INFINITO
OU FINITO?
Será que os números acabam como pensam? Ou ainda há formas de chegar a
mais longe? Durante este tempo todo, a minha mente enche-se de infinitos,
cardinais... Comecei por conhecer o velho amigo, Sr. Cantor, dos transfinitos.
Aprendi muito com ele, mas quero MAIS! Por isso, tentei procurar formas de
chegar àquilo que quero.
CONHECER
O INVERSO DE 0. QUEM SERÁ?
Como sabe, todos os números têm o seu inverso, excepto o zero. Imagine,
então, uma circunferência em que
no ponto mais baixo se situa o zero. No ponto mais à direita está o número
um.
Agora, imagine uma linha a tracejado vertical que passa pelo centro. Esta
simboliza um espelho. O reflexo de qualquer número é o seu inverso. O inverso
de 1 é, sem dúvida, 1/1 = 1.
Se
.
E o ponto de intersecção da recta que
passa por b, um número, e pelo centro da circunferência com a própria
circunferência será o simétrico do inverso. O simétrico do inverso de 1 é
indubitavelmente -1.
Se
.
Será que funciona também com os
complexos? Não. Nos complexos, o inverso de i, 1/i, é igual a –i.
O seu inverso é o seu simétrico. Portanto, não se integra no diagrama
do mesmo modo dos reais.
O que é o A que está no lado oposto de zero no diagrama?
A
será o inverso de 0. A existência do A
implica que
e que a recta que contém os números
reais termina nesse ponto. Onde pode encontrar esse ponto? Nas funções de gráfico
hiperbólico (ex: f(x)=1/x),
existe uma assimptota vertical de equação
. Imagina que o plano «enrola-se» segundo um eixo paralelo ao eixo dos xx. No
ponto x=0 da função do exemplo,
. Ora, supondo que f(0)
existe, f(0) não pode ser
simultaneamente
, visto que cada objecto só pode corresponder a uma e uma só imagem. Portanto,
deve existir um elemento que corresponde a f(0).
E esse é A.
Para poder suportar a hipótese da existência
do elemento A, é necessário
acrescentar esse novo elemento ao contradomínio, sendo
. Para facilitar a representação de
, define-se um novo conjunto, um conjunto que inclui A.
Chamemos-lhe de A.
Se A existir, quais são as suas propriedades?
Como
, então:
Poderá existir outra interpretação desse elemento?