Associação dos Geógrafos Brasileiros

AGB Seção Campina Grande - PB

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Gilberto Osório - abertura

   Um homem do renascimento
por Lêda Rivas

"GEÓGRAFO, MAIS QUE GEÓGRAFO"

Gilberto Osório

"Não há democracia sem respeito à lei e sem respeito à dignidade humana. E não há respeito à lei e à dignidade humana quando se atiram às prisões pessoas que nada fizeram para serem presas e ainda expostas a humilhações e escárnios, quando ainda ontem saíram desta Casa, levando consigo a atmosfera do Parlamento pernambucano, onde, como representantes do povo, ditaram leis, contribuíram e colaboraram para a elaboração da vontade legislativa, que é a vontade do povo."

A definição de Gilberto Freyre sobre o amigo traduz, exemplarmente, o perfil intelectual do homem que soube cingir, como poucos, a multidisciplinaridade, ultrapassando os limites da sua principal especialização. Gilberto Osório é antropólogo e historiador, humanista e ecólogo, escritor e artista. Tudo isso sem marginalizar os estudos jurídicos, a produção jornalística, as preocupações filosóficas, as investigações técnicas, a prática do magistério. Como pôde abarcar essa diversidade de conhecimentos? E como pôde exercitá-la, simultaneamente?

É impressionante observar que, sem abdicar das salas de aula e da redação dos jornais, Osório permite-se, a partir da década de 50, espraiar sua presença em outros espaços. Lidera excursões científicas estudantis, rastreando rios brasileiros, principalmente os do Nordeste, notadamente os do açúcar e da carnaúba. Chefia grupos de trabalho, embrenhados no Interior, em pesquisas fitogeográficas. Percorre todo o Litoral nordestino, é íntimo das plagas sertanejas, sabe tudo do brejo, da caatinga, dos planaltos, das chapadas, dos canaviais. Conhece as pedras como sabe da vegetação. E empolga auditórios com as suas descobertas, ao que registra um ex-discípulo: "Quando o dr. Gilberto explanava teses suas, pioneiras, sobre as prolongadas fases de pediplanação que arrasaram, ao longo do Cenozóico, no Nordeste brasileiro, estruturas rochosas pré-cambrianas, seus alunos, num silêncio sepulcral, ficavam fascinados em ouvi-lo e ávidos para aplicar aquele conjunto de idéias revolucionárias da Geomorfologia Climática, apresentadas, pelo mestre, de maneira impecável, invulgar. Na Climatologia Dinâmica, ele descobriu a profunda relação dialética estabelecida entre o Nordeste brasileiro e o sudoeste africano, materializada na dinâmica de uma massa de ar que sai do anticiclone dominante sobre o deserto do Kalaari e se projeta sobre o semi-árido nordestino, determinando as condições de secura atmosférica."[1]

Sem trocadilhos, a aridez do tema não assustava nem entediava os estudantes. Sempre inovador e revelador, Gilberto Osório impôs uma visão "integral, integrativa da missão do conhecimento geográfico; uma geografia analítica"[2]. Era a Nova Geografia. Com o grupo formado por Gilberto, Hilton Sette, Manuel Correia de Andrade e Mário Lacerda de Mélo, Pernambuco transformou-se no terceiro centro da estudos geográficos do Brasil, vindo depois de São Paulo e do Rio de Janeiro.

O trabalho investigativo de Gilberto Osório, não apenas na área da Geografia mas em todos os campos que dominou, ramificou-se em conferências, comunicações em congressos e seminários, debates promovidos pelos mais diferentes centros de todo o País. Foi assunto de livros, plaquetes, ensaios e artigos publicados em revistas especializadas e em obras coletivas. Sua fama de cientista notável motivou convites para a participação em grupos de trabalho e em bancas examinadoras de concursos em várias universidades brasileiras.

Ao mesmo tempo, Gilberto tomava parte em comissões técnicas de origens diversas. Foi consultor regional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE; presidiu, em três gestões, a Associação dos Geógrafos Brasileiros - Seção Pernambuco; foi membro e relator do grupo de trabalho instituído pela Comissão Nacional da União Geográfica Internacional para formular um anteprojeto de regulamentação da profissão de geógrafo; integrou a Comissão de Peritos criada na Diretoria do Ensino Superior do Ministério da Educação, para estudar e propor ao Conselho Federal de Educação o currículo mínimo a ser fixado para a Licenciatura de Geografia; coordenou o Departamento de Levantamentos Básicos do Grupo de Estudos do Açúcar da Fundação Açucareira do Nordeste.

Na Universidade Federal de Pernambuco, suas atividades não ficaram restritas às aulas e às pesquisas. Foi coordenador do Departamento de Geografia, diretor do Instituto de Ciências da Terra, membro do Conselho Universitário, autor e relator do primeiro anteprojeto de reformulação do Regimento da Faculdade de Filosofia de Pernambuco. Fez parte, ainda, da Comissão de Estudos sobre a Reforma Universitária, e da Comissão de Planejamento da Cidade Universitária. Participou das comissões que promoveram a implantação da Universidade Federal do Maranhão (juntamente com Rachel Caldas Lins), e a reestruturação das Universidades Federais da Bahia e de Pernambuco. No início dos anos 60, atuou como assessor da Diretoria do Ensino Superior do MEC.

Gilberto Osório também emprestou os seus conhecimentos técnicos à SUDENE, de cujo Departamento de Recursos Humanos foi diretor e onde, também, exerceu as funções de assistente técnico da Superintendência para assuntos educacionais. Representando a autarquia, realizou viagem aos Estados Unidos, em 1970, para estágio junto a vários sistemas educacionais norte-americanos, e obteve diploma de especialização em Educational Planning pelo Health, Education and Welfare Office of Education.

De 1964 a 1976, Gilberto Osório foi presidente do Conselho Estadual de Educação de Pernambuco. Sua atuação é lembrada por ex-componentes do CEE como "serena e firme". O ex-secretário de Educação, Edgar Mattos, referenda essa avaliação, destacando, a desenvoltura com que ele "dirigia as sessões plenárias do Conselho, pondo a serviço daquele colegiado toda a sua experiência parlamentar, o que o fazia, por vezes, demasiadamente formal na condução dos trabalhos". Esse "caráter ritualista - solene mesmo - que imprimia às reuniões", reforça Mattos, "contrastava com a extrema singeleza da sua 'apresentação', literalmente franciscana nas sandálias que calçava... De resto, o ar carrancudo e o temperamento pouco expansivo disfarçavam a pessoa simples, gentil e afável que era Gilberto Osório, intolerante e mesmo severo, apenas, no lidar com os incoerentes, os negligentes, os omissos, os covardes - os sem caráter, enfim."



 

Uma obra a ser perpetuada

Gilberto Osório de Andrade havia desistido, de vez, da vida política. Preocupava-se com os problemas do Brasil, mas evitava discutir os novos rumos dos partidos e ainda mais as soluções para a salvação da Pátria. "O último encantamento político dele foi com o Governo Cid Sampaio", relembra Rachel Caldas. Assessor de Cid, Gilberto também colaborou com a Administração Nilo Coelho. Daí em diante, só quis distância dos políticos, embora seus grandes amigos do fim da vida tenham sido Francisco Julião, Oswaldo Lima Filho e Paulo Cavalcanti, que sempre o visitavam, no auge das doenças que o acometeram, no apartamento da Rua da Hora. Apesar de todas as divergências, esse trio de cassados tinha pontos de identificação com "o velho Giba". Mas, em geral, a esquerda rejeitava-o tanto quanto os ex-integralistas[3].

Se a Gilberto não interessava a política, a política estava de olho nele. Pelo menos, é o se depreende de notícia sobre a sucessão governamental em Pernambuco, em 1971. Consta que o presidente Garrastazu Médici teria entregue ao governador indicado, Eraldo Gueiros Leite, uma lista com sugestões de nomes para a Vice-governadoria, da qual faziam parte Geraldo Magalhães, Djair Brindeiro, Gilberto Osório de Andrade, José Francisco de Moura Cavalcanti e Rubem Costa[4]. Na cópia xerográfica da lista, em papel sem timbre, cedida pela família do ex-vice-governador Barreto Guimarães (que não constava da relação e foi o escolhido por Gueiros), o nome de Gilberto aparece circulado. A razão do destaque é dúbia: este é o preferido? Ou... menos este? Consultada, a família de Eraldo Gueiros Leite desconhece a existência da lista[5].

Nos anos 70, Gilberto Osório está no auge de seus estudos de Geomorfologia, realizados na Fundação Joaquim Nabuco - FUNDAJ[6], para onde tinha sido levado pelo outro Gilberto, o Freyre, seu compadre e amigo. Ingressa na Fundação, em meados da década de 50, na qualidade de pesquisador, na época em que a instituição ainda se chamava Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, e vai dirigir o Departamento de Geografia. Sob sua orientação, têm início, ali, importantes pesquisas sobre geoeconomia e sobre poluição ambiental e os rios do Nordeste. Da sua equipe fazem parte Rachel Caldas Lins -que assumirá, anos depois, a direção do setor, após reforma -, Mário Lacerda de Mélo e Manuel Correia de Andrade, os quais iniciarão uma série de estudos hidrográficos regionais, abrangendo os rios Ceará-Mirim, Mamanguape, Paraíba do Norte, Coruripe, Jiquiá e São Miguel, Una, Paraíba do Meio e Mundaú. Em depoimento à historiadora Joselice Jucá, em livro sobre a história da FUNDAJ, Rachel Caldas explica que "os rios do açúcar foram estudados mesmo com a função de corrigir e mostrar os defeitos, de estimular o usineiro a ver que o aproveitamento das caldas nos seus canaviais dava lucros"[7].

O processo de transformação do Instituto em Fundação, em 1971, teve Gilberto Osório como um de seus articuladores, ao lado de Frederico Pernambucano, Elder Lins Teixeira e Maximiano Campos. Por outro lado, além de atuar como pesquisador, Gilberto integrou, até às vésperas de sua morte, o Seminário de Tropicologia, onde foi sempre destaque, como sustenta Freyre: "Ele deu aos debates tropicológicos a solidez de seus amplos e profundos conhecimentos de Ecologia, de Geografia Humana, de História e de outras ciências do homem."[8]

Entre livros, opúsculos, discursos, conferências, ensaios e comunicações publicados em revistas científicas, Gilberto Osório de Oliveira Andrade deixou 111 títulos. Desses, dois livros - Os Rios do Açúcar do Nordeste Oriental (O Rio Ceará-Mirim) e Os Rios do Açúcar do Nordeste Oriental (O Rio Paraíba do Norte) - foram escritos em colaboração com Manuel Correia de Andrade. Sua parceria mais freqüente é com Rachel Caldas Lins, com quem escreveu quatro livros - O Rio Mossoró (Os rios da carnaúba), João Pais do Cabo: o patriarca, seus filhos, seus engenhos; Pirapama - um estudo geográfico e histórico e São Gonçalo Garcia: um culto frustrado, este último publicado postumamente - e vários ensaios para periódicos especializados.

Apesar de grande parte da produção de Gilberto Osório ser dedicada à Geografia, ele celebrizou-se pelos estudos de História da Medicina que realizou. Em 1956, lançou, pela Secretaria de Educação e Cultura, A cólera-morbo - um momento crítico da história da Medicina em Pernambuco, que ganhou segunda edição, uma edição, aliás, póstuma, 30 anos depois, pela Editora Massangana, da Fundação Joaquim Nabuco. Nesse livro, Gilberto trata da propagação da peste epidêmica no Brasil, em 1982, e de como se espalhou por Pernambuco, ceivando centenas de vidas (50, por dia, só em Vitória de Santo Antão).

De 1969, publicado pela Imprensa Universitária da UFPE, é Montebelo, os males e os Mascates: contribuição para a História de Pernambuco na segunda metade do século XVII, em que o autor aborda a primeira campanha profilática, sistematicamente planejada e realizada, de que se tem notícia no Novo Mundo: aquela desencadeada contra a febre amarela, no Recife, em fins do século XVII, no Governo de D. Antônio Félix Machado de Castro Silva, o marquês de Montebelo (1690-1693). Foi, também, a primeira campanha preventiva da doença no mundo.

Embora estes dois livros sejam obras de referência a todo estudioso da História da Medicina, foi com um outro, que ele não escreveu, mas ao qual deu sua contribuição com um estudo crítico, que Gilberto Osório notabilizou-se. Morão, Rosa e Pimenta reúne textos dos três primeiros livros escritos em Português sobre a Medicina no Brasil - Tratado Único das Bexigas e Sarampo, de Simão Pinheiro Morão, Tratado Único da Constituição Pestilencial de Pernambuco, de João Ferreira da Rosa, e Notícias do que é Achaque do Bicho, de Miguel Dias Pimenta -, comentados por Gilberto Osório, e com introduções históricas, interpretações e notas de Eustáquio Duarte, médico pernambucano radicado no Rio de Janeiro. A edição que consultamos data de 1956 e foi inspirada em texto de Osório, apresentada, três anos antes, durante o II Congresso Brasileiro de Medicina, realizado no Recife.

O ineditismo do tema havia chamado a atenção do professor Jordão Emerenciano, diretor do Arquivo Público Estadual, que decidiu resgatar os livros dos médicos portugueses sobre os quais explanara Gilberto no Congresso. Um verdadeiro tour-de-force, que abrangeu a leitura paleográfica dos originais, a pesquisa iconográfica para ilustração da obra, a transcrição (à época) datilográfica, a atualização da ortografia etc. A edição do Arquivo tem resultado impressionante: um volume de quase 600 páginas, em papel buffon, totalmente ilustrado, com capa assinada por Luís Jardim, tiragem de 900 exemplares, representando "o maior cometimento editorial já levado a cabo em Pernambuco"[9]. O lançamento solene aconteceu no Salão Nobre do Palácio do Governo, no dia 17 de junho de 1957, em cerimônia presidida pelo governador Cordeiro de Farias.

As febres, as disenterias, o frágil sistema de saneamento, a farmacopéia tropical e todos os males que grassavam na Colônia, no século XVII, são, entre outros temas afins, descritos nos três livros reunidos no volume interpretado por Gilberto Osório. Esse ensaio de Osório, segundo Gilberto Freyre, que prefaciou a edição, "revela um historiador da Medicina com moderna orientação antropológica e sociológica"[10].

O primeiro livro escrito por Gilberto Osório foi Um complexo antropogeográfico - lineamentos para uma geografia total da Amazônia, publicado em 1940, pela Tipografia do Diário da Manhã. Trata-se, como já dissemos, de um estudo com o qual o autor pretendeu concorrer a concurso para provimento da 2a cadeira de Geografia do Ginásio Pernambucano. Realizado em apenas dois meses, o trabalho ressente-se, conforme reconhece o autor, "de dados mais completos acerca dos confins não brasileiros da bacia", mas é, defende Gilberto Freyre, um ensaio que ultrapassa os limites das exigências acadêmicas, por ser o primeiro a encarar o estudo do trópico americano de modo interdisciplinar e gestaltiano[11].

Gilberto Osório deixou outros livros, igualmente importantes, além dos já citados: A continentalização da doutrina de Monroe; América Hispânica e América Saxônica; A América e a organização da paz futura; Os fundamentos da neutralidade portuguesa; Os regionalismos necessários e a reorganização da comunidade internacional; A defesa da liberdade - Será inevitável a autodestruição do Estado Democrático?; A escória do planeta; Inéditos de Frei Jaboatão; A Serra Negra: uma relíquia geomórfica e higráfica nos tabuleiros pernambucanos; Itamaracá: contribuição para o estudo geomorfológico da costa pernambucana; A superfície de aplanamento pliocênica do Nordeste do Brasil; Panorama dos recursos naturais do Nordeste; Migrações internas e o Recife.

A despeito da relevância de sua obra, Gilberto Osório não alcançou a repercussão que merecia. A queixa, do compadre-amigo e xará, Gilberto Freyre, é compartilhada por muitos. Urge-se, clamava o sociólogo, em 1987, ao assumir a cadeira nº 23, que pertencera a Osório, que os títulos do geógrafo fossem reeditados. "Pernambuco está na obrigação de o perpetuar, fazendo dele e de sua obra, homem e obra não de uma época, mas superior a épocas. De várias épocas", cobrou o novo acadêmico, que ascendia à imortalidade 35 anos depois de Gilberto Osório ter indicado - ao lado de Valdemar de Oliveira e de outros cinco integrantes da diretoria - o seu nome para o preenchimento da vaga do cônego Xavier Pedrosa, na APL. Na ocasião (18 de junho de 1952), Freyre foi eleito por unanimidade, mas não aceitou entrar para a Academia. Definiu-se, então, como "anti-acadêmico". Terminaria substituindo o xará.

Da mesma forma que Carolina Andrade reclamara, certa vez, o geógrafo Lucivânio Jatobá deplora que o nome de Gilberto Osório não tenha sido utilizado para designar "uma escola qualquer da rede pública estadual ou municipal". Alunos do Departamento de Geografia tentaram homenagear, em 2000, o mestre a quem não conheceram, mas cujos trabalhos lhes alimentavam os estudos diários, com uma placa de latão a ser aposta na Sala de Leitura do Diretório Acadêmico. Foram advertidos, "por instâncias superiores", que tal homenagem dependeria da criação de uma comissão de "alto nível", que investigaria o valor do mérito...Os jovens não perderam tempo e renderam o seu tributo, afixando, em protesto, uma "placa" de papelão, com o nome do geógrafo, na sala do DA[12]. No mesmo ano, por iniciativa da professora Eugênia Pereira, desse Departamento, foi criado e conferido o Prêmio Gilberto Osório de Andrade, ao melhor trabalho na área de Ciências Humanas, no VIII Congresso de Iniciação Científica[13].

Em vida, Gilberto fora alvo de muitas homenagens, tendo recebido, entre outras distinções, o Prêmio Instituto de Geografia, conferido pelo Instituto de Geografia da Universidade de São Paulo, como co-autor de Brasil - A Terra e o Homem; o título de Doutor, outorgado pelo Conselho Universitário da Universidade Católica de Pernambuco, em 1958, pelo fato de ser catedrático fundador da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Manuel da Nóbrega; a Medalha do Mérito Tamandaré; a Medalha de Ouro do Mérito Educacional; o Colar do Instituto de Coimbra (Portugal); a Medalha de Ouro do Mérito Pernambucano; o título de Cidadão Mossoroense; a Medalha do Mérito de Goiana, classe prata; a medalha de prata do Congresso Comemorativo da História do Tricentenário da Restauração Pernambucana; o título de Comendador da Ordem Militar de Cristo (Portugal).

A Universidade Federal de Pernambuco não se esqueceu dele, concedendo-lhe, em vida, o título de Professor Emérito, e in memoriam, o de Doutor Honoris Causa. A Fundação Joaquim Nabuco prestou-lhe dois tributos post mortem: o título de Pesquisador Emérito e a denominação de Sala Gilberto Osório de Andrade ao auditório, de 40 lugares, onde se realizam os debates do Instituto de Pesquisas Sociais. Também a FAFIRE dedicou-lhe um espaço. O Conselho Estadual de Cultura atribui, anualmente, o Prêmio Gilberto Osório ao pesquisador que mais se distinguiu na área de Geografia.

Por proposta dos vereadores Liberato Costa Júnior e Aristófanes de Andrade, a Câmara de Vereadores votou e o então prefeito Jarbas Vasconcelos sancionou a Lei nº 14.965, de 29 de maio de 1987, denominando Rua Jornalista Gilberto Osório uma das novas artérias a serem abertas na Cidade. Em menos de um ano, Gilberto ganhou a sua rua, no bairro da Iputinga. A poucos quilômetros da Rua Elpídio Branco, em Brasilit.



 

Notas

1. JATOBÁ, Lucivânio, Prêmio Gilberto Osório, artigo publicado no Jornal do Commercio, em 26/12/2000. [voltar]

2. Depoimento do geógrafo Mário Lacerda de Melo à autora. [voltar]

3. Depoimento de Rachel Caldas Lins à autora. [voltar]

4. GOUVEIA, Graça. Barreto Guinmarães - Por amor a Olinda, pág. 92 [voltar]

5. A autora manteve contato com uma das filhas do ex-governador, Valéria Gueiros Freitas. [voltar]

6. Atualmente, a instituição usa a sigla FJN. [voltar]

7. JUCÁ, Joselice. Joaquim Nabuco: uma instituição de pesquisa e cultura na perspectiva do tempo, pág. 103. [voltar]

8. FREYRE, Gilberto e LOPES, Waldemar. Pernambucanidade Consagrada, pág. 20. [voltar]

9. Catálogo do lançamento de Mourão Rosa & Pimenta, 17/6/1957. [voltar]

10. FREYRE, Gilberto e LOPES, Waldemar, op.cit. pág. 20. [voltar]

11. Idem, ibidem. [voltar]

12. Depoimento do geógrafo Lucivânio Jatobá à autora. [voltar]

13. JATOBÁ, Lucivânio, art. cit. [voltar]

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