Fairey III D


Fairey III D "Lusit�nia" � partida para a travessia do Atl�ntico sul


A vinda para Portugal dos avi�es Fairey III D foi desencadeada pelo pa�s fabricante, a Inglaterra, que tomou a iniciativa de propor o fornecimento de duas unidades na vers�o hidro.

O Comandante Sacadura Cabral, tendo j� em vista a travessia a�rea do Atl�ntico Sul, prop�s que, al�m destas duas unidades, fosse adquirida uma terceira, com transforma��es que o adaptassem � travessia transoce�nica.

Foi assim que em 1922 foram recebidos dois Fairey III D do tipo corrente, com o n�mero de construtor F-401 e F-402. A terceira aeronave, F-400, vers�o denominada pelo construtor como "Transatlantic", tinha a envergadura das asas muito aumentada, com tr�s v�os (linhas de montantes em casa meia asa), empenagens modificadas e dep�sitos suplementares nos flutuadores principais. Este avi�o foi batizado "Lusit�nia".

Os Fairey F-401 e F-402 receberam as matr�culas nacionais n� 16 e 17, respectivamente.

A travessia do Atl�ntico Sul, realizada por Sacadura Cabral e Gago Coutinho, teve in�cio no "Lusit�nia" a 30 de Mar�o de 1922, em Lisboa, tendo feito escalas em Las Palmas, Gando, S.Vicente (Cabo Verde), Porto Praia (Cabo Verde) e Penedos de S.Pedro e S.Paulo, onde chegaram a 18 de Abril. Esta �ltima escala, entre Porto Praia e os Penedos, realizada em 13 horas e 21 minutos, constitu�u o maior feito da travessia, dada a sua dist�ncia e a extraordin�ria comprova��o do sistema de navega��o a�rea inventado e aplicado por Gago Coutinho, permitindo rumar com precis�o aos min�sculos penedos perdidos no imenso oceano. Terminaria no entanto por um grave acidente, pois devido � grande ondula��o o flutuador de bombordo sofreu uma rotura e o "Lusit�nia" acabaria por se afundar. Os aviadores foram salvos pelo cruzador "Rep�blica", que ali os aguardava.

Para prosseguir a viagem fez-se vir de Lisboa, a bordo do navio "Bag�", o Fairey 16. No dia 11 de Maio de 1922 descolou da ilha de Fernando Noronha e dirigiu-se aos Penedos de S.Pedro e S.Paulo, para retomar o curso da viagem. Por�m, pouco tempo depois de se afastar dos Penedos, sofreu uma paragem de motor e os aviadores tiveram de efectuar uma amaragem de emerg�ncia. Ap�s 9 horas no mar foram socorridos pelo cargueiro ingl�s "Paris City", n�o se tendo podido recuperar o avi�o.

Foi ent�o a vez do Fairey 17 ser trazido de Lisboa a bordo do cruzador "Carvalho Ara�jo". Realizou-se nova partida da ilha de Fernando Noronha, a 5 de Junho de 1922, e ap�s escalas em Recife, Salvador e Vit�ria, chegaram ao Rio de Janeiro em 17 de Junho. Aqui a aeronave foi batizada como "Santa Cruz".

O Fairey 17 ainda esteve a prestar servi�o em Macau, e encontra-se actualmente em exposi��o no Museu da Marinha, em Lisboa.


Fonte: M�rio Canongia Lopes e Jos� Manuel Rodrigues Costa
"Os Avi�es da Cruz de Cristo", edi��o Dinalivro, Lisboa, 1989.

 Caracter�sticas
  vers�o
corrente
Mk2
Transatlantic
Envergadura 14,05 m 19,17
�rea alar 44,27 m2 65,10
Comprimento 10,97 m 11,25
Altura 3,70 m 3,98
Peso vazio1.800 kg 1.861
Peso equipado2.500 kg 3.242
MotorRolls-Royce Eagle VIII
Pot�ncia350 hp
Velocidade m�xima176 km/h  
Velocidade de cruzeiro  127 km/h
Subida 240 m/min
Tecto4.572 m  
Raio de ac��o980 km 2.027 km
Fabricante Fairey (Inglaterra)

Onde encontrar elementos para a constru��o de modelos comandados por r�dio
No Museu da Marinha em Lisboa (Bel�m) podem ser adquiridos desenhos de 3-vistas do "Santa Cruz"; bem como observar-se e fotografar-se o original ali exposto.

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