O Instituto
Meus amigos e eu fizemos o Enem em Guar�, uma cidade vizinha. Infelizmente, cada um foi para uma escola diferente. Eu tive que fazer no Instituto.
N�o foi dif�cil chegar l�. Ficava bem perto � rodovi�ria. � um lugar enorme. Uma grande mans�o de outros tempos, com janelas bem compridas, grandes corredores e de tr�s andares.
Minha sala ficava no �ltimo andar. Nem prestei muita aten��o aos detalhes da escola, eu estava t�o nervosa em fazer a prova. Acabei quase que nos �ltimos 30 min de dura��o. O que acontece, � que eu sempre fico com vontade de ir ao banheiro depois das provas. Ent�o, fui at� o banheiro do andar em que estava fazendo a prova. A mo�a que tomava conta disse que eu n�o poderia entrar porque as pessoas estavam fazendo provas e, eu poderia comentar algo. No fim, ela queria que eu usasse o banheiro de outro andar. Ent�o, decidi que iria embora mesmo. Desci as escadas para o 2� andar e, n�o ouvi o barulho de ningu�m. Achei estranho porque j� era o hor�rio da sa�da e al�m do mais, as escadas pareciam diferentes. Eu n�o havia passado por l� antes. Essas coisas costumam me acontecer quando saio de provas, sempre erro o caminho. Bom, mas a sa�da deveria estar em algum lugar. Decidi descer at� o primeiro andar. Quando comecei a descer os primeiros degraus, ouvi passos. �Ah, finalmente�, pensei. Algu�m estava vindo logo atr�s de mim. Eu estava no caminho certo ou ent�o, n�o estava perdida sozinha. Os passos come�aram a se aproximar, mas eu n�o ouvia a respira��o. Comecei a descer mais devagar para que a pessoa me ultrapassasse. Os passos seguiram o mesmo ritmo. Foi ent�o que aquela sensa��o surgiu. Senti calafrios e percebi que algo ali estava estranho. O primeiro andar era um tipo de �rea, de certo onde as pessoas passavam o recreio. Tudo vazio e os passos logo iriam chegar mais perto. Ningu�m desceu e o pior foi ter a sensa��o de ter algu�m atr�s de voc�. Eu podia sentir realmente e, sem pensar duas vezes, subi as escadas novamente, correndo dessa vez. Perto da sala, onde havia feito a prova, perguntei onde era a tal sa�da. A porta era logo ao lado da sala. Fui embora mais do que depressa.
No ano seguinte, eu fiz o Enem novamente, na mesma sala. Dessa vez, a mo�a me deixou usar o banheiro. Um que ningu�m queria usar.
S�, 5 anos depois, vim a descobrir que h� um fantasma naquele lugar. A hist�ria � mais ou menos assim. Uma fam�lia rica morava l�. Mas, a filha deles era muito triste e, para melhorar o seu humor, ela foi enviada para a Europa. L�, ela foi muito feliz, mas teve uma morte repentina. Se n�o me engano, foi tuberculose. A m�e da garota quis o corpo de volta para que ela pudesse ter uma capela no cemit�rio da cidade. Acontece que as obras demoraram e, o corpo acabou ficando na escola mesmo. Tempos depois, ela foi enterrada no cemit�rio que � bem pr�ximo do local. Alguns dizem que durante � noite, quem passa por l�, v� uma jovem de vestido branco. Outros dizem que ela ficou t�o revoltada por morrer t�o repentinamente e, mais ainda por ter sido trazida de volta, que ela assombra o Instituto. Dizem ainda que ela passa a maior parte do tempo, no banheiro do 3� andar(ei,lembra Harry Potter). E, que quem conseguir tirar o tamp�o da boca dela, far� com que ela consiga descansar em paz al�m de descobrir o local do tesouro. Muitas lendas numa s� hist�ria. Mas, os relatos dos funcion�rios sobre o local, me assustaram bastante. No document�rio, eles diziam dos barulhos que ouviam no banheiro, nas torneiras que se abriam durante a noite, na sensa��o de estar sendo vigiado, no perfume da jovem e, at� de ser acompanhado por ela, principalmente pelas escadas. A diretora at� disse que � poss�vel at� ver a imagem dela caminhando pelos corredores. Lendas s�o lendas, voc� nunca sabe se realmente viu ou ouviu, a gente acaba se impressionando pelas hist�rias que ouve.
Num dia desses, minha irm� e eu est�vamos caminhando por l�. Ela quis evitar o caminho do cemit�rio para chegar � rodovi�ria. Resolvemos ir pelo instituto mesmo. Quando pass�vamos pelo port�o principal, ela quis passar olhando para baixo. De repente, o p� dela foi puxado para o lugar. Est�vamos do outro lado da rua. Que id�ia a dela, trope�ar bem em frente. Sa�mos correndo, sabem como �, a gente sempre se assusta com aquilo que a gente n�o conhece. E, claro, fica o convite, n�o se esque�am de passar por l�, quando estiverem na cidade.
In�cio
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