Uma visita ao plano celestial
Eu nunca aceitei a morte muito bem. Talvez tenha sido por falta de informa��o quando pequena. Para mim, era uma perda eterna. Sem mais momentos felizes, sem mais ver o sorriso dessa pessoa. Mas, afinal, quem � que pode descrever o que realmente �? Lembro sempre de Cec�lia Meirelles, quando ela diz que todos somos apenas ef�meros. Este sonho, me ajudou a entender um pouco e aceitar.  Foi assim...
Eu sabia quem era, estava consciente de passar pelo jardim e at� de ver as uvas verdes penduradas em colunas como nas constru��es gregas. Conforme �a passando pelo jardim, avistei um arbusto e caminhei at� ele. Eu percebi que quem andava era uma garotinha, de alguma forma, eu havia voltado a inf�ncia e ficava mais lento chegar at� onde eu queria. Quando consegui finalmente, virei a esquerda e vi pessoas de branco, todas com um ar tranquilo e sorrindo. No centro, vi um homem tamb�m de branco sentado em cadeiras. Elas estavam dispostas como se completassem uma mesa mas, n�o havia mesa alguma. Ele me chamou pelo nome e eu fui at� ele. Come�amos a conversar sobre aquele lugar. Eu havia gostado muit�ssimo dali. Uma mo�a me ofereceu uvas e aceitei. Enquanto fal�vamos, a menina que eu era come�ou a sumir. De repente era eu, um pouco mais crescida. S� a� pude reconhecer ent�o quem ele era. Meu av�. L�grimas vieram ao meu rosto mas, ele disse que n�o havia necessidade. Obedeci e ele foi me dizendo coisas sobre a vida, sobre o lugar. Eu n�o me lembro o que foi que ele disse. Ent�o, ele sorriu e disse que eu entenderia com o tempo. Pareceu entardecer e todas as pessoas se levantaram. Ele me guiou at� as uvas do caminho, e me mostrou uma casa e uma porta que mal se podia ver o que estava do outro lado. Era uma esp�cie de passagem. Ele me disse que eu precisava ir. Comecei a chorar pois nunca havia sentido tanta paz. N�o queria ir embora de forma alguma. Ele insitiu que eu seguisse e me disse ainda que um dia, eu voltaria l� e ele estaria esperando. Mas, que ainda n�o havia chegado a minha hora. Ao atravessar, sentia muito frio e quando vi a porta do outro lado, um clar�o quase me cegou e eu acordei. O engra�ado � que acordei feliz. �s vezes fico pensando se existe mesmo um para�so e se estive l� por alguns instantes. De qualquer forma, � um sonho muito bonito.
In�cio
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