O abutre é uma ave composta por asas brancas franjadas de negro e a sua cauda em forma de cunha, o abutre do Egipto descreve círculos no céu ou desliza pelas correntes de ar com a graça duma ave marinha. Contudo, em terra faz lembrar uma grande galinha, desajeitada no andar, com plumagem esbranquiçada e face amarelada. Tem um bico aguçado e em forma de gancho.

Como o abutre-encapuchado, também o abutre do Egipto se associou aos seres humanos. A sua presença nas suas redondezas dos povoados é benéfica, uma vez que colabora na eliminação de desperdícios, ingerindo toda a espécie de restos.

Embora debiquem os excrementos humanos, a alimentação dos abutres do Egipto não é apenas coprófoga e necrófoga, já que atacam os pintainhos de flamingo nos próprios ninhos, apoderando-se dos ovos, que levantam com o bico, para os deixarem cair em seguida, a fim de os partirem, e cação frequentemente pequenos vertebrados, que surpreendem nos seus constantes saques.

O mais interessante no comportamento do abutre do Egipto é que ele alcançou um nível de inteligência que muito poucas espécies animais conhecem-na utilização de um instrumento para um fim determinado. Com efeito, os abutres do Egipto de certas regiões da África Oriental, como a caldeira do Ngorongoro e Serengeti, quebram os ovos do avestruz servindo-se de pedras que seguram com o bico e que depois deixam cair sobre eles. O que, no entanto, não se pode comprovar foi se uma tão importante característica do comportamento do abutre do Egipto resulta de uma actividade aprendida e que se transmite por aprendizagem de pais a filhos em certos grupos destas aves, ou se trata antes de uma actividade hereditária, como, por exemplo, a de construir o ninho, que é comum a todos os representantes da espécie. Os abutres do Egipto, que tramem capturam caracóis e insectos.

O casal colabora na construção do ninho, que utiliza ano após ano; a fêmea põe, no final de cada Primavera, um a três ovos — embora normalmente sejam dois — , que são incubados pelos dois progenitores e eclodem ao fim de seis semanas. Três meses mais tarde, a cria, completamente desenvolvida, abandona o ninho.

As populações mais setentrionais são migradoras e dirigem-se para norte com a chegada da Primavera. Em fins de Fevereiro e princípios de Março, entram na Europa através de Gibraltar, primeiro os adultos e depois os jovens. Passam o Verão nos países europeus mediterrâneos e voltam a África em Setembro e Outubro.

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