ADHONEP - Associação dos Homens de Negócio do Evangelho Pleno Capítulo 530 - Bento Gonçalves - RS

Reuniões Plenárias todas segundas-feiras às 20:00 h no Hotel Dall' Onder Vitória Flat. Você está convidado para participar conosco.


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Todo Ser que Respira Louve ao Senhor


"Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a natureza da tribulação que nos sobreveio na Ásia, porquanto foi acima das nossas forças, a ponto de desesperarmos até da própria vida. Contudo, já em nós mesmos, tivemos a sentença de morte, para que não confiemos em nós, e sim no Deus que ressuscita os mortos; o qual nos livrou e livrará de tão grande morte; em quem temos esperado que ainda continuará a livrar-nos," II Coríntios 1:-8-10.

Devido à curiosidade de muitos que me pedem e para não ficar toda hora repetindo a mesma história gostaria de relatar aqui a experiência que tive no hospital do dia 27/02 a 14/03/2007. Foram momentos difíceis, onde parecia que iria faltar força para vencer a Batalha pela Vida, forças que encontrei em Deus, na família e nos bons amigos que temos nesta vida.

Dia 23/02/2007 senti um congestionamento nasal, sendo que a secreção foi para o pulmão, de imediato comecei a tratar com descongestionadores e bombinha, pois sou asmático, segundo o médico a minha asma é de grau leve, onde não apresenta muitos riscos de vida, se bem tratada. Nos dias seguintes não tive sintomas de asma, como tosse e falta de ar excessiva, tive um pouco de febre, mas como estava conseguindo escarrrar bem pelos remédios pensei que era apenas uma gripe. Dia 27/02/2007 fui trabalhar e no final do expediente deu um febrão, estava com 39º, fui para casa, consultei o médico e ele disse que teria que me internar. Eu estava somente com 10% da capacidade pulmonar. Às vezes nos enganamos com o nosso próprio diagnóstico.

Internei no mesmo dia no hospital da cidade. Tinha que fazer um raio-x do tórax e seios da face. No quarto onde estava tinha uma temperatura aproximada de 35º, enquanto que na sala de raio-x esta temperatura estava em torno de 18º. Fui levado pela enfermeira para a sala de espera. Ela me deixou lá numa cadeira de rodas com um tubo de oxigênio esperando a minha vez de fazer o raio-x. Em 5 minutos comecei a passar mal, tive uma sensação horrível, como se a morte estivesse pegando o meu corpo, começou a congelar os pés, depois os braços, senti aquele frio pegando o meu pulmão então comecei a suplicar: "Deus, me ajuda..." e comecei a gritar, uma senhora me acudiu, chamou a enfermeira e depois de uns 30 minutos eu estava quase bem.

No dia seguinte consegui fazer o raio-x bem agasalhado. Foi detectada pneumonia no pulmão direito e asma no esquerdo. O tratamento para estas patologias consiste em corticóide (para tirar o chiado do peito) e antibiótico (para matar a bactéria da pneumonia). Estava projetada uma alta para 02/03/2007, e realmente eu saí do hospital, iria continuar o tratamento em casa com corticóide via oral. A pneumonia estava debelada.

Meu organismo não respondeu ao corticóide via oral, sendo assim, no mesmo dia que dei alta retornei ao hospital numa crise de asma muito mais forte daquela que ocasionou a internação. Já estava 4 dias sem dormir, devido às nebulizações, remédios aplicadas pelas enfermeiras e a dificuldade de respirar. Sexta-feira passei a noite em claro como as demais, mas já estava muito mais debilitado fisicamente, quase sem forças para lutar. Sábado à noite meu caso se agravou muito, já não respondia aos remédios, sendo que o médico tratou com mais de 8 medicações concomitantemente. As enfermeiras já encontravam dificuldades para encontrar as minhas artérias para fazer aplicações. Chamei a enfermeira e disse para ela que não iria agüentar. Ele disse que iria verificar a situação com o médico e veria se seria possível me internar na UTI, em vão, pois a UTI estava com todos os seus leitos ocupados. Suportei a noite com muita dificuldade.

Não queria preocupar a minha mãe, pois a minha avó também estava baixada com suspeita de aneurisma.

O médico aumentou a dosagem dos corticóides para que eu não viesse a morrer de uma parada respiratória, sumariamente o meu corpo reagiu bem, sendo que nos dias seguintes senti um certo alívio, mesmo assim não conseguia dormir.

Fiquei duas semanas sem dormir, dormia no máximo 2 horas por noite. Tinha medo de dormir e parar de respirar e morrer. Quarta-feira, dia 07/03/2007 o médico disse que teria alta dia 09/03/2007 se tudo continuasse como estava. Realmente melhorei consideravelmente, mas o corticóide começou a ter um efeito terrível, começou a ter retenção de líquido, inchei muito, não entrava mais nas minhas roupas, sendo que minha mãe teve que comprar roupas novas uns 4 números maiores. Eu estava com a barriga de uma mulher grávida de uns 6 meses, sem contar o inchaço nos pés e pernas.

Dia 09/03/2007 foi terrível, o dia que pensava que teria alta inchei demais. O médico foi me ver e percebeu que eu não conseguia mais respirar, mandou de urgência eu fazer uma ecografia e um raio-x. Foi uma situação muito dramática. Eu estava com o pulmão encharcado de água. Recebi um diurético na veia. Fui para a sala de raio-x e o mesmo pânico da primeira vez se fez presente, só que desta vez muito maior. Com muita dificuldade fiz a ecografia, pois tinha uma vontade terrível de urinar, doía tudo. Depois de feita a eco consegui urinar mais ou menos uns 3 litros. No raio-x passei um dos momentos mais dramáticos da minha vida. Estava com a mãe na sala. Os médicos fizeram o raio-x e foram revelar, enquanto isso eu ainda estava urinando o excesso de líquido do corpo. De repente senti a mesma sensação da primeira vez, o corpo começou a congelar, as pernas, os braços e depois os pulmões, começou a me faltar o ar, falei pra mãe, eu não consigo respirar, chama o médico. Incrível, na sala de raio-x sempre tem uns 2 médicos e uns 4 técnicos, não havia ninguém ali. Nem nos corredores do hospital. Minha mãe olhou para o tubo de oxigênio e viu que ele acabara! Eu estava em apuros. Comecei a gritar: "Deus me ajuda!" (Romanos 10:13). Depois de uns 4 minutos, quase roxo e sem ar, aparece uma enfermeira com uma mangueira de uns 6 metros e coloca no meu respirador. Em 20 minutos consegui voltar a respirar quase normalmente. Lembrei-me de uma passagem bíblica que um amigo meu me deu nos dias anteriores:

"O nosso Deus é o Deus libertador; com Deus, o SENHOR, está o escaparmos da morte." Salmos 68:20.

Outro incidente interessante sobre esse mal súbito que me acometeu. No meio da noite olhei para um iorgute que dizia. "Beba sem parar", foi o que fiz, talvez se eu não tivesse bebido aquele alimento eu não teria suportado ao raio-x. Um pouco antes de ir para ecografia também mandei uma mensagem no celular da minha namorada dizendo que Deus era SUFICIENTE e PROVIDENTE em nossas vidas. E realmente ele foi.

Passado o susto do raio-x melhorei consideravelmente, já devia ter urinado aproximadamente 10 litros, mas fiquei com uma cadeia na mente. O medo da morte. Começou a chegar a noite e com ela o sono acumulado de semanas. Me lembrei que o meu pai faleceu com 39 anos em virtude de uma crise asmática. Este fantasma começou a perseguir a minha mente. Fiquei aprisionado pelo medo. A noite, chamei o médico dizendo que estava com medo de morrer. Ele me disse que isso é normal pelo excesso de medicação, o corticóide gera um efeito maníaco, e eu assim estava. Por volta das 23 horas do sábado, dia 10/03/2007 tive um surto, literalmente sai do juízo normal, me arranquei a máscara de oxigênio e não deixava ninguém chegar perto de mim, fatalmente sem a máscara eu morreria logo. Foram duas horas agonizantes, eu não tenho consciência do acontecido completamente, mas minha mãe disse que foi horrível. Conseguiram dar uma injeção no meu nervo e eu dormi bem depois. Não morri! Pela primeira vez em duas semanas dormi 5 horas ininterruptas.

Os dias seguintes não foram fáceis, haja vista que o tratamento teve que ser diferenciado, o médico teve que retirar os corticóides, pois eu estava com um edema pulmonar, e dar um diurético para que eu pudesse eliminar líquidos. Eu estava correndo risco de fazer hemodiálise devido ao desgaste da função hepática e a ser entubado na UTI para retirar o edema. Graças a Deus resisti ao tratamento e no domingo, dia 11/03/2007 o médico deu uma previsão de alta para dia 13/03/2007.

O desgaste psicológico foi tão grande que eu tinha medo de dormir, quando sentia alguma coisa diferente pedia pra ligar para o médico, estava bem inseguro. Graças a Deus recebi uma palavra da minha namorada.

"Aproximando-se deles, tocou-lhes Jesus, dizendo: Erguei-vos e não temais!" Mateus 17:7.

Com essa palavra venci o medo, consegui dormir a partir daquele dia e me recuperei até dar alta dia 14/03/2007. Foram momentos difíceis. Nestes momentos nossas vidas são marcadas, percebemos que fazemos coisas que não deveríamos fazer, perdemos tempo naquilo que não traz alegria. Pensamos em coisas, não vivemos o HOJE e nem AS PESSOAS.

Uma das coisas mais legais que me aconteceram foi a visita de um amigo meu. Eu pensei que ia ser o último abraço que eu ia dar nele nesta vida. Ele me disse dois dias depois que no dia que eu o abracei ele ficou 3 horas em casa chorando, porque ele se sentiu abraçado por Deus. Disse que nunca tinha sido abraçado assim, logo por uma pessoa que tem os braços tão pequenos quanto eu.

Também pedi perdão pra minha mãe pelas coisas que fazemos muitas vezes nos achando no direito de por defeito dos outros. Foi um momento muito interessante de reconciliação.

Que possamos aprender a viver a vida de maneira agradável a Deus e ao nosso semelhante.

"Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma?" Mateus 16:26.

Sempre lia a Bíblia e achava sem graça esse versículo:

"Todo ser que respira louve ao SENHOR. Aleluia!" Salmos 150:6.

O dia que entendemos que o nosso fôlego de vida vem de Deus, nossas perspectivas de vida e de eternidade nunca mais são as mesmas. Que todos possam ver estas coisas! Este é o meu desejo sincero!

Gostaria também de aproveitar este espaço para agradecer a preocupação dos meus familiares, amigos e colegas de trabalho. Vocês são especiais para mim! Sem vocês eu não escapava dessa!!! Especial agradecimento ao médico e enfermeiros que sempre demonstraram carinho no que fazem. Isso é extremamente importante para uma pessoa fragilizada! Deus abençoe a todos!!!

Fábio Luiz Köche Trindade - Secretário do Capítulo 530 ADHONEP Bento Gonçalves - RS

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Última atualização: 14/03/2007. Clique aqui

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