Obrigado pelas minhas mãos
Mas também pelas mãos que aram
Que semeiam
Mãos que agasalham
Mãos de ternura
Mãos que libertam da amargura
Mãos que apertam mãos
Mãos dos adeuses
De caridade e de solidariedade
Mãos que escrevem poesias
Mãos de cirurgia
Mãos de sinfonia
Mãos de psicografia
Pelas mãos que atendem a velhice
A dor, o desamor
Pelas mãos que no seio embalam o corpo de um filho alheio, sem receio

E pelos pés que me levam a andar, sem reclamar
Muito obrigado, senhor, porque eu posso caminhar
Mas diante do meu corpo perfeito
Eu olho na Terra e encontro
paralisados, maltratados, amputados, marcados, deformados
Eu oro por eles
Porque eu sei que depois desta expiação, na outra reencarnação, eles também bailarão

Obrigado por fim, pelo meu Lar
É tão maravilhoso ter um lar
Não é importante se esse Lar é uma mansão ou uma favela, uma tapera, um ninho, um grabato de dor, um bangalô... Seja lá o que for, mas que dentro dele exista a figura do Amor
O amor de mãe ou de pai
De mulher ou de marido
De filho ou de irmão
A presença de um amigo
Alguém que nos de a mão
Pelo menos a companhia de um cão
Porque é muito doloroso viver na solidão

Mas se eu a ninguém tiver para me amar
Nem um teto para me agasalhar ou uma cama para repousar
Nem aí reclamarei
Pelo contrário, eu cantarei
:

Obrigado, senhor, porque eu nasci
Muito obrigado porque eu creio em ti
Pelo teu amor, obrigado Senhor!

Poema de Gratidão
Amélia Rogrigues
 
     

Mensagem da Semana

Muito obrigado, Senhor,
Pelo que me deste; pelo que me dás
Muito obrigado pelo ar, pelo pão, pela paz
Muito obrigado pela beleza que meus olhos vêem notar da natureza
Olhos que fitam o céu, a terra e o mar
Que acompanham a ave ligeira que corre fagueira pelo céu de anil, e se detém na terra verde salpicada de flores em tonalidades mil

Muito obrigado, senhor, porque eu posso ver meu amor
Mas diante de minha visão, detecto cegos que tropeçam na escuridão, que andam na multidão
e que choram na solidão
Por eles eu oro e a ti eu imploro comiseração
Porque eu sei que depois dessa lida, na outra vida, eles também enxergarão

Muito obrigado pelos ouvidos meus
Que me foram dados por Deus
Ouvidos que ouvem o tamborilar da chuva no telheiro
A melodia do vento nos ramos do salgueiro
As lágrimas que vertem os olhos do mundo inteiro
Ouvidos que ouvem a música do povo que desce do morro na praça a cantar
A melodia dos imortais, que a gente houve uma vez e não esquece nunca mais
A voz melodiosa, canora, melancólica do boiadeiro
E a dor que geme e que chora no coração do mundo inteiro
Pela minha faculdade de ouvir, pelos surdos eu te quero pedir
Porque eu sei que depois dessa dor, no teu reino de amor, voltarão a sentir

Muito obrigado pela minha voz
Mas também pela sua voz
A voz que canta
Que alfabetiza, que ilumina
Que solfeja uma canção, que legisla
Pela voz que emite a melodia de sua própria voz
Mas diante de minha melodia
Eu detecto na Terra os que sofrem de afazia
Eles não cantam de noite, não falam de dia
Oro por eles porque eu sei que depois desta prova, na vida nova, eles cantarão

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