo e produtivo

Seguindo a terminologia de Lakoff (1994: 202-251), diremos que a utilização de um modelo, em texto técnico e científico, projecta as relações estruturais estabelecidas entre as entidades de um domínio fonte em relações análogas entre as entidades de um domínio alvo, num fenómeno que os linguistas cognitivistas designaram por amálgama conceptual. No seu estudo, utilizaremos, por nos parecer o mais adequado como enquadramento teórico, o modelo dos espaços múltiplos de Fauconnier e Turner (cf. FAUCONNIER & TURNER, 1994 e TURNER & FAUCONNIER, 1995). De um modo muito sucinto, neste modelo, a estrutura de dois ou mais espaços de entrada (fonte e alvo, no caso da metáfora) é projectada, em virtude das propriedades comuns encontradas, num espaço amálgama, que é um espaço criado, que herda parte da estrutura dos espaços de entrada, mas que apresenta uma estrutura emergente própria. Além dos espaços de entrada, os autores consideram, portanto, a existência de dois espaços intermédios: um espaço genérico, que contém a estrutura esquemática comum que se aplica aos dois espaços de entrada, e o espaço amálgama, que é um espaço fértil, integrando, de modo parcial, estruturas específicas de ambos os espaços de entrada e, eventualmente, incluindo outros elementos próprios. Os autores aplicam o seu quadro teórico a uma multiplicidade de situações envolvendo projecções entre domínios cognitivos: soluções de adivinhas, linguagem metafórica e metonímica, construção de neologismos, etc.

É assim que, no texto 1 (ver Apêndice), o complexo sistema do domínio das viroses é projectado nos programas informáticos destrutivos. Utilizando o sistema de mnemónicas de Lakoff (1994: 207), teremos, nesse caso, a metáfora conceptual os programas informáticos destrutivos são virus.

Os domínios fonte são geralmente sistemas mais concretos, familiares e estabelecidos na comunidade linguística que os domínios alvo, já que vão servir para explicar estes últimos, que são novos ou abstractos. Retomando o exemplo, encontramos, no texto 1, a importação de terminologia médica, já existente e conhecida, para o recente campo da informática. No texto 2, estabelece-se, por comparação, uma analogia entre os movimentos de lacunas de electrões e as bolhas de ar que sobem no líquido de uma garrafa acabada de inverter. Em qualquer dos casos, um domínio conhecido e experimentado pelo sujeito é projectado num domínio mais abstracto e desconhecido.

O modelo do vírus, bem como outros modelos explicativos, surgem, nos textos das várias ciências, com uma função de catácrese uma vez que toda uma terminologia é transferida para um campo onde nenhuma terminologia existia, e lá se cristaliza. Trata-se de um processo cujas principais características advêm, em nossa opinião, daquilo a que poderemos chamar o seu carácter selectivo e produtivo. Selectivo porque o seu introdutor tem à sua disposição uma infinidade de sistemas conhecidos, de entre os quais vai escolher aquele que, de uma forma mais sistemática, rica e inequívoca, se adapte à nova realidade imaginada, deduzida ou descoberta. Produtivo porque, uma vez estabelecida a analogia entre sistemas, há sempre um fundo remanescente de terminologia que, a qualquer momento, poderá ser importada e fixada no domínio alvo.

Voltando aos textos exemplificativos, em relação ao modelo apresentado no texto 1, poder-se-iam designar por "mutantes" os programas destrutivos que, ao serem introduzidos em novos computadores, deixam uma cópia de si mesmos ligeiramente diferente, embora funcional, dificultando ou impedindo a acção do programa antivírus. Este é um dos aspectos das analogias científicas que julgamos mais curioso, tanto mais que nada impede que muito tempo tenha decorrido entre a introdução do modelo e a sua extensão, que poderá mesmo ser feita por um cientista diferente e distante, no tempo e/ou no espaço, do primeiro. Este poder de extensão do modelo analógico não se apresenta apenas como uma possível fonte de terminologia mas poderá mesmo, eventualmente, levar o investigador a procurar novas relações entre os elementos do domínio alvo, de acordo com as que ele conhece já no domínio fonte da analogia. Assim, novas descobertas e novos caminhos de pesquisa se poderão, mesmo, abrir. Em relação ao exemplo do vírus informático, Fauconnier (1997: 24) salienta o processo de "incubação" que pode levar a que os estragos apenas se detectem mais tarde no tempo e que tem levado, em termos de prevenção, à utilização de programas de diversas origens, por analogia com a protecção proporcionada pelo fenómeno da biodiversidade.

Destinando-se, primariamente, a cobrir lacunas terminológicas, as metáforas em Ciência não nascem por um imperativo estético ou expressivo, mas destinam-se a um percurso de divulgação e convenção que culminará, eventualmente, na perda da consciência do percurso conceptual efectuado. Ou seja, quando um estudioso propõe designar determinada realidade nova através de um paralelo metafórico, ele pretende, caso seja bem sucedido na introdução das suas pesquisas na comunidade científica, que esses mesmos termos venham a ser aceites e utilizados pelos seus pares. Quando isto acontece, o uso acaba por fazer com que a consciência do paralelo metafórico se dilua. É assim que hoje, quando se fala em vírus informáticos, já não pensamos, nem por um segundo, em doenças do foro médico. A figura será, no entanto, reavivada, ainda que momentaneamente, sempre que haja uma extensão do modelo, no sentido que vimos acima. Não podemos, no entanto, segundo a Linguística Cognitiva, afirmar que a figura morre. Nesta perspectiva, pelo contrário, considera-se que ela ganha uma nova vida, já que se generaliza, e se entrosa no código linguístico.

A analogia científica surge, assim, como um modelo explicativo e um repositório de terminologia de onde se podem retirar termos para designar as novas entidades descobertas, bem como as relações estabelecidas entre elas. É uma das principais fontes de nova terminologia, juntamente com o processo de formação de palavras por derivação, pelo qual sucessivos afixos, de origem grega ou latina, são acrescentados ao radical. Este é um processo muito utilizado em domínios como a química, a medicina, a farmácia, etc., e alguns termos chegam atingir uma complexidade notável, como galactoglucomanana ou ciclo-hexanodiaminatetra-acetato de sódio. Embora precioso e indispensável, este é, no entanto, um processo gerador de uma linguagem altamente hermética, apenas acessível a especialistas. Tais termos não apresentam muitas probabilidades de integração na comunidade linguística geral e de inclusão em dicionários gerais da língua. Já a utilização, mesmo que pontual, de termos metafóricos, como acontece nos textos 3 e 4 com as expressões "arquitectura das proteínas" e "nuvens e pacotes de iões" evita a introdução de novas formas linguísticas

3. Metáforas poéticas: a expressão do irrepetível

As metáforas literárias, seguindo embora um percurso idêntico ao dos modelos científicos no que respeita à projecção de domínios fonte em domínios alvo, diferem destes em alguns pontos cruciais.

O texto poético não pode ser definido e distinguido dos outros tipos textuais através de características ou funções linguísticas próprias e únicas, até porque ele pode fazer uso de qualquer variedade linguística: linguagem técnica e científica (ver a este propósito, VERDELHO, 1997: 25-28), jornalística, burocrática, calão, gíria, regionalismos, etc. No entanto, ele distingue-se dos outros logo no momento da sua génese, através do factor da intencionalidade (no sentido de Beaugrande e Dressler, 1981: 113-129) com que foi produzido e, no momento da sua recepção, pela aceitabilidade (op. cit., pp. 129-137) com que é recebido. Assim, as analogias poéticas não têm, na sua génese, a mesma intencionalidade que as científicas. Gentner (1982: 118), ao qualificar as primeiras como expressivas e as segundas como explicativas, toca, pensamos, no fulcro da questão.

Considerando, a título exemplificativo, o texto 5, reconhecemos imediatamente a presença de uma linguagem altamente figurada em que diferentes expressões metafóricas se sobrepõem. Neste poema, ao contrário das descrições objectivas dos textos anteriores, nem o poeta pretende explicar-nos o que é, científica e anatomicamente falando, o corpo da criança subnutrida, nem o leitor encara o texto desse modo.

Assim, ao contrário dos modelos científicos, não há a preocupação pela correspondência unívoca entre as realidades do um domínio fonte e as de um domínio alvo de linguagem metafórica. A imagem cruel dos corpos magros é sucessivamente presentificada em expressões como "transparentes", "de papelão", "flores ósseas", "braços mastros", cada vez se enriquecendo de conotações e evocações. Esta expressividade da palavra não se encontra no texto 1, por exemplo, onde, caso o factor expressão ultrapassasse o factor explicação, poderíamos, por hipótese, encontrar, além da metáfora do vírus infectando o computador, metáforas de exércitos invadindo-o, de pragas de insectos assolando-o, de venenos intoxicando-o ou até de grupos de marginais vandalizando-o.

Tampouco há, na linguagem poética, a preocupação pela explicitação do significado preciso da expressão metafórica e, consequentemente, este pode ficar relativamente implícito. No texto 5, por exemplo, se a expressão "olhos grávidos de fome" talvez leve todos os leitores a imaginar as protuberâncias semiesféricas dos olhos salientando-se nos rostos magros, já uma expressão como "hesitando a dor das pedras" não reunirá decerto um tão grande consenso de interpretações. Isto não significa que, na descodificação da metáfora poética, qualquer leitura seja admissível, uma vez que o próprio texto impõe os seus limites, embora uma pluralidade de leituras seja possível. Se ler um texto constitui uma operação que pressupõe a delimitação de n campos de validade (COGNET, 1975: 54), também neste caso uma leitura "total" é utópica.

Do mesmo modo, o texto 6 não apresentará uma leitura única para todos os leitores. A identificação do próprio domínio alvo da linguagem metafórica se pode tornar problemática, embora a identificação de algo como voar é sonhar ou asas são ambições se possa revelar mais ou menos consensual.

Finalmente, em relação à vida da figura, a metáfora poética, ao contrário da científica, não nasce destinada à vulgarização (embora isso possa eventualmente acontecer). Muito pelo contrário, não encontramos na génese do poema, com a utilização de linguagem metafórica, um objectivo de propor terminologia com vista à sua utilização geral. Se o cientista espera, ao introduzir novos termos por uma analogia que esta seja considerada boa, aceite e utilizada pelos outros cientistas, o poeta, ao criar uma nova expressão metafórica não estará, à partida, a pensar que ela virá a ser utilizada pelos outros poetas. A beleza da metáfora poética prende-se, antes, com a sua originalidade, o seu carácter único e irrepetível. Assim, enquanto que uma analogia científica bem feita e útil em termos terminológicos será, em pouco tempo pertença da comunidade e utilizada em textos subsequentes até se perder a noção da projecção metafórica inicial, a linguagem figurada de um poema será única e irrepetível. De facto, mesmo que ela seja retomada em palimpsesto, por processos de intertextualidade, algo de novo lhe será, de cada vez, acrescentado e sobreposto, algo que só o génio criador do poeta será capaz de conquistar.

4. Conclusão

Tanto o cientista como o poeta, nas suas produções escritas, ultrapassam os limites do código linguístico estabelecido. Os novos campos do saber desbravados pela ciência, por um lado, e os mundos possíveis da realização poética ficcional, por outro, exigem ambos um alargamento das potencialidades semânticas da linguagem. A projecção de significados de um domínio conceptual noutro, por analogia, é nos dois casos, um recurso precioso e indispensável.

Todas as diferenças que possamos encontrar entre os dois tipos textuais não ultrapassam, no campo da expressão metafórica da linguagem, um mesmo impulso criativo, uma mesma necessidade de fantasia e de ir mais além. Seria interessante interrogarmo-nos: será, também por isto, que tantos homens da Ciência são Poetas?

5. Apêndice: textos exemplificativos

Texto 1

Um vírus informático é essencialmente um programa de computador que pode infectar outros programas, modificando-os de modo a incluir nestes uma cópia de si próprio. (...) Novas viroses são constantemente difundidas através de troca de programas infectados entre utilizadores mais incautos./ (...) Há vários tipos de sintomas que os autores dos vírus escolheram e que passam por mensagens, sons ou gráficos./ (...) o mais aconselhável é mesmo utilizar vários tipos de detectores de vírus para assegurar uma maior imunidade.

"Vírus Informático", NetSurfer, Boletim Informativo do Centro
de Informática da Universidade de Aveiro
, n.� 1, 1995, p. 7-8.

Texto 2

A passagem de um electrão de valência a electrão livre (ou, na linguagem da teoria das bandas dos cristais, da banda de valência à banda de condução) faz com que um dos átomos da rede fique deficitário em um electrão. Este átomo deficitário pode facilmente captar um electrão de um par covalente pertencente a átomos vizinhos; desta maneira, muda o local da rede cristalina, geralmente designado por lacuna, onde falta um electrão de valência. Isto corresponde a uma deslocação virtual das lacunas no sentido contrário àquele donde provêm os electrões. É, por isso, natural falar do movimento das lacunas, tal como se fala do movimento de uma bolha de ar quando se inverte uma garrafa quase completamente cheia de líquido. Neste caso, a deslocação da bolha corresponde ao preenchimento do espaço que ela ocupa pelo líquido que está na sua vizinhança; no caso dos semicondutores, a deslocação da lacuna corresponde ao seu preenchimento por um dos electrões vizinhos. (...)

J. Sousa Lopes, Introdução à Electrónica,
Sacavém, LFEN, p. 373-374.

Texto 3

(...) Estes estudos têm permitido compreender melhor os princípios básicos da arquitectura das proteínas (...).

Maria João Romão, "Cristalografia de Proteínas:
Metodologias e Aplicações em Bioquímica",
Boletim de Biotecnologia 53 (Lisboa, 1996) 18.

Texto 4

(...) Assim, iões com a mesma razão massa/carga passarão a mover-se agrupados no que é frequentemente referido como um "pacote" de iões ("ion packet"). (...)

(...) obrigar uma nuvem de iões dispersos a formarem um "pacote" compacto de iões no centro da célula.

Joaquim Marçalo, "A Espectrometria de Massa de
ressonãncia Ciclotrónica de Iões com transformada
de Fourier", Química, Boletim da Sociedade Portuguesa
de Química
66 (Lisboa, 1997) 35-39

Texto 5

Meninos Transparentes

Nunca serão piratas,
nem índios ou cow-boys,
os meninos de papelão.
 
Frágeis flores ósseas,
olhos grávidos de fome,
enxotados contra a morte.
 
Nos seus braços, mastros,
o vento poisa,
hesitando a dor das pedras.
 
Secos, hirtos, inflamados,
os meninos transparentes
nunca choram;
 
a água é rara de rara,
- e as Moscas não têm sede.
João de Mancelos, O Labor das Marés,
Aveiro, Estante Editora, 1994, p.38.

Texto 6

Meninos

Nas ruas mais estreitas
E nos quartos alugados,
Os meninos também nascem alados como os outros
(Os das grandes alamedas e das amplas casas!)
 
Simplesmente
Como o espaço é curto,
nascem-lhes para dentro
As asas...
Mário A. Monteiro Martins,
Gaveta Impressa, Lisboa, s.d.

6. Referências:

AGUIAR E SILVA, Vítor Manuel de, 1988 Teoria da Literatura, Coimbra, Almedina, 8� ed.

BEAUGRANDE Robert & DRESSLER, Wolfgang, 1981 Introduction to Text Linguistics, London/New York, Longman.

COGNET, Jean-Claude, 1975 "Poética e Linguística", in: GREIMAS, A.J. et al., Ensaios de Semiótica Poética, São Paulo, Cultrix, p. 35-55.

CRYSTAL, David, 1993 "The Language of Science", in: The Cambridge Encyclopedia of Language, Cambridge University Press, p. 380-381.

FAUCONNIER, Gilles, 1997 Mappings in Thought and Language, Cambridge, Cambridge University Press.

FAUCONNIER, Gilles & TURNER, Mark, 1994 "Conceptual Projection and Middle Spaces", Cognitive Science Technical Report, 94/01.

GENTNER, Dedre, 1982 "Are Scientific Analogies Metaphors?", in: MIALL, David S. (org.), Metaphors: Problems and Perspectives, Sussex, The Harvester Press, p. 106-132.

LAKOFF, George, 1994 "The Contemporary Theory of Metaphor", in: ORTONY, A. (org.), Metaphor and Thought, 2� ed., Cambridge, Cambridge University Press, p. 202-251.

TURNER, Mark & FAUCONNIER, Gilles, 1995 "Conceptual Projections and Formal Expression", Journal of Metaphor and Symbolic Activity 10/3, p. 183-203.

VERDELHO, Telmo, 1997 As Linguagens Científicas e Técnicas em Português: Perspectiva Diacrónica, Aveiro, Universidade de Aveiro.

7. Agradecimentos

Agradeço à Fundação Calouste Gulbenkian e ao Centro de Línguas e Culturas da Universidade de Aveiro o suporte financeiro que me permitiu apresentar este estudo no 6� Congresso da AIL.

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