Veja como o conhecimento humano é ultra conservador,
pois a ciência que estuda os fenômenos atmosféricos
terrestre, é a meteorologia, e foi convencionado por Aristóteles,
ainda no séc. IV(384-322), antes de Cristo, sem nenhum instrumento
astronômico, a não ser por puro empirismo. E mesmo assim, a
meteorologia, se ostenta como tal até hoje, mesmo existindo a
tecnologia de ponta e os instrumentos ultra modernos.
Na etimologia da palavra, meteorologia, é o estudo dos
meteoros, que são corpos físicos celestes inter estelar., E não
estudo dos fenômenos atmosféricos e previsões de estações
chuvosas futuras. Talvez, Aristóteles no séc.IV(384-322 ªC),
entendia que as precipitações chuvosas fossem precipitações
meteorológicas. Pois, tomava-se como referencia às chuvas de
estrelas cadentes e/ou
as chuvas de meteoros. Achando que tudo que vinha do espaço fosse
meteoro. Então, pensava
que as chuvas (precipitações pluviométricas), fossem também
precipitações meteorológicas. No entanto, o que se sabe (e muito
bem), é que as chuvas, são o comportamento físico/químico da
hidrosfera (ciclo da água) terrestre
em quaisquer regiões do planeta terra., Que varia, sobretudo
devido à localização de cada região, decorrente de vários
fatores, como: a latitude
(se é tropical ou temperado), a longitude (devido a
continentalidade ou não), e a altitude (se é planalto ou planície),
são fatores essenciais da variabilidade da climatologia em qualquer
ecossistema da biosfera terrestre.
Veja outra incongruência da ciência meteorológica, é a
respeito da conceituação do índice pluviométrico, que foi
definido em milímetro (mm), que é uma das unidades de comprimento.
E ao meu ver, deveria ter sido convencionado, como por exemplo, em
mililitro (ml), que é uma das unidades
de volume , pois como se sabe, a chuva, é de uma forma volumétrica
(ml) e não de uma forma milimetrica (mm). No entanto, desde do
tempo de Aristóteles, ainda se mede os índices pluviométricos
(chuvas), em milímetro (mm), invés de mililitro (ml). Todavia,
mesmo assim, existe uma
correlação entre volume e área, para se mensurar o acumulo de
chuva em um determinado lugar. Entretanto, Xmm (milímetro) de chuva
, não quantifica em nada, o volume de chuva de um lugar.
O dimensionamento das chuvas, deveria ser feito, como se faz
com o dimensionamento da evaporação, como por exemplo, a evaporação
é calculada por milímetro (mm), por metro quadrado (m²) de
espelho d água em um determinado tempo (mm/m²/aa), como por
exemplo, a evaporação no semi-árido do Nordeste Brasileiro, é de
3.000mm/m²/aa., Isto equivale a: 3(três) metros cúbicos por
metros quadrados de espelho dágua ao ano. Então, deveria se medir
a quantidade de chuva em milímetro (mm), por metro quadrado (m²),
dentro de um perímetro de
no mínimo, um 1km²(quilometro) quadrado. E equacionada na expressão:
Xmm/m²/km². Só assim teríamos um índice pluviométrico mais
preciso na mensuração da quantidade de chuva de qualquer um lugar.
Como por exemplo, nas ultimas 48 horas, no posto pluviômetro de
mangabeira em João Pessoa (PB),
se registrou chuvas de 100mm/m²/km². Isto na realidade,
corresponde a um acumulo de chuvas de 10 centímetros de lâmina de
água, ou melhor, de nível de água,
por metro quadrado (m²) em um perímetro de 1(um) km² (quilometro
quadrado). Isto é, para
cada metro quadrado (m²), no raio de um quilometro quadrado (km²),
choveu 100mm de lâmina dágua.
Hipoteticamente falando, se esse volume de chuvas mencionadas
anteriormente, caísse diretamente sobre um grande lago artificial,
de mais de 1(um) km² (quilometro quadrado) de dimensão. Esse
mencionado volume, corresponderia exatamente : há 100.000m³(cem
mil) metros cúbicos de água.
Entretanto, será importante se fazer uma abordagem histórica
sobre a meteorologia., Depois de Aristóteles, durante os 2.000 anos
subseqüentes, a
meteorologia pouco
progrediu. Como as outras ciências, teve de aguardar a invenção
de instrumentos de medições de elementos físicos. Nos séc. XVII
e XVIII, sugiram as leis
físicas elementares dos gases, líquidos e sólidos... Em 1607,
Galileu Galilei, inventou o termômetro, em 1643, Evangelista
Torriceli, inventou o Barômetro. Já em 1783, foi a determinação
da natureza do ar, por Antonio Lavoisier.
Na I
Guerra Mundial veio a necessidade de mais e mais rápidas observações
das condições climatológicas da atmosfera. Com este intuito,
tanto Alemães, quanto os Ingleses começaram equipar aviões com
meteorógrafos em 1917-1918. Já na II Guerra Mundial, criou-se uma
necessidade enorme de melhores e mais informações sobre o tempo,
especialmente para determinar condições de vôo a grande altura e
planos militares a prazos relativamente longos... de lá para cá,
vieram os satélites meteorológicos com tecnologia de ponta. Mas,
mesmo assim, ainda, os cientistas
e os estudiosos do assunto, não sabem como por exemplo, a
causa do fenômeno “EL NIÑO”. Que provoca tanto transtorno ao
clima da terra, trazendo
estiagens ao Nordeste do Brasil, Indonésia e Austrália Oriental.
Mas, em compensação, acarreta enchentes no sul e sudeste do Brasil
e como também, no Alasca e no Canadá.
Deixando de lado os pormenores desta ciência meteorológica
ou climatológica, ao meu ver, climatológica, pois estuda só o
comportamento climatológico da atmosfera terrestre, isto é, não
extrapolando a
estratosfera terrestre. E sim, estuda
somente a climatologia de toda biosfera terrestre e seus respectivos
ecossistemas. E não, o estudo dos fenômenos
meteorológicos dos meteoros.
Donde se concluí: O
estudo do clima e/ou das previsões pluviométricas, poderiam ser
chamadas de: climatologia, atmosferalogia,
chuvalogia e até
mesmo de ambientelogia.
E nunca, meteorologia...
DO AUTOR DO LIVRO: ÁGUA: A ESSÊNCIA DA VIDA.
PEDRO SEVERINO DE SOUSA
Email:[email protected]
JOÃO PESSOA (PB), 15.01.2003.