O último jogo de Oui-Ja
Esta história foi contada por minha avó. Nós estávamos indo à padaria que fica a mais ou menos uns 15 minutos a pé. Então, tínhamos tempo de sobra para uma conversa. Foi ela quem começou, contando tudo o que minha mãe e tia aprontavam quando crianças. Ela me disse que as duas gostavam muito de jogar a Oui-ja. Muitos devem conhecer por outro nome ou por uma variação deste mas, é aquele mesmo jogo de invocar os espíritos e fazer perguntas. Há regras como por exemplo, nunca levantar o copo ou usar um local que não tenha pregos.
Minha avó estava me contando que ela havia proibido as meninas de brincar disso outra vez. Só que a vizinha apareceu um dia e pediu para que a minha tia jogasse novamente e tentasse invocar o espírito do falecido marido. Minha avó consentiu desde que fosse a última vez. Ela me disse que a mulher estava realmente aflita e, que se desse certo, afinal, estaria ajudando alguém.
Todos em seus lugares, o copo começou a se mover. Parecia que ele estava presente. A mulher então começou a dizer todas as dificuldades que ela e a família estavam passando. Ela perguntou se o tal homem havia se esquecido dos filhos, principalmente do mais velho que estava desempregado. Contou como a situação deles piorava a cada dia. O copo começou a responder. Basicamente, ele disse que não havia se esquecido do filho e que na segunda, todos os problemas se acabariam. De alguma forma, isso acalmou a pobre mulher e ela se foi. Na segunda, ela voltou agradecendo imensamente. Ela queria de alguma forma pagar pelo que minha tia havia feito. O filho dela havia conseguido um bom emprego e parecia que a sorte daquela família ía realmente mudar. Minha avó não aceitou e disse que estava muito contente que a brincadeira tivesse um fundo de verdade. Perguntei então à ela como estava a situação daquela família agora. Ela me disse que o filho estava bem e no mesmo emprego até hoje...
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