Associação dos Geógrafos Brasileiros

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TENDÊNCIAS
Internet deixa o ensino da geografia mais agradável

por LUCIVÂNIO JATOBÁ
Especial para o JC

 

A Internet se transformou, em pouco tempo, num recurso valiosíssimo para o ensino de geografia física. A tarefa do professor dessa disciplina pode ser facilitada com a consulta a inúmeras homepages que abordam temas como climatologia, cobertura vegetal, imagens de satélite etc. Por outro lado, o aluno que freqüenta as páginas da Internet passa a ter um contato bem mais direto com os fenômenos geográficos, desenvolvendo assim a capacidade de resolução criativa de problemas.

O professor de geografia que está abordando em sala de aula temas ligados à climatologia, por exemplo, dispõe de importantes sites, alguns indispensáveis ao trabalho docente. Dois exemplos podem ser mencionados: a homepage do CPTEC/INPE e a do South African Weather Bureau.

No site do INPE, existe uma infinidade de materiais didáticos e informações que podem ser pesquisados diariamente. O professor encontrará, por exemplo, dados atualizados sobre índice de vegetação, imagens de satélites setorizadas, temperaturas da superfície marinha, imagens de satélite infravermelho e imagens de satélite meteosat gif. As informações que podem ser tiradas a partir da observação das imagens de satélite permitem entender o avanço de frentes frias, a instalação de centros anticiclônicos, o desenvolvimento de ondas de leste, ciclones extra-tropicais, que são temas cotidianamente analisados em sala de aula e de caráter prático.

No site do South African Weather Bureau, pode ser encontrada uma belíssima imagem de satélite do globo terreste, diária, que permite examinar as condições meteorológicas que estão ocorrendo na África, sobre o Oceano Atlântico e na América do Sul. O avanço de uma onda de leste, que tantos transtornos provoca na cidade do Recife, pode ser acompanhado facilmente a partir da análise dessa imagem divulgada pela África do Sul.

Ainda no site do INPE, o aluno ou professor pode encontrar mapas com as temperaturas da superfície do Oceano Atlântico. O entendimento dessas temperaturas e de suas anomalias proporciona uma compreensão plena de fenômenos como aumento ou diminuição da pluviosidade e distúrbios nos avanços ou recuos da Zona de Convergência Intertropical, responsável pelo regime de chuvas do Sertão do Ceará, Rio Grande do Norte e trechos de Pernambuco, nos meses de verão-outono.

O ensino de geografia atualmente se transformou numa tarefa agradável e motivadora para professores e estudantes. A geografia deixou de ser aquela disciplina que era abominada pelos alunos, que necessitavam de uma excelente memória, e passou a ser uma das mais desejadas matérias dos ensinos fundamental e médio. Se na escola o aluno já pode acessar a Internet, as tarefas da geografia física e as análises teóricas poderão ser feitas, sem maiores dificuldades, com a consulta aos sites que mencionamos. É ver para crer!

 

SERVIÇO
www.cptec.inpe.br
www.sawb.gov.za

 

* Lucivânio Jatobá é professor de geografia física no Departamento de Ciências Geográficas da Universidade Federal de Pernambuco

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