A Esquadra 601 "Lobos", estacionada na Base Aérea do Montijo,
opera 6 aviões P-3P "Orion", cuja missão é o patrulhamento marítimo
e luta anti-submarina. A aquisição destes aviões veio colmatar a lacuna deixada pelos P2V5 "Neptune", abatidos ao efectivo em 1977. O "Orion" foi desenvolvido a partir do Lockheed "Elektra" pelo que, ao contrário de outros aviões concebidos para fins militares, dispõe de uma boa insonorização e relativamente boas condições de conforto. Os P-3 portugueses serviram anteriormente na Força Aérea Australiana, de onde efectuaram os voos para território nacional, à excepção de um deles, que efectuou um voo directo da Califórnia (EUA) para Portugal, com a duração total de 13 horas e 15 minutos. A primeira destas aeronaves (nº 4801) chegou a Portugal em 7 de Agosto de 1988, depois de ter sofrido algumas transformações efectuadas pela Lockheed. As restantes 5 unidades foram transformadas nas Oficinas Gerais de Material Aeronáutico. As operações foram reiniciadas em Agosto de 1988, e desenrolam-se essencialmente no triângulo definido pelo território continental e os arquipélagos doas Açores e Madeira, bem como em toda a área do Iberlant. A capacidade operacional do P-3 permite-lhe no entanto operar em qualquer parte do globo, sendo de referir a participação activa que a Esquadra 601 teve no embargo decretado pelo Conselho de Segurança da ONU à ex-Jugoslávia, integrado-se nas forças da NATO como "RAPID REACTION FORCE". As missões atribuídas à esquadra 601 podem ser definidas como:
Para a concretização destas missões os P-3 estão dotados de um complexo conjunto de sensores electrónicos, desde radares de diversos tipos, câmara de infra-vermelhos, até sensores de sinais rádio que, com a ajuda de bóias dotadas de equipamento electrónico, permitem a detecção de unidades submarinas com grande precisão. Um dos problemas deste tipo de aeronaves é precisamente o da actualização dos equipamentos electrónicos e computadores (avionics) de que estão constantemente a surgir versões mais sofisticadas. Outro problema que os nossos P-3 enfrentam é o da corrosão dada a sua prolongada exposição ao ar carregado de sal. Esta exposição é agravada pelo facto dos P-3 , quando em missão, voarem a baixa altitude sobre o mar. A detecção e reparação de focos de ferrugem é feita com frequência pelas OGMA, sendo nio entanto uma operação dispendiosa. No decurso das suas saídas as tripulações dos P-3 detectam com alguma frequência violações das nossas águas territoriais, quer por pesqueiros ilegais, quer por petroleiros efectuando descargas poluentes ao largo das nossas costas. A actuação dos P-3 funciona não só como elemento dissuassor, mas permite igualmente o desencadear de processos judiciais contra os infractores, com a recolha de provas feita pela tripulação.
Esquadra 106 - "Lobos"Os P-3 portugueses são operados na Base Aérea do Montijo, pela Esquadra, "Lobos", cujo lema é: "Ser-lhe-á todo o oceano obediente", e cujo emblema é o seguinte:
Na página do Estado Maior da Força Aérea podem ser obtidas informações adicionais sobre a Base Aérea do Montijo - BA6 |
Orion estacionado em Beja durante o Tiger Meet 1997
Especificações | |
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Envergadura | 30,61 m |
Área alar | 120,77 m2 |
Comprimento | 35,61 m |
Altura | 10,27 m |
Motores (4) | Allison T.56-A-14 W, 4 910 shp |
Velocidade máxima | 761 km/h |
Velocidade de cruzeiro | 639 km/h |
Raio de acção | 2.494 km |
Peso máximo à descolagem | 64,4 toneladas |
Tripulação | 10 |
Fabricante | Lockheed |
planos | |||||
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Tipo | Fonte | Escala | Ref. Nr. | Obs | |
3 vistas | Scale Model Research | Sb/16503/OD | P-3P "Orion" 4 turbo prop patrol |
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